[LIVRO] – Baía de Guanabara – Descaso e Resistência

Titulo: BAÍA DE GUANABARA: DESCASO E RESISTÊNCIA

Autor: Emanuel Alencar –

Ano: 2016

Paginas: 128

Introdução: Não é uma tarefa trivial discorrer sobre os motivos de a Baía de Guanabara nunca ter se tornado um ambiente mais limpo, decorridos mais de 20 anos da implantação de programas de governo que visavam exclusivamente esse objetivo. Exemplos não faltam mundo afora de recuperações de ambientes historicamente degradados. Londres deu dignidade ao seu Rio Tâmisa na década de 1960; na Coreia do Sul, o Rio Cheonggyecheon foi despoluído em apenas quatro anos; a gigantesca Baía de Chesapeake, principal estuário dos Estados Unidos com seus impressionantes 166 mil km2, deverá estar 100% livre de poluentes até 2025. Para discutir a situação da baía, cartão-postal e local das regatas dos Jogos Olímpicos de 2016, busquei referências em mais de 30 publicações, entre textos, reportagens e artigos científicos, e em uma dezena de entrevistas com pesquisadores, ativistas ambientais, pescadores, gestores e servidores públicos. O discurso quase consensual aponta para o ambiente político como o grande vilão, determinante para os avanços bastante tímidos na despoluição. Pude notar, logo no início das apurações, um histórico de corrupção, total descuido com o erário público, falta de acompanhamento dos órgãos de fiscalização, ausência de participação da sociedade, meias verdades sendo divulgadas pelos órgãos ambientais. Informações conflitantes surgiram aos montes.

Nesses casos, busquei mais fontes – algumas se dispuseram a falar sob condição de anonimato – numa tentativa de chegar à informação mais próxima da realidade. Quando não foi possível estabelecer um consenso, lancei mão da técnica jornalística que me acompanhou por 12 anos de trabalho em redações: dei voz aos múltiplos lados. Insisti para que os diversos atores que lidam de alguma forma com a baía respondessem meus questionamentos, dessem suas opiniões, rebatessem as críticas. Nem sempre obtive êxito. Em suma, calibrei minha bússola com os ensinamentos do mestre Clóvis Rossi, jornalista renomado: “jornalismo é a prática de quatro verbos que qualquer um tem condições de executar: ver, ler, ouvir e contar”. Porque sim, este é um livro- reportagem por essência. No primeiro capítulo, há um breve histórico da baía e suas belezas naturais que teimam em sobreviver. No segundo, o histórico de degradação. A terceira seção é dedicada à discussão das crises política e ambiental nas quais estamos mergulhados. “Eu sou a Guanabara”, o quarto capítulo, traz reflexões de oito personalidades historicamente ligadas ao dia a dia da baía. Por fim, no quinto capítulo, uma avaliação do que esperar da Guanabara durante as competições de vela dos Jogos de 2016. Que o(a) leitor(a) não tenha dúvidas: falar em despoluição da Guanabara quando mais de 1,6 milhão de moradias no Rio de Janeiro sequer são abastecidas por redes de esgoto é peça de ficção. Ou desonestidade. Mas há, sempre há, uma luz no fim do túnel. É possível recuperar a baía. Os resistentes 38 botos-cinza que suas águas abrigam são a prova disso.

Palavras Chaves: Livro Baía de Guanabara megaeventos urbanismo Completo:

Link: Livro – Baía de Guanabara – Descaso e Resistencia – Emanuel Alencar

https://br.boell.org/pt-br/2016/06/13/baia-de-guanabara-descaso-e-resistencia

http://hdl.handle.net/123456789/285

[DOCUMENTO] A DEFESA E OS RECURSOS NATURAIS NA AMÉRICA DO SUL – Contribuições para uma Estratégia Regional

 Titulo: A DEFESA E OS RECURSOS NATURAIS NA AMÉRICA DO SUL – Contribuições para uma Estratégia Regional

Autor: Alfredo W. Forti – Diretor CEED

Ano: 2014

Paginas: 22

Apresentação: Este documento foi preparado como uma contribuição à Conferência de “Defesa e Recursos Naturais”, que será realizada em Buenos Aires de 9 a 11 de Junho de 2014. Seus conteúdos e propostas baseiam-se nos principais objetivos de integração da União de Nações Sul-Americanas (UNASUL) e as posições, princípios e definições acordadas no âmbito do Conselho de Defesa Sul-Americano (CDS) e outros Conselhos setoriais da União. No entanto, as recomendações descritas aqui representam propostas do autor a fim de gerar insumos para a discussão desta importante Conferência, que tem como objetivo “identificar as linhas orientadoras que poderia adotar o setor de defesa para a preservação e proteção dos recursos estratégicos,
como contribuição deste sector para uma estratégia sul-americana integral sobre os recursos naturais”; e “fazer recomendações e propostas de alcance regional para a defesa dos recursos naturais estratégicos na UNASUL”.

Alfredo W. Forti, Diretor do CEED

INTRODUÇÃO: Uma apreciação do cenário global internacional leva inevitavelmente, a partir de qualquer perspectiva, a prever uma tendência irreversível para as próximas décadas: a demanda crescente pelos recursos naturais. Esta tendência é identificada em inúmeros relatos de agências especializadas da Organização das Nações Unidas (ONU), estudos prospectivos de agências governamentais nos principais países industrializados, organizações não governamentais e fóruns internacionais, como o Fórum Econômico Mundial em Davos. Eles monitoram sistematicamente a política e a economia global e, a partir disso, tanto os governos como as empresas, fazem estratégias para garantir o acesso, controle e o aproveitamento dos cada vez mais escassos recursos, muitos dos quais são –e serão cada vez mais– fontes vitais para sustentar suas economias e as necessidades da população.

Link: Documento – A defesa e os recursos naturais na America do Sul – Alfredo W. Forti

[ARTIGO] Geopolítica dos Recursos Naturais Estratégicos na América do Sul

Titulo: GEOPOLÍTICA DOS RECURSOS NATURAIS ESTRATÉGICOS NA AMÉRICA DO SUL

Autor: Bernardo Salgado Rodrigues

Ano: 2015

Resumo: Para que uma inserção internacional soberana de uma nação seja viável, deve-se necessariamente dispor de autonomia elevada para decidir acerca de suas políticas internas e também que envolvam o seu relacionamento com outros países. Para tanto, deve-se buscar independência econômica, política e cultural; ser capaz de fazer e refazer trajetórias, visando reverter processos antigos de inserção subordinada e desenhar sua própria história. A análise histórica da inserção sul-americana no sistema capitalista mundial aponta quais são as alternativas para que haja uma autonomia e soberania plenas dos países da região em sua formulação de políticas públicas, tendo como objeto de análise a geopolítica dos recursos naturais estratégicos. A partir dos ciclos do sistema capitalista, há uma necessidade de se pensar os ciclos da inovação científico-tecnológica com relação ao uso, à transformação, à apropriação, ao consumo e demanda dos recursos naturais, no qual a sua soberania é imprescindível para o rompimento com a dependência tecnológica sul-americana, para sua inserção nos próximos ciclos econômicos e de inovação, promovendo um modelo de desenvolvimento social e econômico com justiça social.

Palavras-chave: Geopolítica. América do Sul. Recursos naturais e estratégicos. Soberania. Desenvolvimento.

Link : Artigo – Geopolitica dos recursos naturais estrategicos na America do Sul Bernardo Salgado Rodrigues

Perspectivas, São Paulo, v. 45, p. 63-87, jan./jun. 2015

[ARTIGO] Ambiente e Arqueologia: trajetória e papel da legislação ambiental

Titulo: Ambiente e Arqueologia: trajetória e papel da legislação ambiental

Autor: Paulo P. Funari

Ano:

Paginas: 13

Resumo: Este artigo tem como objetivo discutir a Arqueologia brasileira e sua trajetória, com particular atenção para desenvolvimentos recentes. Ele começa por afirmar a posição aqui adotada, de uma história social e externalista da disciplina, para então voltar a um curto panorama da história da Arqueologia no país desde o século XIX. Depois, há uma discussão sobre os principais desenvolvimentos nas últimas duas décadas nas áreas mais importantes da disciplina e em relação aos temas fundamentais, como as primeiras ocupações humanas, arte rupestre, outras questões pré-históricas, Arqueologia histórica, Arqueologia clássica, Arqueologia subaquática e Arqueologia pública. Por fim, conclui-se pela discussão das perspectivas da disciplina.

LINK : Artigo – Ambiente e Arqueologia – PP Funari

(APOSTILAS) – Compilação de textos sobre edição, produção e características de vídeo

Titulo: Compilação Dicas de Consultas via Internet.

Autor:  Laboratorio Multiusuario de Comunicação – TERRAMAE/NEPAM

 

Aprenda como fazer uma edição básica no Final Cut Pro X: Texto de Apoio – Aprenda como fazer uma edição básica no Final Cut Pro X

Formatos de um Vídeo: Texto de Apoio – Formatos de um vídeo

Plano de produção e cronograma Físico/Financeiro: Texto de Apoio – Planilha de plano de Produção e Cronograma Físico – Financieiro

Sobre as diferenças de HD: Texto de Apoio – Sobre Diferencias de HDs

(APOSTILA) – CAPÍTULO 9 – ILUMINAÇÃO PARA CINEMA E VÍDEO

Titulo: Manual Básico de Fotografia e Cinematografia – CAPÍTULO 9 – ILUMINAÇÃO PARA CINEMA E VÍDEO

Autor: Filipe Salles 

Paginas: 08

Este manual foi elaborado pelo prof. Filipe Salles desde 1998, e tem sido atualizado constantemente. Serve como uma apostila para cursos de Fotografia, e pode ser utilizado livremente desde que citada a fonte e o autor.gue abaixo um capítulo da Apostila de Cinematografia do Prof. Filipe Salles, neste capítulo é abordado o tema de Iluminação para Cinema e Vídeo:

www.mnemocine.com.br

Iluminação para Cinema e Video – Filipe Salles

[LIVRO] Capitulo: Gêneros e formatos na televisão brasileira

Titulo: Gêneros e formatos na televisão brasileira

Autor: Jose Carlos Aronchi de Souza

Ano: 2004

Paginas: 196 – 16

Introdução: Baseado numa pesquisa de mais de dez anos, o autor, experiente profissional de televisão, professor de produção e diretor de programas educativos, identifica as características técnicas e de produção dos diferentes gêneros de programa de televisão. Em linguagem clara e acessível, oferece-nos um manual prático para estruturação de programas.

Prefacio: As informações sobre a programação da TV brasileira publicadas neste trabalho foram coletadas durante dez anos, de 1994 a 2003. Este longo caminho até a publicação foi acompanhado de muitas contribuições de colegas que me incentivaram a tornar este livro realidade. Em vários congressos e encontros profissionais, fui indagado sobre a futura publicação do trabalho e informado sobre a carência de estudos sobre gêneros na TV no Brasil. Essas in- formações vieram de profissionais e pesquisadores respeitáveis da área de televisão de locais distantes da minha área de convívio, como Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e de várias cidades de São Pau- lo. Cada vez que me informavam sobre o uso de partes do trabalho que estavam disponíveis parcialmente em outros ensaios, minha reação era a de quem assume que deve a publicação completa, mas vai pagar quando puder. Na verdade, eu não acreditava que, depois de tanto tempo, este trabalho apresentado em partes em vários eventos ainda tivesse alguma importância para publicação, ainda que citado na bibliografia de importantes publicações sobre televisão, como Telejornalismo no Brasil, entre outras.

Em 2003, dez anos após o início da pesquisa, participei de dois debates sobre televisão no XXVI Congresso da Intercom (Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação), na PUC-Minas. Em ambos os debates, os expositores reconheceram a dificuldade com o tema, pela falta de bibliografia sobre os gêneros na TV. Porém, numa discussão sobre critérios editoriais no telejornalismo, fui surpreendido por uma pesquisadora da Faesa, que, sem conhecer este autor e sem saber que eu me encontrava na platéia, citou minha dissertação de mestrado como uma das poucas referências que tinha sobre gêneros na televisão e por isso aguardava a publicação. Ao ouvir que fiquei famoso por nunca ter publicado a dissertação, resolvi retomar a pesquisa, elaborar a atualização e concluí-la neste livro, visto que os conceitos essenciais sobre a programação da TV não mudaram desde a sua invenção. Portanto, este trabalho deve continuar atual por muito tempo…

O tema gêneros na televisão é, sem dúvida, apaixonante. Para ser sincero, adquiri essa paixão porque, ao me aprofundar nele, cheguei a descobertas fascinantes sobre planejamento, produção, comercialização, transmissão e recepção dos programas de tele- visão. Desenvolvi o trabalho a partir da minha experiência pro- fissional e acadêmica em diversas produtoras de vídeo no Brasil e no exterior e nas redes de TV Globo e Cultura, além de aulas de televisão que ministrei nos cursos de Comunicação Social, nas habilitações em Jornalismo e Radialismo, nas Universidades Es- tadual de São Paulo (Unesp-Bauru), Metodista (Umesp), de Mo- gi das Cruzes (UMC) e Católica de Santos (UniSantos).

Nesses cursos, antes de desenvolver as atividades práticas, fazia com os alunos um reconhecimento de campo dos progra- mas de televisão. Abordava as principais características de cada programa e tentava associá-las a outros de emissoras diferentes. Se não houvesse similares, buscava referência histórica que pu- desse explicar a idéia e o objetivo de cada produção. Isso trazia vários elementos semelhantes entre os programas e dava unifor- midade às linguagens da produção de TV, facilitando a identifi- cação das técnicas e dos recursos utilizados pelos produtores.

Esse foi o caminho didático utilizado para classificar os gêneros de cada programa sem uma reflexão mais aprofundada e rigorosa. Tal dinâmica facilitava a organização e o planejamento de projetos de produção de programas experimentais, pois os alunos tentavam perseguir um gênero e um formato até desenvolverem fórmulas próprias. Mas ainda sentia falta de uma teoria de apoio para a classificação dos gêneros e formatos de toda a pro- gramação da TV.

A ausência de estudos específicos que permitissem classificar os gêneros, bem como suas variações, estimulou este estudo so- bre as categorias, os gêneros e formatos da televisão brasileira, a fim de que servisse como ponto inicial para o ensino de produ- ção de programas para televisão. O objetivo é oferecer subsídios para que estudantes interessados na análise dos conceitos da pro- gramação e os professores das disciplinas técnicas, juntamente com seus alunos, desenvolvam programas de TV com objetivida- de sobre os princípios básicos, obtidos após a identificação das características de cada programa.

Esta pesquisa permitiu identificar 31 formatos aplicados em 37 gêneros distribuídos em cinco categorias. Mesmo com esses números, não tenho a pretensão de fazer um histórico de cada gênero. Assim, muitos programas importantes que fizeram histó- ria no gênero não são citados, porque o objetivo não é esse. O presente estudo justifica-se pela necessidade de organizar os con- ceitos sobre televisão para contribuir com o desenvolvimento do veículo de comunicação de massa mais influente e cada vez mais presente na vida do brasileiro.

O livro permite a leitura utilizando o zapping, pulando trechos, indo direto aos programas ou visualizando os quadros e gráficos que ilustram a pesquisa. Na Abertura, faço algumas considerações sobre o tema central e a importância do ensino de televisão nos cursos de Comunicação e as especificidades das habilitações em Jornalismo e Radialismo. Valorizo o ensino de categorias, gêneros e formatos com a opinião de pesquisadores nacionais e internacionais e dou a receita do tempero da salada de gêneros. Nessa parte, explico a estruturação da pesquisa, com- posta pelo tripé teórico da teoria dos gêneros, da classificação dos programas pelas emissoras e pela análise da programação das sete redes de televisão brasileiras: Cultura, SBT, Globo, Record, Rede TV! (ex-Rede Manchete), Gazeta e Bandeirantes.

O leitor verá retratada uma época da TV brasileira em fase de mudança significativa. Acompanho o período de 1994 a 2003 e faço uma análise mais profunda sobre o ano de 1996, que serviu  de base para a aplicação do método de pesquisa. Durante esses   dez anos, todas as emissoras passaram por momentos que mar- caram sua programação: a Cultura sofreu declínio em razão da forte crise financeira que ainda perdura; o SBT conseguiu, em momentos raros porém em horários importantes, alcançar o primeiro lugar de audiência com programas populares; a Globo diminuiu sua margem na liderança da programação; a Record reformulou a programação sob a direção de um grupo evangéli-  co; o Grupo Bloch vendeu a concessão da Manchete para a nova Rede TV!; a Gazeta encerrou seu contrato com o grupo CNT; e a Bandeirantes deixou de lado seu slogan “o canal do esporte” para investir em outros gêneros.

Para ajudar a entender essa indústria que é a televisão brasileira, no primeiro capítulo apresento as definições teóricas e as relações entre a arte e a comunicação. Surgem aí as primeiras definições dos objetos de estudo, as categorias, os gêneros e o for- mato dos programas. No segundo capítulo, enfoco a sistemática de programação de uma emissora, desvendando o ponto-chave que é a grade horária. Como a televisão se insere num mercado global, no terceiro capítulo traço um panorama dos gêneros de sucesso nas TVs mundiais, abordando a programação da Europa, dos Estados Unidos e da América Latina.

Finalizado esse primeiro bloco teórico, faço um rápido inter- valo e passo para o segundo bloco, no qual se encontra a classificação de categorias, gêneros e formatos, que compõe o último capítulo dessa grande novela sobre os programas da TV brasileira. A pesquisa sobre 1996 gerou alguns gráficos que ajudam a compreender as opções de cada emissora no desenvolvimento da sua programação, segundo o perfil adotado por cada rede. Os gráficos e tabelas estão no quarto capítulo, juntamente com a análise das porcentagens de distribuição de cada gênero na grade de pro- gramação das TVs.

Após 1996, acompanhei pela imprensa o desenrolar das programações. Isso serviu de base para a formação de um arquivo de cerca de dois mil artigos que possibilitaram a identificação daqueles 37 gêneros e 31 formatos que compõem os quadros, separados em cinco categorias: entretenimento, informação, educação, publicidade e outros.

O encerramento não poderia ser outro senão as conclusões, que permitem abrir caminho para o estudo dos formatos da TV, assunto cada vez mais importante quando se pensa em produções criativas e inéditas. Espero que o leitor não durma antes de ler o fim. Zap!

Palavras Chaves: Formatos e Generos de TV, Educação e TV, Televisaão e Linguagem.

Link: Generos e Formatos de TV

https://books.google.com.br/books/about/G%C3%AAneros_e_formatos_na_televis%C3%A3o_brasil.html?id=R1lXD47mUCQC&redir_esc=y

(REVISTA BRASILEIRA) Ciencias Politicas. Mídia, Poder e Democracia – ARTIGO

Titulo: Mídia, poder e democracia: teoria e práxis dos meios de comunicação – ARTIGO

Autor: Francisco Fonceca

Ano: 2011

Introdução: Os conflitos sociais, das mais variadas ordens, são possibilitados na democracia pelas instituições e pelas normas legais, assim como pelos pac- tos entre as classes sociais. Nesse sentido, não deixa de ser um truísmo a constatação de que, independentemente da forma e do sistema de governo uma democracia só poderá assim ser considerada se na esfera pública os diversos interesses puderem se manifestar: por esfera pública entendemos a arena em que se mesclam interessem comuns e de classes, “comuns” quanto à lógica da Nação, da identidade nacional, do Estado nacional, e “de classes” no que tange a interesses sociais imanentemente distintos, embora possam, em determinadas conjunturas e dependendo dos arranjos políticos, se as- semelharem (Offe, 1984).

Considerando que essa premissa não necessita ser aprofundada, é fato que a mídia – entendida como o complexo de meios de comunicação que envolve mensagem e recepção, por formas diversas, cuja manipulação dos elementos simbólicos é sua característica central (Eagleton, 1991) – representa uma forma de poder que, nas sociedades “de massa”, possui papéis extremamente significativos, tais como: influir na formação das agendas públicas e governa- mentais; intermediar relações sociais entre grupos distintos (Capelato, 1988); influenciar a opinião de inúmeras pessoas sobre temas específicos; participar das contendas políticas, em sentido lato (defesa ou veto de uma causa, por exemplo) e estrito (apoio a governos, partidos ou candidatos); e atuar como “aparelhos ideológicos”1 capazes de organizar interesses. Quanto a esses, em determinadas circunstâncias atuam à guisa de “partidos políticos” ou “inte- lectuais coletivos e orgânicos” de grupos específicos (Coutinho, 1994). Esses papéis são ocultados sob o lema do “dever da informação”, que seria “neutra”, “independente”, “apartidária” e “a-ideológica”, características invariavelmente alegadas pelos órgãos da mídia ao retratar, de forma cabotina, sua atuação.

Dessa forma, a mídia, ao participar da esfera pública como “prestadora de serviços”, isto é, como entidades de “comunicação social”, teria uma função imprescindível nas democracias: informar sobre os acontecimentos levando às pessoas uma gama de dados que, sem esse serviço, não teriam condição de conhecer outras realidades que não as vivenciadas ou relatadas por pessoas próximas2. Mais importante, os órgãos da mídia fariam a fisca- lização do Estado, exercendo assim a forma mais bem acabada de “controle social”: em relação ao dinheiro público, às ações públicas, numa palavra, aos negócios públicos.

Note-se, contudo, que os órgãos da mídia – emissoras de tv, rádios, jornais, revistas, portais – atuantes na esfera pública são em larga medida empresas privadas que, como tal, objetivam o lucro e agem segundo a lógica e os in- teresses privados dos grupos que representam. Embora a ação da mídia seja complexa, essas características são cruciais para uma definição inicial dessa relação entre agentes privados e esfera pública. Afinal, se todos os possui- dores de poder precisam ser responsabilizados – à luz do liberalismo de Os federalistas, o que implica a teoria dos “freios e contrapesos” –, tais como os agentes públicos e mesmo outros agentes privados, para os quais há meios de fiscalizar-lhes, e se a atuação dos órgãos da mídia tem como pressuposto a lógica privada, a questão que se coloca é: como compreender a sua atuação na esfera pública, em que a democracia é elemento-chave?

Tomando-se esses elementos como fundantes para a compreensão do papel da mídia na democracia, sobretudo na democracia brasileira ao longo do século XX, observaremos as seguintes questões neste texto: a constitui- ção da “política informacional” no século XX e a construção da “sociedade midiática”; as teorias políticas sobre a democracia e as falsas confluências estabelecidas entre mídia e democracia; a necessidade de um marco con- ceitual capaz de compreender seu papel; o papel dos grandes periódicos na formação da agenda neoliberal e perante o conflito distributivo (entre capital e trabalho) nas décadas de 1980 e 1990.

Link: Ensaio sobre – Midia, poder e democracia_ Francisco Fonseca

Revista Brasileira de Ciência Politicas – Brasilia/Brasil

https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=0103-3352&lng=en&nrm=iso

[ARTIGO] Formatos de Programas de TV – Utopia ou Realidade?

Titulo: FORMATOS DE PROGRAMAS DE TV: utopia ou Realidade

Autor: Gustavo H. Piva Luiz de Andrade

Ano: 2005

Paginas: 30

Introdução: A indústria da televisão nos dias atuais é extremamente competitiva. Na  intensa disputa pela preferência do telespectador, reality shows, quiz shows, game shows e talent shows têm assumido um papel cada vez mais relevante na programação das emissoras. Seguindo esta tendência, empresas de todo o mundo vêm buscando inserir programas do gênero em suas grades e optam muitas vezes pelo licenciamento de formatos de programas já testados em outros países. O licenciamento de formatos de programas televisivos é uma indústria que atualmente movimenta muitos milhões de dólares. Programas como Who Wants to Be a Millionaire?1, da inglesa Celador Productions, Survivor, da também inglesa Castaway Television Productions, e Big Brother2, da  holandesa Endemol, já tiveram seus formatos licenciados para emissoras de dezenas de países, transformando-se em extraordinárias fontes de renda para seus respectivos idealizadores. E a receita auferida não se limita ao licenciamento em si. Atualmente, muitos destes programas são acompanhados de forte carga de merchandising e são decididos pelo público por meio de ligações, o que maximiza ainda mais o enorme valor comercial dos seus formatos. Um mercado de tal magnitude, claro, atrai a atenção de concorrentes que, muitas vezes, ao invés de optarem pelo licenciamento dos formatos e pagarem os royalties correspondentes, desenvolvem programas semelhantes que passam a concorrer diretamente com os programas originais.

Tal conduta naturalmente colide com os interesses das empresas produtoras dos formatos e dos seus licenciados, sendo precisamente nesse contexto que surge um dos temas mais atuais e controversos da área de propriedade intelectual: a proteção dos formatos de programas de televisão. Com efeito, até onde vai a idéia e começa a expressão? Até que ponto um programa baseado nos mesmos elementos do programa de um concorrente é uma infração e, como tal, deve ser reprimida pelos aplicadores do direito?

O objetivo do presente trabalho é examinar a questão da proteção dos formatos de programas de TV e de todas as dificuldades a ela inerentes. Como veremos, tribunais de diversos países têm hesitado em reconhecer que formatos de programas estão inseridos no rol das obras intelectuais legalmente protegidas. Outros tribunais, contudo, recentemente se posicionaram de maneira distinta, aquecendo ainda mais a já grande discussão sobre a matéria.

Palavras Chaves: TV-Competitiva, Discussão e Conflito, Merchandising, Formatos licenciados

Artigo Completo: Artigo. – Formatos de Programas de TV – Utopia ou Realidade – Gustavo H.P. Luiz de Andrade

https://www.facebook.com/pg/IDS-Instituto-Dannemann-Siemsen-927891870613992/posts/

[ARTIGO] A Formação de pesquisadores e profissionais do Audiovisual: O papel da Universidade e do Mercado

Titulo:  A FORMAÇÃO DE PESQUISADORES E PROFISSIONAIS DO AUDIOVISUAL: O PAPEL DA UNIVERSIDADE E DO MERCADO

Autora:  Doris Fagundes Haussen – Faculdade de Comunicação Social da PUC do Rio Grande do Sul

Ano: 

Paginas: 08

A discussão sobre o perfil do profissional de audiovisual a ser preparado pelas Escolas de Comunicação passa, inevitavelmente, pela discussão sobre o mercado em que estes profissionais irão se inserir. Neste sentido, faz-se necessário uma avaliação sobre o contexto cultural mais amplo, a população, a indústria cultural instalada, as escolas de comunicação existentes, as diretrizes curriculares, entre outros fatores. No caso brasileiro, a população é de cerca de 160 milhões de habitantes, sendo que 85,1% dos lares possuem TV. Das seis grandes redes de televisão do país, a Globo cobre 99,99% do território, o SBT, 97,46%, a Bandeirantes, 91,66%, a Manchete, 72,80%, a Record, 69,02% e a CNT, 41,00% (Fonte: Revista da Mídia, 1997). A Globo possui 104 repetidoras próprias, 832 retransmissoras próprias, 1474 retransmissoras de prefeituras, 266 de outros em geral, 502 por satélite. No total, possui 3178 pontos de retransmissão (Fonte: Simon.P.(rel.)(1998).
Por seu lado, a TV segmentada conta com a MTV, de música jovem, que alcança mais de 250 municípios brasileiros; a Rede Mulher, destinada ao público feminino, adulto, que retransmite para todo o país por TV a Cabo e canal aberto por satélite; a Rede Vida, dirigida à família, atingindo mais de 150 municípios e 600 localidades com retransmissoras secundárias; o Canal 21, de prestação de serviços, dirigido ao interior de São Paulo, e a CBI, também de serviços, cobrindo 26 municípios do interior de São Paulo, entre outras.(Fonte: Revista da Mídia,1997) .

Os canais de TV por assinatura têm a sua penetração maior no sudeste (39,95%) e sul do país (13,16%), havendo 55 cidades com TV a Cabo e nove cobertas pelo sistema MMDS (a TVA conta com 270 mil assinantes) (Fonte: Simon, P.(1998)). Neste setor, atualmente os grupos regionais estão vencendo a maioria das licitações devido ao recuo dos grandes grupos operadores – Abril e Globo.

Segundo análise da EPCOM/Internet(1998), com as crises internacional e brasileira, o mercado nacional de TV por assinatura, que chegou a ser considerado o melhor do mundo, pelas possibilidades de expansão, entrou em recesso, com inadimplência e perda de assinantes. Também contribuiu para a retração a dificuldade de obtenção de financiamentos no mercado internacional, e a privatização da Telebrás que, além de absorver investimentos, terá as novas empresas privadEscolas de Comunicaçãoas atuando fortemente no mercado de transmissão de dados e provimento de serviços de acesso à Internet, segmento em que as operadoras de TV por assinatura pretendiam entrar. No entanto, os grupos Globo e Abril continuam dominando o mercado de programação e controlando os pacotes que as operadoras terão no Brasil para oferecer. “Ocorre assim no país, uma tendência internacional: as empresas regionais e independentes bancam os investimentos iniciais, desbravam os mercados para, depois, sem possibilidade de resistir, serem adquiridas pelos grandes conglomerados” (idem). Os canais comunitários, por sua vez, encontram-se em fase de expansão. Uma experiência interessante está sendo realizada na região do ABC paulista.

Palavras Chaves: 

Artigo Completo: Artigo . A Formação de Pesquisadores e profissionais do Audiovisual

http://aneste.org/a-formaco-de-pesquisadores-e-profissionais-do-audiovisual-o-pa.html

[LIVRETO] Lição 3 – A Entrevista – dicas para realizar ou conducir uma entrevista

Titulo: Lição 3 – A Entrevista

Autora: Cristina Scott

Ano: 

Paginas: 16

Introdução: Uma entrevista pode impulsionar ou detonar uma matéria. A forma de entrevistar é uma questão complicada para repórteres de ciência, que precisam lidar com pesquisadores altamente especializados e que estão mais acostumados a dar aulas e escrever para seus pares do que a se comunicar com o grande público.

Isso sem esquecer o medo: muitos cientistas nunca passaram por um treinamento para aprender a falar com a mídia (media training) e receiam que sua reputação seja prejudicada pela cobertura da imprensa, por isso acham as entrevistas muito assustadoras. 

Não perca de vista o público-alvo principal da entrevista: um leitor, espectador ou ouvinte interessado
e curioso.

Preparar-se é importante, mas nem sempre possível. Como formular questões se você não sabe nada sobre o assunto? Como convencer um cientista ocupado e estressado a arranjar tempo para uma conversa? Como fazer com que um estranho fale com você como se fossem velhos amigos? E se suas anotações não traduzirem de forma precisa o que foi dito? Essas são questões importantes de se pensar. 

Neste capítulo, você vai trabalhar essas questões. Depois de fazer isso, esperamos que você prepare e conduza entrevistas de uma maneira um pouco diferente…

(Segue abaixo o arquivo com o capítulo completo)

A Entrevitas Cristina Scott (Dicas para realizar ou conducir uma entrevista)

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