[TESE] Eucalipto e Mata Atlântida: analise do uso e cobertura da terra e suas conexões biofísicas, políticas e socioeconômicas

Tipo: Tese

Nível: Doutorado

Titulo: Eucalipto e Mata Atlântida: analise do uso e cobertura da terra e suas conexões biofísicas, políticas e socioeconômicas.

 Autor(a): Ramon Felipe Bicudo da Silva

Orientador(a): Mateus Batistella

Resumo : O Vale do Paraíba Paulista é uma região de importância econômica para o Estado de São Paulo. Com população superior a dois milhões de habitantes, concentrada em áreas urbanas (95%), sobretudo nos municípios do eixo rodoviário Presidente Dutra, foi elevada à categoria de Região Metropolitana em 2012. Eixo conector entre São Paulo e Rio de Janeiro, foi uma das primeiras regiões brasileiras a enfrentar profundas mudanças em suas paisagens, resultado dos séculos de colonização. Representante do bioma Mata Atlântica, a região apresentava, em 1962, aproximadamente 225 mil hectares de vegetação florestal nativa, cerca de 16% de sua extensão territorial. Mudanças profundas na economia brasileira, especialmente após os anos 1950, com o Plano Nacional de Metas, o processo de descentralização da indústria em São Paulo e com o projeto nacional de modernização da agricultura, iniciado na década de 1960, trouxeram para a região novos determinantes para as trajetórias futuras do uso e cobertura da terra. O objetivo desta pesquisa foi entender as conexões socioeconômicas e biofísicas do Vale do Paraíba Paulista com o processo de transição florestal. A metodologia para desenvolver a pesquisa incluiu o mapeamento do uso e cobertura da terra (anos de 1985, 1995, 2005 e 2011) por meio de imagens Landsat-5 ThematicMapper, modelos de análise de mudanças por regressão logística e redes neurais, entrevistas estruturadas e semiestruturadas com stakeholders e aplicação de questionários em noventa propriedades rurais. Foi observado que a cobertura florestal em 2011 alcançou aproximadamente 446 mil hectares, crescimento de 98% em relação a 1962. Esse processo ocorreu majoritariamente sobre áreas de pastagens degradadas (74%) e nas regiões com declividades superiores a 20%. Essa pesquisa indica um processo de transição florestal decorrente do mercado internacional de commodities (polpa de celulose de eucalipto), das políticas públicas para conservação, da diminuição das atividades agropecuárias, do desenvolvimento econômico industrial na região, da participação da sociedade no controle do desmatamento e do estado de escassez florestal no bioma Mata Atlântica.

TESE COMPLETA: Eucalipto e Mata Atlântida: analise do uso e cobertura da terra e suas conexões biofísicas, políticas e socioeconômicas

[TESE] A Restauração Ecológica e a Ditadura da Floresta

Tipo: Tese

Nível : Doutorado

Titulo: A RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA E A DITADURA DA FLORESTA

Autor(a): Rolf Bateman

Orientador(a): Thomas Michael Lewinsohn

Resumo: Embora o conhecimento para a restauração ecológica tenha se ampliado consideravelmente nos últimos 30 anos, a ciência e as práticas relacionadas ainda são bastante incipientes. No Brasil a restauração se iniciou em ecossistemas florestais na Mata Atlântica, há cerca de 150 anos. A atividade se estendeu a outros biomas conforme cresceram o interesse social, as exigências legais e os estudos científicos relacionados. A fim de identificar diferenças entre projetos de restauração de ecossistemas florestais e não-florestais desenvolvidos na atualidade, examinamos 75 projetos de restauração ecológica. Métodos aplicados por diferentes instituições (empresas, ONGs, entidades governamentais e proprietários de terra) e com diferentes motivações (pesquisa, exigências legais e voluntariado) foram examinados nos biomas Mata Atlântica, Cerrado e Campos Sulinos através de entrevistas, atividades de campo e análise documental. De forma geral, os métodos usados por restauradores de ecossistemas nos três biomas são semelhantes, apesar das diferentes características ecológicas entre seus ambientes. Diferentes motivações também não determinaram a aplicação de métodos de restauração distintos. Quanto às instituições, no entanto, a diversidade e inovação das técnicas aplicadas são maiores quando universidades e centros de pesquisa estão envolvidos. O plantio de mudas arbóreas, embora mais oneroso do que outras técnicas aplicáveis e nem sempre o mais adequado, é o método mais utilizado e recomendado. A preferência pelas árvores em detrimento a outros organismos impõe o estabelecimento das florestas mesmo nos biomas onde os ecossistemas de vegetação aberta prevalecem. Sugerimos que a repetição de procedimentos em circunstâncias distintas é fruto de problemas no fluxo de informações entre instituições, da força das tradições e tem origens históricas e econômicas.

TESE COMPLETA: A RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA E A DITADURA DA FLORESTA

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