[RELATÓRIO] Plantando sonhos. Experiências em Agroecologia no Estado de São Paulo

RELATORIO: Plantando sonhos. Experiências em Agroecologia no Estado de São Paulo

PREFÁCIO

A agropecuária mundial vem passando, nas últimas décadas, por diversas mudanças. Nesse período está ocorrendo um aumento populacional exponencial no planeta que nunca foi visto em toda história da humanidade. Para suprir essa população, está previsto um aumento do uso dos recursos naturais para a produção de alimentos, biocombustível, madeira, tecidos, entre outros. No entanto, a falta de sustentabilidade no atual modelo agropecuário, preocupa quanto à escassez de recursos disponíveis para sustentar essa demanda ou quanto ao impacto ambiental negativo que isso tudo pode causar, levando o planeta a condições inabitáveis para nós e outros seres vivos.

As indústrias de agrotóxicos e de sementes geneticamente modificadas estão a décadas oferecendo soluções para o campo, se aproveitando de um modelo de produção pouco autossuficiente. Muitas dessas soluções realmente funcionam tecnicamente por um tempo, mas são pouco rentáveis aos agricultores e deixam as pragas e doenças cada vez mais resistentes, exigindo maior uso de produtos ou desenvolvimento de novas moléculas. Entre as principais consequências dessa agricultura não conservacionista estão: a emissão de gases do efeito estufa, a contaminação de rios e lagos, a contaminação do ar, a intoxicação aguda ou crônica dos agricultores e consumidores, alto risco de mercado pelos agricultores que produzem apenas uma cultura, entre muitos outros. Esse panorama tem sido relatado a algum tempo, e muitos pesquisadores, técnicos, extensionistas e agricultores tem buscado alternativas mais viáveis de produção. O foco seria uma maior produtividade, não somente no sentido de rendimento de cultura, mas de melhor qualidade de vida, lucratividade, melhora do solo a longo prazo e maior contribuição ambiental.

A agroecologia como uma ciência multidisciplinar, traz em sua essência o estudo de situações produtivas no campo, levando sempre em consideração os itens comentados. Com técnicas produtivas que interagem de forma positiva com o meio ambiente, utilizando de seus recursos de forma responsável e sustentável. Que respeita o trabalhador do campo, sem exploração, com dignidade, satisfação e bemestar. Além disso, que valorize a diversidade de produtos, deixando o agricultor economicamente menos exposto a oscilações de mercado, garantindo um rendimento mais seguro. Sem falar na qualidade do alimento oferecido aos consumidores, que tem a garantia de não ter contaminantes prejudiciais à saúde, além de qualidade nutricional, consequência de tudo isso.

O Grupo Timbó de Agroecologia apresenta com o livro “Plantando Sonhos. Experiências em Agroecologia no Estado de São Paulo” uma rica exposição das experiências agroecológicas desenvolvidas nos últimos anos no estado. Você encontrará variadas abordagens de diferentes instituições, grupos e universidades paulistas, relacionadas à agricultura orgânica, articulações agroecológicas, educação, extensão, pesquisa, agricultura natural, transição agroecológica, solos em manejo ecológico, economia associativa, plantas medicinais, sistemas agroflorestais, entre outros. O grupo vem desde 1998 desenvolvendo trabalhos sobre o tema, tanto na área de extensão, de pesquisa e vivências agroecológicas. É muito gratificante ter participado de parte dessa etapa durante minha graduação em Eng. Agronômica na UNESP de Botucatu entre 2010 e 2012. As diversas experiências que tive no grupo me deram a base de formação necessária para continuar nos meus trabalhos com agricultura ecológica, nos quais atuo, com muito prazer, até hoje.

Com muita honra e gratidão ao Timbó que lhes apresento esta obra. Esta coleção de experiências certamente te permitirá montar seu senso crítico com base em temas diversos, escritos por autores com pontos de vista, especialidades e histórias diferentes. Aproveite a leitura e nunca se esqueça, que o maior aprendizado agroecológico é aquele do dia a dia. E conhecendo outras histórias, você terá muito mais ferramentas para continuar a construir a sua.

Boa leitura!
Diego Fontebasso Pelizari Pinto
Eng. Agrônomo

Relatório Completo: Relatorio – Plantando Sonhos – Experiencias em Agroeclogia em São Paulo

[RELATÓRIO] COMISSÃO CAMPONESA DA VERDADE: RELATÓRIO FINAL – VIOLAÇÕES DE DIREITOS NO CAMPO

Titulo: COMISSÃO CAMPONESA DA VERDADE: RELATÓRIO FINAL – VIOLAÇÕES DE DIREITOS NO CAMPO – RELATÓRIO FINAL : VIOLAÇÕES DE DIREITOS NO CAMPO (1946 a 1988)

Autor: Comissão Camponesa da Verdade

Ano: 2014.

Reseumo: A Comissão Camponesa da Verdade (CCV) foi criada em 2012, fruto do Encontro Unitário dos Trabalhadores, Trabalhadoras e Povos do Campo, das Águas e das Florestas. A atuação da CCV foi impulsionada e concretizada através de reuniões realizadas na sede da CONTAG em Brasília, com a participação de professores/as, pesquisadores/as, lideranças de movimentos sociais e gestores públicos que se dedicaram a pesquisar, congregar estudos já realizados e elaborar este Relatório. Um dos objetivos desse documento é incidir nas atividades desenvolvidas pela Comissão Nacional da Verdade (CNV), especificamente no Relatório final do Grupo de Trabalho sobre violações de direitos humanos relacionadas à luta pela terra e contra populações indígenas, por motivações políticas no período compreendido entre 1946-1988, sob responsabilidade da comissionada Maria Rita Kehl.

Além das contribuições ao trabalho da CNV, esse Relatório final da CCV procurou apresentar o protagonismo histórico dos trabalhadores e trabalhadoras rurais na luta contra a ditadura civil-militar. Acreditamos que há um processo político e social de invisibilização, tanto no que se refere à luta e resistência camponesas, quanto aos processos de reparação em curso no Estado brasileiro. Um dos fatores fundamentais para quebrar com essa invisibilidade política é a reconstrução da memória camponesa, necessária ainda para fortalecer a inserção dos camponeses no debate público sobre a ditadura civil-militar, inclusive como sujeitos da resistência. Essas questões estão abordadas no capítulo I desse relatório.

O capítulo II apresenta uma narrativa da História do Brasil no século XX a partir do ponto de vista dos camponeses e camponesas. É necessário que essas pessoas sejam reconhecidas enquanto sujeitos de sua história, passo importante para a construção da condição fundamental do camponês como sujeito de direitos. Nesse item, são apresentadas ao leitor as primeiras organizações camponesas, suas reivindicações, formas de luta e conquistas de direitos. Mas também, a reação patronal, as diversas ações de repressão e a intensificação do conflito entre camponeses e latifundiários. Esse capítulo é finalizado com a discussão sobre a luta dos camponeses no período do regime
civil-militar, instalado a partir de 1964 e promotor do processo de modernização conservadora no Brasil.

Nesse último ponto, ressalta-se outro debate fundamental realizado pela rede de pesquisadores da CCV: a concepção política do Estado como sujeito de violações de direitos. As apresentações de pesquisas nas reuniões realizadas na sede da CONTAG nos anos de 2013 e 2014 desnudaram a necessidade de considerar que o Estado violou os direitos não só quando seus agentes atuaram diretamente. Mas também, os atos de omissão, conluio, acobertamento e “privatização da ação do Estado”, na qual o latifúndio funcionou como um braço privado antes, durante e depois da ditadura civil-militar de 1964, tornam o Estado um agente violador. A CCV buscou construir critérios para dar a ver como essas ações e omissões do Estado podem e devem ser associadas com as violações dos direitos dos camponeses.

Essas violações são descritas e discutidas no capítulo III desse relatório. Os relatos de casos pesquisados indicam as diversas formas de atuação da repressão política sobre os camponeses entre 1946 e 1988. Destaca-se o período da ditadura civil-militar no Brasil entre 1964 e 1985. Em diferentes regiões e sob diferentes modus operandis é possível identificar como agiam, muitas vezes de modo articulado, agentes do Estado e agentes privados na sistemática violação dos direitos humanos dos camponeses e de seus apoiadores. São relatos de torturas, mortes, desaparecimentos, ocultação de cadáveres, ameaças, despejos, agressões físicas, prisões, exílios (no exterior e no próprio país), destruição de bens, entre outras. Deve-se ressaltar, contudo, a resistência camponesa ao golpe de 1964, muitas vezes ausente da historiografia. Partindo da perspectiva dos camponeses como sujeitos de sua história, alguns casos de resistência, bem como seus atores, são apresentados no item 3.1 desse capítulo.

Por fim, estão disponibilizados para o leitor os relatos dos casos investigados pela rede de pesquisadores integrantes da CCV. Ainda que tenham ficado de fora muitas das graves violações de direitos humanos cometidas contra camponeses e camponesas no período da ditadura civil-militar e do período de transição, todas as regiões do Brasil estão contempladas nos mais de 70 casos relatados. Além de conhecer a história de repressão sobre camponeses no Brasil, o leitor terá acesso a uma atualizada bibliografia sobre o assunto e a indicação de diversas fontes de pesquisa (jornais, relatórios, documentos, entrevistas e outros) sobre o assunto.

Está anexado a esse relatório importantes instrumentos de pesquisa, a saber, a lista de camponeses atingidos por inquéritos policiais militares (IPM) e por processos na Justiça Militar, a lista de camponeses e apoiadores mortos ou desaparecidos de 1961 a 1988 e uma tabela com informações sobre camponeses e ditadura no Oeste do Paraná (com dados sobre eventos, fontes e localização).

A Comissão Camponesa da Verdade, buscando cumprir o compromisso firmado de combater e denunciar a violência e a impunidade no campo e a criminalização das lideranças e movimentos sociais promovidas pelos agentes públicos e privados, através deste Relatório Final, afirma perante a Comissão Nacional da Verdade, o Estado brasileiro e a sociedade, como primeira recomendação, que o Estado brasileiro, no âmbito da União, dos estados e dos municípios, reconheça as graves violações de direitos humanos cometidas contra camponeses no período investigado de 1946-1988, especialmente no período da ditadura civil-militar, 1964-1985, e garanta às vítimas e famílias das vítimas, a devida reparação.

Relatório Completo: Relatório – Final Comissão Camponesa da Verdade – dez2014

(AUDIOVISUAL) – Cinema Ambiental – ECOFALANTE – Festival

Titulo: Blog – Cinema Ambiental – Festival

Autor: ecofalante.org.br

Ano: 2019

RESUMO

A Mostra Ecofalante de Cinema. tradicionalmente, o evento principal da Mostra ocorre em junho, com entrada gratuita, ocupando diversas salas de cinema e centros culturais na cidade de São Paulo. Entretanto, devido à pandemia do coronavírus (Covid-19), muitos eventos estão precisando se reestruturar e buscar novas formas de trazer informação e entretenimento à população.

O momento atual, mais do que nunca, exige reflexão, informação e troca de experiências. Por este motivo, achamos importante manter o compromisso com o público e reformular a programação da 9ª Mostra Ecofalante, que este ano será inteiramente online e acontecerá entre os dias 6 e 19 de agosto. O evento, que terá filmes inéditos e debates ao vivo, será dividido em três programas: o Panorama Internacional Contemporâneo, que apresenta os mais novos filmes dos principais festivais de cinema e documentário do mundo; o Concurso Curta Ecofalante, competição que premia curtas-metragens feitos por estudantes; além de uma seleção especial de filmes brasileiros e latino-americanos.

Teremos também uma programação especial em comemoração à Semana do Meio Ambiente, entre os dias 4 e 9 de junho, que contará com uma seleção de filmes nacionais e internacionais que abordam questões contemporâneas urgentes. Os temas serão discutidos em debates transmitidos ao vivo com a participação de especialistas, cineastas e outros convidados especiais.

Todas as atividades serão gratuitas e abertas ao público. A programação completa e demais informações serão divulgadas em breve no site e em nossas redes sociais.

Uma apresentação do Ministério da Cidadania, Secretaria Especial da Cultura e da Ecofalante, a Mostra Ecofalante de Cinema é viabilizada através da Lei de Incentivo à Cultura. Tem patrocínio do Mercado Livre e da White Martins. É uma produção da Doc & Outras Coisas, co-produção da Química Cultural, da Spcine e da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo. A realização é da Ecofalante, do Ministério da Cidadania e do Governo Federal.

 

Link: Mostra -ecofalante-do-cinema-ambiental_2017

http://ecofalante.org.br/

(PAPER) – O Documentário Ativista Ambiental e Animalista e a Ética Educativa da tradição Documentária.

Titulo: O Documentário Ativista Ambiental e Animalista e a Ética Educativa da Tradição Documentária.

Autora: Bianca Salles Dantas

Ano:

Resumo:  Pretendo refletir neste estudo as tendências do que denomino “cinema documentário ambientalista e animalista”, a partir da ética educativa da tradição documentária britânica. Proponho comparar, ainda que em um primeiro momento, as características desse cinema sob o ponto de vista do reconhecimento da influência do modelo ético educativo de Grierson no campo do documentário ambiental e animalista. Será recortado o trabalho desenvolvido pela instituição Nicolaas G. Pierson Foundation fazendo um paralelo entre seu primeiro longa-metragem Meat the truth e o filme de Al Gore, Uma Verdade Inconveniente, ambos sobre o aquecimento global.

Link: Proposta de Trabalho-Disciplina – O documentário Ativista ambiental e animalista – Autora Bianca Salles Dantas

https://www.academia.edu/34945492/O_document%C3%A1rio_ativista_ambiental_e_animalista_e_a_%C3%A9tica_educativa_da_tradi%C3%A7%C3%A3o_document%C3%A1ria_v.13_n.24_2012_

[DISSERTAÇÃO] UTILIZAÇÃO DE RECURSOS AUDIOVISUAIS EM UMA ESTRATÉGIA FLEXQUEST SOBRE RADIOATIVIDADE

Titulo: UTILIZAÇÃO DE RECURSOS AUDIOVISUAIS EM UMA ESTRATÉGIA FLEXQUEST SOBRE RADIOATIVIDADE

Autora: Flávia Cristina Gomes Catunda de Vasconcelos

Orientador: Profº Dr. Marcelo  Brito Carneiro Leão (UFRPE)

Co – orientador: Profª Dra. Kátia Aparecida da Silva Aquino (UFPE)

RESUMO: O presente estudo apresenta uma pesquisa realizada em uma escola da rede privada da cidade do Recife, com alunos do 1° Ano do Ensino Médio. Um dos focos desta pesquisa é o estudo da incorporação de vídeos televisivos na estratégia FlexQuest „Radioatividade‟. Para a pesquisa inicial foi realizada uma busca por vídeos dispostos em programas de televisão que apresentassem informações baseadas no saber científico. Diante dos dados obtidos foram realizadas categorias para melhor utilizá-los durante a construção da estratégia. A FlexQuest incorpora, dentro da WebQuest, a Teoria da Flexibilidade Cognitiva (TFC), que é uma teoria de ensino, aprendizagem e representação do conhecimento, objetivando a proposição de estratégias para aquisição de níveis avançados do conhecimento. A partir de uma abordagem qualitativa, com uso de questionários, entrevistas e observações, foram realizadas intervenções através da aplicação da estratégia FlexQuest „Radiaotividade‟ tendo com eixo norteador, a análise das travessias de paisagem que os alunos conseguiram realizar no  decorrer da realização das tarefas solicitadas. Os resultados da pesquisa revelaram que a FlexQuest „Radioatividade‟ comporta recursos audiovisuais; além disso esses recursos possibilitam aprendizagem desde que incorporados em estratégias bem estruturadas dentro de uma proposta construtivista de ensino e aprendizagem. Neste sentido, constitui-se uma estratégia eficaz para nível introdutório ou estimulador para o entendimento das aplicações da radioatividade. A partir deste estudo foi possível compreender como as atividades despertaram nos alunos a curiosidade, a pesquisa, o trabalho cooperativo, a autonomia, mesmo fora do âmbito escolar. Constatou-se, então que a FlexQuest é uma boa estratégia  para a aquisição de conhecimento em níveis avançados, pois desenvolve nos alunos as habilidades de aplicação do conhecimento apreendido em diferentes situações. Esta estratégia mostrou-se ainda como uma ferramenta baseada em situações reais que muitas vezes são distorcidas pela mídia televisiva, possibilitando que os alunos desenvolvessem o olhar crítico diante daquilo que se é transmitido. Diante do que foi exposto, este trabalho propõe uma estratégia didática suportada pela TFC, que utiliza o vídeo como recurso didático, que pode contribuir no processo de ensino-aprendizagem de radioatividade. Pois, esta proposição permitiu aos alunos a apropriação/relação do conhecimento científico com o que se é ensinado em outras atividades de sala de aula, tornando-o mais crítico com o que é transmitido pela televisão, não sendo necessária uma possível condenação do meio de comunicação por parte da escola.

Link: Dissertação – Utilização de Recursos Audiovisuais em uma Estrategia Flexquest Sobre a Radioatividade – Flavia Cristina Gomes Catunda de Vasconcelos

[DISSERTAÇÃO] A educação pela comunicação como estratégia de inclusão social: o caso da Escola Interativa

Titulo: A educação pela comunicação como estratégia de inclusão social: o caso da Escola Interativa

Autor: Luciano Simões de Souza

Orientador: Prof. Dr. Jose Luiz Braga

Resumo: Apresento neste trabalho um estudo de caso do “Projeto Escola Interativa”, uma experiência de educação pela comunicação vivenciada por doze escolas da rede pública de ensino da cidade de Salvador (Bahia). A Escola Interativa tem como objetivo principal contribuir para a melhoria da qualidade do ensino da escola pública, através do desenvolvimento de metodologias educativas que incorporam as tecnologias de comunicação.

A pesquisa teve como objetivo descrever criticamente as lógicas comunicacionais presentes na experiência Escola Interativa em relação ao desenvolvimento de competências de leitura crítica das mensagens midiáticas, à vivência de produção midiática e à participação em processos interativos via uso das tecnologias de comunicação, pilares da metodologia educativa do caso pesquisado. O estudo buscou reconhecer a articulação destes elementos entre si e com o processo de inclusão social de jovens de comunidades periféricas.

As análises produzidas sobre a experiência buscaram entender como se  deu o processo de integração da comunicação no espaço educativo e de que forma estas práticas educativas e comunicacionais sinalizam para caminhos potencialmente favoráveis a processos de inclusão social de jovens de comunidades periféricas.

Dissertação completa: Dissertação – A educação pela comunicação como estrategia de inclusão social – Luciano Simoes deSouza

(AUDIOVISUAL) – SÉRIES – Documentários Essenciais: das Questões da Terra, Ambiente e Multimeios.

Titulo: SERIE – Documentários Essenciais das Questões da Terra, Ambiente e Multimeios.

Autores: Diretores, Produtores – Diversos – .

Resumo:

ILHA DAS FLORES (1999) é um curta que mostra o ciclo do tomate desde o cultivo até a chegada à mesa do consumidor e o seu descarte, indo parar no lixão. Faz uma crítica ao processo de geração de riqueza e desigualdades que surgem em seu caminho.

ESTAMIRA (2005) é um documentário sobre uma mulher esquizofrênica de 63 anos que trabalhou por mais 20 anos em um lixão do Rio de Janeiro.

CHICKEN A LA CARTE (2006) é um curta sobre fome e pobreza causadas pela distribuição desigual de renda.

UMA VERDADE INCONVENIENTE (2006) é um documentário que mostra uma análise da questão do aquecimento global, assinalando os mitos e equívocos existentes em torno do tema e também possíveis saídas para que o planeta não passe por uma catástrofe climática nas próximas décadas. O documentário idealizado pelo ex-vice-presidente dos EUA Al Gore fez tanto sucesso que ganhou o Oscar de Melhor Documentário em 2007. Muito embora alguns cientistas discordem sobre as reais causas do aquecimento global, o filme traz uma análise da atual situação do clima na Terra com números importantes e algumas constatações “inconvenientes”. Al Gore propõe um olhar mais preocupado ao que está acontecendo em relação às mudanças climáticas. Uma citação do filme: “Nossa habilidade para viver no planeta Terra para ter um futuro como civilização é um problema moral.” [Dirigido por Davis Guggenheim].

A ÚLTIMA HORA (2007) é um documentário, narrado e produzido por Leonardo DiCaprio, que aborda os desastres naturais causados pela própria humanidade. Mostra como o ecossistema tem sido destruído e o que é possível fazer para reverter esse quadro. Entrevistas com mais de 50 renomados cientistas e líderes, como Stephen Hawking e o ex-presidente soviético Mikhail Gorbachev, ajudam a esclarecer essas importantes questões, assim como indicar alternativas possíveis à sustentabilidade.

A HISTÓRIA DAS COISAS (2007) é um documentário sobre todas as etapas de produção de produtos que afetam nossa vida e comunidades em diversos países – desde a extração, produção, até a venda, consumo e descarte.

MATARAM IRMÃ DOROTHY (2008) é um documentário americano sobre a missionária e ativista ambiental Dorothy Stang, que foi assassinada a mando de madeireiros da Amazônia em 2005. O documentário, lançado em 2007, é mais do que atual. Mostra o desafio de se colocar em prática projetos de desenvolvimento sustentável na região da Amazônia. Como pano de fundo, é explorada a morte da missionária norte-americana Dorothy Mae Stang, que escolheu viver no Pará para ajudar a colocar em prática o Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) na região. Criado em 1999, ele divide terras públicas ou desapropriadas em lotes destinados a comunidades e incentiva a produção auto-sustentável. Um dos objetivos é dar condições de trabalho e moradia às famílias, sem que, para isso, seja necessário o estímulo ao uso inconsequente da terra. Uma citação do filme: “Como podemos chamar a atenção para o que está acontecendo, para que as pessoas tenham a chance de viver e aproveitar as belezas da magnitude da floresta?” [Dirigido por Daniel Junge]

LIXO EXTRAORDINÁRIO (2009) mostra uma análise sobre o trabalho do artista plástico Vik Muniz no Jardim Gramacho, localizado na cidade de Duque de Caxias (RJ), que é um dos maiores aterros sanitários do mundo. O trabalho de Vik Muniz, artista plástico brasileiro que vive nos EUA, chegou a Jardim Gramacho, um dos maiores aterros de lixo do mundo, localizado no Rio de Janeiro. A ideia era conhecer a realidade em que viviam os catadores do lugar e mostrar como o elemento básico com o qual trabalham todos os dias – o lixo – pode se transformar em arte. O interessante do projeto é que a renda acumulada com a venda de obras produzidas no local foi revertida para a própria comunidade de catadores, o que mudou a vida de muita gente. O filme expõe os impactos sociais e ambientais dos desperdícios gerados diariamente em toda a sociedade. Foi indicado ao Oscar de Melhor Documentário em 2010. Uma citação do filme: “É tanto excesso que a coisa se transforma até em arte.” [Dirigido por João Jardim, Lucy Walker e Karen Harley.]

A ENSEADA – THE COVE (2009) é um documentário que mostra a matança dos golfinhos no Japão, onde cerca de 23 mil são mortos anualmente e muitos outros são capturados para serem enviados para parques de diversões. Premiado em vários festivais de cinema pelo mundo e vencedor do Oscar 2010 como Melhor Documentário, o filme denuncia a matança de golfinhos na costa do Japão com imagens e dados que chocam. A maior parte é filmada na cidade de Taiji, onde a equipe enfrenta todos os tipos de perseguições e proibições para fazer imagens e coletar informações sobre o assunto. A estimativa é que 23 mil animais são mortos por ano no país. As autoridades japonesas sugerem que os golfinhos (que comem peixes) são responsáveis pelo declínio da pesca mundial e, portanto, a caça “é controle de pragas”. Uma citação do filme: “O sorriso de um golfinho é a maior enganação da natureza. Cria a ilusão de que estão sempre felizes. Você tem que vê-los na natureza para compreender porque o cativeiro não funciona.”  [Dirigido por Louie Psihoyos e Fisher Stevens].

TERRA – DISNEY NATURE (2009) é um documentário que demorou 5 anos para ser filmado, e conta a história de três famílias: Uma família de ursos polares, uma manada de elefantes e uma baleia jubarte com seu filhote. Durante a narração da história, há uma viagem pelos mais diferentes lugares do planeta: Desde lugares inóspitos como desertos, até as terras mais férteis de florestas tropicais.

A ERA DA ESTUPIDEZ (2009) mostra a que ponto chegou a destruição ambiental no mundo e alerta para a responsabilidade de cada indivíduo em impedir a anunciada catástrofe global. O filme se passa em 2055 e conta uma história que mistura elementos de ficção, animações ilustrativas e realidade. Em um grande arquivo isolado no Ártico está guardado todo o conhecimento produzido pela humanidade. O arquivista que conduz a narrativa do filme, interpretado por Pete Postlethwaite, questiona nossa capacidade de ação. Nos dias de hoje, a trama mostra histórias paralelas – e reais – sobre a indústria de combustíveis fósseis, desperdício, pobreza, crianças que convivem com as guerras no Oriente Médio e derretimento de geleiras. Uma citação do filme: “Muitas ideias tentaram conquistar o mundo, mas só uma prosperou: o consumismo. Três mil propagandas nos bombardeiam diariamente dizendo que seremos mais felizes, mais atraentes.” [Dirigido por Franny Armstrong].

HOME – NOSSO PLANETA, NOSSA CASA (2009) é um documentário filmado inteiramente do ponto de vista de cima, pelo consagrado fotógrafo Yann Arthus-Bertrand. Visa sensibilizar, educar e conscientizar o mundo sobre a fragilidade de nosso lar, ao demonstrar que tudo que é vivo e belo sobre nosso planeta está interligado.

ALIMENTOS S.A. [FOOD,Inc.] “O tomate não é mais um tomate, é um conceito de tomate.” Essa é uma das muitas passagens do filme Food, Inc que tenta desconstruir a imagem que temos (ou que não temos) sobre os alimentos que consumimos. A cadeia de produção, as viagens que os alimentos fazem ao redor do mundo até chegar ao prato dos consumidores, as patentes de sementes, os alimentos transgênicos, o sistema alimentar industrial, as condições de trabalho nas fábricas e os mecanismos da indústria e de preços são alguns dos assuntos abordados no filme. Uma citação do filme: “Queremos pagar o mínimo possível pelos nossos alimentos, mas não entendemos que isso tem um custo. (…) Comer bem ficou mais caro que comer mal. São necessárias políticas para que a cenoura fique mais barata que as batatas fritas.” [Dirigido por Robert Kenner.]

WAll – E  (2008) Ruídos eletrônicos são a principal linguagem dos personagens robôs dessa animação que quase não têm diálogos convencionais. Depois que a Terra ficou inabitável, os seres humanos passaram a viver em uma nave espacial e deixaram robôs fazendo o serviço de limpeza na Terra. Wall-E funciona com energia solar e tem como função principal recolher e compactar lixo. De forma lúdica, traz à tona a problemática da geração de resíduos em todos os cantos do planeta – e será que um dia, com tanto lixo, seres humanos não conseguirão mais viver aqui? O filme ganhou o Oscar 2009 como Melhor Animação. Uma citação do filme: “O número de toxinas encontradas tornou a vida na Terra impossível de se sustentar”. [Dirigido por Andrew Stanton]

A HISTORIA DAS COISAS [The Story of Stuff] A História das Coisas já foi visto por mais de 7 milhões de pessoas, em 200 países. O projeto é resultado de mais de 10 anos de pesquisa sobre sistemas de produção de bens de consumo feita pela ativista ambiental Annie Leonard. Ela viajou por cerca de 40 países para entender a nossa lógica de consumo, que vai desde a extração de matérias-primas até o descarte. Annie se disse motivada a entender “um sistema baseado na destruição dos recursos naturais e na geração de lixo” e, no vídeo, passa as informações de forma bastante didática. A História das Coisas dura pouco mais de 20 minutos e está disponível na internet. Uma citação do filme: “Estamos estragando este lugar tão rapidamente, que estamos deteriorando a própria capacidade do planeta de ter gente morando aqui.”

FLOW (2008) Vencedor de diversos prêmios, Flow foi apresentado na ONU como parte do 60º Aniversário da Declaração dos Direitos Humanos. O filme mostra todos os problemas originados na sociedade a partir da perspectiva do consumo de água, elemento básico para a vida humana. O documentário deixa claro que o problema de abastecimento e a lógica desse mercado não são problemas distantes: estão acontecendo agora em todo o mundo. A pergunta que o filme não cala é: Quem é o dono da água? Quem tem poder sobre ela? Uma citação do filme: “Água é um recurso natural, é um recurso comum. Não é uma propriedade.” [Dirigido por Irena Salina]

HOME (2009) O documentário é inteiro filmado “de cima”. As impagáveis vistas aéreas dialogam com os mais variados assuntos relacionados ao “lar” onde vivemos: a evolução dos seres humanos na escala de tempo geológica, a industrialização, a agricultura (citada no filme como a nossa primeira grande revolução), a descoberta do petróleo, as extrações de minerais, a troca de produtos entre países, os hábitos de consumo criados ao longo do tempo e os impactos que estamos vivendo com tudo isso. É um resumo da civilização humana que reúne informações como a de que, desde 1950, alteramos mais a terra do que em 200 mil anos da nossa história. O documentário foi lançado em 2009. Uma citação do filme: “O nosso ecossistema não tem fronteiras. Onde quer que estejamos, as nossas ações terão repercussões.” [Dirigido por Yann Arthus-Bertrand].

[LIVRO) – PROCESSOS CRIATIVOS EM MULTIMEIOS [recursos eletronicos]: tendências contemporâneas no audiovisual e na fotografia.

Titulo: PROCESSOS CRIATIVOS EM MULTIMEIOS [recursos eletronicos]: tendências contemporâneas no audiovisual e na fotografia.

Autores: Carla C. da Silva Paiva, Juliano J. Araújo, Rodrigo R. Barreto – (Orgs.)

Ano: 2012

Resumo: Esta publicação traz análises da produção imagética em diferentes espaços de realização, interpretação e recepção. Tais projetos criativos – guiados por  diferentes sentimentos, origens socioculturais, vinculações políticas e ideologias – são terreno fértil para a pesquisa desenvolvida segundo as diretrizes interdisciplinares da linha de pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Multimeios da Universidade Estadual de Campinas, cujo horizonte teórico e metodológico busca discutir as relações artísticas, sociológicas, históricas, antropológicas, pedagógicas e políticas na produção ficcional, documental e experimental. Nesta coletânea, mestrandos, doutorandos e pós-doutorandos do programa contribuem para sublinhar a consistência alcançada pelo referido programa, que, em 2013, completa vinte e seis anos de existência. A obra em questão se trata de uma compilação de artigos de variados autores

Link: Compilação de Artigos – Processos_criativos_em_Multimeios

https://econtents.bc.unicamp.br/omp/index.php/ebooks/catalog/book/978-85-8578-32-80

[ARTIGO] APONTAMENTOS SOBRE O CINEMA AMBIENTAL: A INVENÇÃO DE UM GÊNERO E A EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Titulo: Apontamentos sobre o Cinema Ambiental: a invenção de um gênero e a educação ambiental.

Autoras: Lucia de Fátima Estevinho Guido e Cristina Bruzzo

Ano: 2011

Resumo:  Suscitar polêmicas sobre o marco do cinema ambiental no Brasil, assim como uma filmografia dedicada a esta temática é o propósito deste texto. A discussão é levantada a partir de uma pesquisa realizada pelo jornalista Beto Leão que realizou entrevistas com historiadores e diretores de cinema brasileiro com a intenção de buscar um marco inicial do cinema ambiental no Brasil. A filmografia inventariada por Leão é debatida a partir da análise de algumas produções cinematográficas inseridas em categorias cinematográficas bem marcadas como o cinema nacionalista-ufanista, o cinema que acompanha as expedições realizadas no inicio do século XX, a produção do Instituto Nacional de Cinema Educativo e o Cinema Novo. Posições a respeito desse marco são discutidas a luz das questões ambientais tratadas nos dias de hoje.

Rev. eletrônica Mestr. Educ. Ambient. ISSN 1517-1256, v. 27, julho a dezembro de 2011.

U n i v e r s i d a d e F e d e r a l d o R i o G r a n d e – F U R G

Link: Artigo – Apontamentos Sobre o Cinema Ambiental

[REVISTA – DIALOGO EDUCACIONAL] – O cinema como componente didático da educação ambiental –

Titulo: O cinema como componente didático da educação ambiental

Autores: Fernando Zan Vieira e Ademir José Rosso

Ano:

Resumo: O artigo analisa a utilização do cinema na educação ambiental (EA). Discute-se a adequação dos filmes aos alunos e o papel mediador do professor ao propor atividades associadas a exibição de filmes na sala de aula. São apontados princípios para a utilização do cinema de impacto ambiental na promoção da EA, avaliação da recepção dos filmes, o aprendizado, a aquisição de novos valores ambientais e a mudança de atitudes. As informações obtidas e analisadas com os alunos participantes indicam o efeito positivo do cinema na aquisição de conhecimento, mudança de atitudes e valores diante do meio ambiente.

Link: Artigo – O cinema como componente didático

DOI: http://dx.doi.org/10.7213/rde.v11i33.4432

[ARTIGO] As representações sociais no cinema documentário: uma análise dos filmes Chico Mendes – Eu quero viver e Migrantes

Titulo: As representações sociais no cinema documentário: uma análise dos filmes Chico Mendes – Eu quero viver e Migrantes

Autores: Perola Virginia de Clemente Mathias e Lucas Silva Moreira

Ano: 2009.

Resumo: No presente texto analisa-se a representação das questões agrárias na Amazônia e a questão da migração de trabalhadores rurais nordestinos a partir da linguagem cinematográfica. Observa-se especificamente esta questão de terras e a questão ambiental presente no filme documentário “Chico Mendes – eu quero viver” e a problematização da saga nordestina da migração no filme “Migrantes”. O cinema, de um modo geral, como forma de expressão artística, se constitui como uma representação da realidade, do mundo objetivo. É representação porque o que é apresentado pelo cinema, do outro lado da tela, não é a realidade em si, mas uma forma de apreensão desta através de registros imagéticos que, por sua vez, fazem parte do campo de visão de quem decide fazer tal registro. A representação, para chegar até nós como produto a ser conhecido, teve que passar por todo um processo técnico, dos quais participam os aparatos materiais que envolvem a produção cinematográfica. Além disto, há o tratamento subjetivo da realidade por parte de quem produz o filme, e o que nos é apresentado ali é uma forma de ver um determinado acontecimento, fato ou história, que não pode ser esgotado pelo espectador em todas as suas faces. Assim, um misto de discurso e imagem torna o cinema – e o filme em si – uma forma materializada de símbolos.

Artigo Completo: Artigo – As representações sociais no cinema uma análise dos filmes Chico Mendes – Eu quero viver e Migrantes – Perola Virginia de Clemente Mathias

[TESE] A RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA E A DITADURA DA FLORESTA

Titulo: A RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA E A DITADURA DA FLORESTA

Autor (a): Rolf Bateman

Orientador (a): Thomas Michael Lewinsohn

Data de defesa: 29/03/2016

Resumo: Embora o conhecimento para a restauração ecológica tenha se ampliado consideravelmente nos últimos 30 anos, a ciência e as práticas relacionadas ainda são bastante incipientes. No Brasil a restauração se iniciou em ecossistemas florestais na Mata Atlântica, há cerca de 150 anos. A atividade se estendeu a outros biomas conforme cresceram o interesse social, as exigências legais e os estudos científicos relacionados. A fim de identificar diferenças entre projetos de restauração de ecossistemas florestais e não-florestais desenvolvidos na atualidade, examinamos 75 projetos de restauração ecológica. Métodos aplicados por diferentes instituições (empresas, ONGs, entidades governamentais e proprietários de terra) e com diferentes motivações (pesquisa, exigências legais e voluntariado) foram examinados nos biomas Mata Atlântica, Cerrado e Campos Sulinos através de entrevistas, atividades de campo e análise documental. De forma geral, os métodos usados por restauradores de ecossistemas nos três biomas são semelhantes, apesar das diferentes características ecológicas entre seus ambientes. Diferentes motivações também não determinaram a aplicação de métodos de restauração distintos. Quanto às instituições, no entanto, a diversidade e inovação das técnicas aplicadas são maiores quando universidades e centros de pesquisa estão envolvidos. O plantio de mudas arbóreas, embora mais oneroso do que outras técnicas aplicáveis e nem sempre o mais adequado, é o método mais utilizado e recomendado. A preferência pelas árvores em detrimento a outros organismos impõe o estabelecimento das florestas mesmo nos biomas onde os ecossistemas de vegetação aberta prevalecem. Sugerimos que a repetição de procedimentos em circunstâncias distintas é fruto de problemas no fluxo de informações entre instituições, da força das tradições e tem origens históricas e econômicas

Palavras Chave: Ecologia de restauração Biodiversidade – Brasil, Sul Cerrados – Brasil Mata Atlantica – Aspectos ambientais

Link: Bateman_Rolf_D

[TESE] VELHOS CAMINHOS, NOVAS NARRATIVAS: A ROTA PEDESTRE PASSOS DOS JESUÍTAS – ANCHIETA, NATUREZA E SOCIEDADE NO LITORAL DE SÃO PAULO.

Título: VELHOS CAMINHOS, NOVAS NARRATIVAS: A ROTA PEDESTRE PASSOS DOS JESUÍTAS – ANCHIETA, NATUREZA E SOCIEDADE NO LITORAL DE SÃO PAULO.

Autor (a): Patrícia Nunes da Silva Mariuzzo

Orientador (a): Aline Vieira de Carvalho

Data de defesa: 16/11/2016

Resumo: Em diálogo com o campo história cultural e história ambiental, a partir de uma perspectiva interdisciplinar, essa pesquisa teve como objetivo analisar a construção de narrativas oficiais sobre determinadas materialidades urbanas; arquitetadas com finalidade explícita de criar o patrimônio cultural e rotas turísticas específicas (dentro do contexto de mercantilizarão da cultura e do próprio patrimônio cultural). A metodologia se baseou em uma abordagem qualitativa, com opção pelo estudo de caso e pesquisa de campo. Nosso ponto de partida foi a crença de que o patrimônio ¿ seja ele cultural ou natural ¿ é uma construção discursiva que tem efeitos concretos que podem ser vivenciados pelos indivíduos, sejam eles da comunidade local ou turistas.

Palavras Chave: Turismo cultural Ecoturismo Peregrinos e peregrinações Narrativas Interpretação do patrimônio natural e cultural.

Link: Mariuzzo_PatriciaNunesdaSilva1972-_D

[TESE] DE COPENHAGUE A PARIS: A POLÍTICA AGRÍCOLA DE MUDANÇA DO CLIMA NO BRASIL E A FUNÇÃO DA ADAPTAÇÃO COMO AGENTE TRANSFORMACIONAL

Titulo: DE COPENHAGUE A PARIS: A POLÍTICA AGRÍCOLA DE MUDANÇA DO CLIMA NO BRASIL E A FUNÇÃO DA ADAPTAÇÃO COMO AGENTE TRANSFORMACIONAL

Autor (a): Gustavo Barbosa Mozzer

Orientador (a): Simone Aparecida Vieira

Data de defesa: 03/10/2016

Resumo: Este trabalho discute a adequabilidade da política brasileira de mudança do clima, como promotora de ações estruturantes de adaptação. Analisamos, no contexto do processo de implementação da UNFCCC, a relação Norte-Sul, no que se refere ao suporte para o desenvolvimento de políticas públicas. Argumentamos que a política internacional tem contribuído para criar distorções, induzindo países em desenvolvimento a priorizarem agendas focadas em mitigação de emissões de gases de efeito estufa em detrimento de investimentos estruturantes de longo prazo em adaptação. Estudamos o caso brasileiro com a implementação do Plano ABC, e nesse contexto, avaliamos como técnicos em extensão rural e pecuaristas de Minas Gerais têm percebido benefícios decorrentes da implementação da tecnologia de recuperação de pastagens degradadas, incentivada por meio da linha ABC-Recuperação, em especial possíveis efeitos associados à produtividade e capacidade adaptativa dos sistemas produtivos. O estado de Minas Gerais foi selecionado para esse estudo em função do elevado nível de adoção do Plano ABC observado até o ano de 2013. O estudo foi executado em duas etapas, abrangendo nove mesorregiões de MG. Inicialmente, foi avaliado como técnicos em extensão rural percebem a mudança do clima e seus efeitos sobre a atividade de produção pecuária, além do impacto da adoção da linha ABC-Recuperação. Na segunda etapa do estudo, pecuaristas que já haviam adotado a linha ABC-Recuperação foram entrevistados com o objetivo de avaliar sua intenção comportamental de manter ou incrementar a recuperação de pastagens degradadas a médio/longo prazo. De modo complementar, séries históricas de dados meteorológicos colhidos entre 1960 e 2010 nas mesorregiões estudadas foram avaliadas quanto ao padrão de flutuação de temperatura, precipitação e umidade relativa.

Palavras Chave: Mudança do clima, PNMC, adaptação, Programa ABC, Pecuária, Risco.

Link: Mozzer_GustavoBarbosa_D

[TESE] MICRORREALIDADES TRANSFORMADAS PELO TURISMO EM SÃO MIGUEL DO GOSTOSO – RN

Titulo: MICRORREALIDADES TRANSFORMADAS PELO TURISMO EM SÃO MIGUEL DO GOSTOSO – RN

Autor (a): Esdras Matheus Silva Matias

Orientador (a): Aline Vieira de Carvalho

Coorientador: Benjamin OretizEspejel

Data de defesa: 01/02/2017

Resumo: O Turismo é uma área essencialmente interdisciplinar, que busca suporte em outras ciências para consolidação dos seus estudos. Nesta pesquisa, alinhamos a Micro-História e a Teoria de Sistemas Complexos para entender as transformações das microrrealidades do município de São Miguel do Gostoso (Rio Grande do Norte). Microrrealidades são histórias de pessoas comuns que traduzem e elucidam aspectos microscópicos de uma realidade. Objetivou-se analisar como o contexto sociocultural, ambiental e econômico de uma localidade, pode ser transformado pelo fenômeno turístico. Como pilar metodológico optou-se pela pesquisa qualitativa. Realizou-se 52 entrevistas semiestruturadas com quatro grupos de atores (Donos de escolas e/ou guardarias de esporte à vela; constituintes do poder público municipal; integrantes de associações, ONG e/ou comitês; representação religiosa e grupo de moradores com representatividade na história local). As imersões de campo ocorreram entre 2014 e 2016. Além disso, utilizou-se de observação direta participante, análise documental e material audiovisual. Os resultados da pesquisa ressaltam que houve transformações relevantes nas microrrealidades dos entrevistados. Dois fatos foram importantes para entender essas mudanças: a emancipação do município em 1993 e a chegada da primeira escola de kite surf nos anos 2000, que fomentou o turismo náutico. Os impactos mais proeminentes foram: esvaziamento das tradições culturais, aumento da especulação imobiliária e do custo de vida, poluição sonora, problemas de coleta de lixo e gestão dos recursos hídricos. Por outro lado, contribuições positivas foram enumeradas quanto à pluralidade de culturas, sensibilização e educação ambiental, visibilidade da cidade, conscientização política e engajamento socioambiental. Concluiu-se que as questões de ordem macro, como as políticas públicas de turismo no Nordeste, foram determinantes na reconfiguração das microrrealidades dos moradores locais. As microrrealidades socioculturais, econômicas e ambientais foram transformadas pelo fluxo turístico, definindo o turismo como a principal atividade econômica da região, relocando as forças de trabalho e projetando o município para o mundo.

Link: Matias_E.M.S_D

http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/321763

[TESE – DIGITAL] UM LUGAR NA CAATINGA: CONSUMO, MOBILIDADE E PAISAGEM NO SEMIÁRIDO DO NORDESTE BRASILEIRO.

Titulo: UM LUGAR NA CAATINGA: CONSUMO, MOBILIDADE E PAISAGEM NO SEMIÁRIDO DO NORDESTE BRASILEIRO.

Autor (a): Rafael Abreu de Souza

Orientador (a): Aline Vieira de Carvalho

Coorientador: Célia Regina Tomiko Futemma

Data de defesa: 29/03/2017

Resumo: A região Nordeste do Brasil tem sido vista, ao menos desde finais do século XIX, ora como zona pobre, com base em visões deterministas sustentadas por abordagens simplistas nas quais a desertificação, a seca, a fome e a pobreza são encontradas invariavelmente juntas, ora como região diaspórica, argumentação pautada no fato de incidir, em parte, sob ambiente com características áridas marcado por episódios de seca. Estas tratativas deram forma a um rígido e poderoso corpo discursivo no qual o chamado “sertão” é apresentado como homogêneo, materialmente estático, isolado e degradado. Esta tese busca construir uma narrativa crítica à idéia de estaticidade, pobreza e isolamento dos camponeses do sertão, a partir da análise da materialidade das casas de barro localizadas nos estados de Pernambuco, Piauí e Ceará. Foco é dado às características materiais cotidianas das populações sertanejas ao longo do século XX, ressaltando aspectos relacionados ao consumo, a mobilidade e a paisagem recorrendo a ferramentas da arqueologia do passado contemporâneo, da antropologia rural e da ecologia histórica para mostrar como mudar e continuar o mesmo pode inverter lógicas capitalistas e ter papel fundamental no mundo globalizado.

Palavras Chave:  casa, camponeses, sertão, consumo, mobilidade.

Link: Souza_RafaelDeAbreuE_D

http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/324280

[TESE] A PAISAGEM DO LITORAL NORTE PAULISTA : UM ENFOQUE INTERDISCIPLINAR NAS RELAÇÕES ENTRE POPULAÇÃO HUMANA E COBERTURA VEGETAL NATIVA

Titulo: A PAISAGEM DO LITORAL NORTE PAULISTA : UM ENFOQUE INTERDISCIPLINAR NAS RELAÇÕES ENTRE POPULAÇÃO HUMANA E COBERTURA VEGETAL NATIVA

Autor (a): Raquel Carnivalle Silva Melillo

Orientador (a): Mateus Batistella

Data de defesa: 31/03/2017

Resumo: O objetivo desta tese foi analisar como se relacionam dinâmicas populacionais humanas e cobertura vegetal nativa no Litoral Norte Paulista. Para compreender os processos que ocorrem na região e como se comportaram as principais variáveis que impactam o objeto de estudo foram definidas quatro etapas de análise que enfocaram: i) o perfil histórico de processos de ocupação populacional e conservação da cobertura vegetal nativa; ii) as dinâmicas populacionais e econômicas entre 1990 e 2010; iii) as dinâmicas associadas às paisagens ocorridas entre 1990 e 2010; e iv) a correlação espacial entre dados demográficos e classes de uso e cobertura da terra. Os resultados mostraram que a região passou por diferentes processos de ocupação tendo como dois vetores principais de mudanças das paisagens: os eventos de desenvolvimento socioeconômico e as iniciativas de conservação. As análises das trajetórias das classes de uso e cobertura da terra indicaram que as principais dinâmicas ocorrem entre áreas urbanas, solo exposto e vegetação secundária. A área urbana foi a classe que mais expandiu, no entanto, os dados indicaram que este processo ocorreu a partir de áreas urbanas já existentes e não de maneira esparsa. Em relação à cobertura vegetal nativa, as análises indicaram fragmentação das classes de floresta ombrófila densa, vegetação secundária e restinga. Ao correlacionar os dados demográficos e as classes de uso e cobertura foram possíveis concluir que a acomodação do crescimento populacional nas áreas urbanas ocorreu tanto por adensamento quanto por espalhamento

Palavras Chave: Dinâmica de vegetação Mapas de uso da terra População

Link: Melillo_RaquelCarnivalleSilva_D

[TESE] ENTRE A MONOCULTURA E A DIVERSIDADE: ALTERNATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO RURAL DA REGIÃO DE TOMÉ-AÇU, PARÁ

Titulo: ENTRE A MONOCULTURA E A DIVERSIDADE: ALTERNATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO RURAL DA REGIÃO DE TOMÉ-AÇU, PARÁ

Autor (a): Ana Claudia Rocha Braga

Orientador (a): Célia Regina Tomiko Futemma

Coorientador: Aline Vieira de Carvalho

Data de defesa: 31/03/2017

Resumo: Ao meio rural cabe, hoje, resolver um dos maiores desafios da humanidade: produzir alimento, biocombustíveis e fibras conservando a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos. Para alcançar tal desafio é necessário um novo entendimento sobre os agrossistemas, que integre aspectos econômicos, sociais e ambientais em múltiplas escalas espaciais e temporais. O arcabouço conceitual da resiliência tem sido empregado com sucesso nestas situações. Em agrossistemas a resiliência está fortemente relacionada às opções de manejo em uma unidade produtiva (UP), que por sua vez são fortemente influenciadas pela percepção do agricultor frente às oportunidades e desafios decorrentes das pressões econômicas, sociais, políticas e ambientais de diferentes escalas. O objetivo central desse estudo foi entender quais características das UPs lhes conferem maior resiliência, com foco na influência dos capitais social, humano e natural. Avaliou-se em particular os efeitos das diferentes ações de assistência técnica e extensão rural (ATER) coexistentes na região (organizações públicas, privadas e da sociedade civil), bem como as modificações nos sistemas produtivos de UPs parceiras do setor privado para a produção de dendê; além das características internas das UPs que delineiam sua dinâmica, bem como suas relações com as demais escalas. Para tal foi selecionada como área de estudo a região de Tomé-Açu – PA, por ser foco do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB) e possuir particular histórico regional. Assim, foram conduzidas entrevistas semiestruturadas com agricultores, técnicos e funcionários de empresas plantadoras de dendezeiro, poder público local, pesquisadores e agentes de ATER.

Palavras Chave: resiliência de agrossistemas, biodiesel, dendê, sistemas agroflorestais, ATER

Link: _Braga_AnaClaudiaRocha_D

http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/322735

[TESE – DIGITAL] – USO E GESTÃO FLORESTAL NA RESERVA DE BIOSFERA CIÉNAGA DE ZAPATA, CUBA: INFLUÊNCIA DAS INTERAÇÕES HOMEMFLORESTA NAS CARACTERÍSTICAS SOCIOAMBIENTAIS ATUAIS.

Titulo: USO E GESTÃO FLORESTAL NA RESERVA DE BIOSFERA CIÉNAGA DE ZAPATA, CUBA: INFLUÊNCIA DAS INTERAÇÕES HOMEMFLORESTA NAS CARACTERÍSTICAS SOCIOAMBIENTAIS ATUAIS.

Autor (a): Arelys Sotillo Enriquez

Orientador (a): EMILIO FEDERICO MORAN

Coorientador: CARLOS ALFREDO JOLY

Data de defesa: 12/07/2017

A pesquisa tem como objeto de estudo a análise das relações que se estabelecem entre o sistema social e ecológico dentro de uma Reserva de Biosfera (RB) em Cuba, a partir do uso dos recursos florestais. A RB Ciénaga de Zapata é um cenário complexo que apresenta valiosos recursos naturais, cuja propriedade da terra é fundamentalmente estatal e apresenta uma gestão centralizada dirigida pelo Estado, que tenta priorizar o bem-estar humano. Pretende-se compreender a partir de uma abordagem interdisciplinar os mecanismos de retroalimentação entre os domínios social e ecológico, para fundamentar o entendimento dos fatores que impedem ou facilitam o uso sustentável dos recursos florestais dentro da reserva de Biosfera.

Link: Enriquez_ArelysSotillo_D

http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/325576

[TESE – DIGITAL] – COM O TIME EM CAMPO:: MEGAEVENTOS ESPORTIVOS, COPA VERDE E OS CONFLITOS DE UMA AGENDA AMBIENTAL GLOBAL

Titulo: COM O TIME EM CAMPO:: MEGAEVENTOS ESPORTIVOS, COPA VERDE E OS CONFLITOS DE UMA AGENDA AMBIENTAL GLOBAL

Autor (a): Michelle da Costa Portela

Orientador (a): Lúcia da Costa Ferreira

Data de defesa: 30/05/2017

Resumo: Este estudo versa sobre os conflitos sociais na arena ambiental da Copa do Mundo do Brasil, em 2014, no contexto da inclusão do Brasil e do BRIC’s no roteiro de megaeventos de abrangência global, e os sentidos sobre sustentabilidade desencadeados nesse processo. Se por um lado, o projeto desenvolvimentista soube incorporar esse elemento na centralidade da realização do evento, como força legitimadora do país hospedeiro às expectativas de países middle-class, a compreensão sobre os movimentos sociais que se organizaram em torno dos megaeventos corrobora estudos recentes sobre coalizões de grupos que, embora ainda de fundo de resistência neoliberal e mantendo uma grande variedade de objetivos, valores e modelos de organização, têm sido capazes de obter a convergência ideológica e compartilha formas de ação, enfatizadas pelas oportunidades oferecidas pelos eventos internacionais, tais como megaeventos.

Palavras Chave: Copa do Mundo (Futebol) (2014: Brasil), Conflito social, Comunicação, Sustentabilidade.

Link: Portela_MichelleDaCosta_D

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