(FILMEDOC) Nós que Aqui Estamos Por Vós Esperamos – um filme de Marcelo Massagão

Nós que Aqui Estamos Por Vós Esperamos -2006

Sinopse: O documentário retrata uma verdadeira volta ao mundo no seu contexto histórico, econômico e cultural. Banaliza a vida e a morte para nos fazer refletir sobre ela, com fragmentos de imagens trágicas do século 20. Um filme-memória sobre o século XX, a partir de uma poética e criativa linguagem de montagem de recortes biográficos reais e ficcionais (como fotografias, filmes clássicos e outros tipos de registros audiovisuais) de pequenos e grandes personagens que viveram neste século, de forma a resumir e definir o espírito dessa época.

O filme usa imagens de arquivo de filmes clássicos (Tchelovek s kinoapparatom, Un Chien Andalou, The General, Le Voyage dans la Lune, Berlin: Die Sinfonie der Großstadt), fotos, pinturas, textos, nos quais o autor viajou a Nova Iorque para conseguir imagens que ligassem fatos acontecidos, e histórias de pessoas normais com toda a revolução e acontecimentos históricos do tempo em que elas emergiram. O filme é considerado um documentário ficcional, segundo o diretor um “filme-memória”, com imagens reais e textos criados por Masagão.

O título do filme vem do letreiro disposto em um cemitério localizado na cidade de Paraibuna, no interior do Estado de São Paulo, onde se lê a mesma frase “Nós que aqui estamos, por vós esperamos” acontecimentos da vida de pessoas no século XX, com mortes banalizadas mas que de alguma forma contribuíram para a construção da história.

Diretor: Marcelo Masagão

Música composta por: Wim Mertens, André Abujamra

Roteiro: Marcelo Masagão

Produção: Marcelo Masagão

Elenco: Antônio Abujamra, Franz Reichelt

Distribuição: Riofilme

Ano: 2006

Link:

(FILMEDOC) – Lixo Extraordinário – filme documentário de Lucy Walker

Lixo Extraordinário – 2011

Sinopse/Reflexão: Esse documentário é importante para refletirmos sobre vários aspectos de nossas vidas. Primeiramente, acho que devemos olhar para nossos privilégios e agradecer aos nossos pais por nos proporcionarem um mínimo de conforto e oportunidade de estudar. Normalmente quando se tem acesso a tudo isso, mas para algumas pessoas é um sonho ter um local onde morar. Vemos também que precisamos repensar a nossa forma de consumir, pois geramos muito lixo, que polui o meio ambiente e acaba trazendo consequências para a natureza e para nós mesmos.

E vemos também o quanto o profissional catador é desvalorizado, pois notamos que eles trabalham duro, ajudam a diminuir o lixo no planeta e ainda assim mal conseguem sobreviver com o que ganham. Já usei esse documentário para trabalhar com meus alunos a temática da reciclagem e recomendo a qualquer professor de Biologia, História ou Sociologia que queira trabalhar uma aula diferenciada com seus alunos, vale muito a pena esse novo olhar sobre a vida que é mostrado nele. Registro do trabalho do artista plástico Vik Muniz no Jardim Gramacho, maior aterro sanitário da América Latina, localizado na cidade de Duque de Caxias, Rio de Janeiro.

Ficha Tecnica

Diretora: Lucy Walker

Elenco: Vik Muniz, Isis Rodrigues Garros, Fabio Ghivelder,

Produção: Angus Aynsley, Hank Levine

Ano: 2011

Link do vídeo: https://youtu.be/tgbqz6wy8Eo

 

[ARTIGO] Geopolítica dos Recursos Naturais Estratégicos na América do Sul

Titulo: GEOPOLÍTICA DOS RECURSOS NATURAIS ESTRATÉGICOS NA AMÉRICA DO SUL

Autor: Bernardo Salgado Rodrigues

Ano: 2015

Resumo: Para que uma inserção internacional soberana de uma nação seja viável, deve-se necessariamente dispor de autonomia elevada para decidir acerca de suas políticas internas e também que envolvam o seu relacionamento com outros países. Para tanto, deve-se buscar independência econômica, política e cultural; ser capaz de fazer e refazer trajetórias, visando reverter processos antigos de inserção subordinada e desenhar sua própria história. A análise histórica da inserção sul-americana no sistema capitalista mundial aponta quais são as alternativas para que haja uma autonomia e soberania plenas dos países da região em sua formulação de políticas públicas, tendo como objeto de análise a geopolítica dos recursos naturais estratégicos. A partir dos ciclos do sistema capitalista, há uma necessidade de se pensar os ciclos da inovação científico-tecnológica com relação ao uso, à transformação, à apropriação, ao consumo e demanda dos recursos naturais, no qual a sua soberania é imprescindível para o rompimento com a dependência tecnológica sul-americana, para sua inserção nos próximos ciclos econômicos e de inovação, promovendo um modelo de desenvolvimento social e econômico com justiça social.

Palavras-chave: Geopolítica. América do Sul. Recursos naturais e estratégicos. Soberania. Desenvolvimento.

Link : Artigo – Geopolítica dos recursos naturais estratégicos na América do Sul Bernardo Salgado Rodrigues

Perspectivas, São Paulo, v. 45, p. 63-87, jan./jun. 2015

[MONOGRAFIA] Tecnologias de Multimeios Aplicadas à Educação para Crianças de Quatro a Oito anos

Titulo: TECNOLOGIAS DE MULTIMEIOS APLICADAS À EDUCA(ÇAO PARA CRIANÇAS DE QUATRO A OITO ANOS

Autor: Marcus Garcia de Almeida – UTP

Ano: 2003

RESUMO : Este trabalho apresenta o resultado de uma pesquisa envolvendo a aplicação das novas tecnologias da informação e comunicação (NTIC) à educação, com ênfase nos recursos baseados em computadores com software multimídia. São apresentadas as teorias de ensino-aprendizagem e da psicologia da aprendizagem sob o ponto de vista educacional; uma taxonomia dos softwares educacionais para facilitar o entendimento e relacionamento das diferente teorias; uma proposta de atualização da taxonomia de software educacional; uma proposta de estudo para aplicação em escolas do Ensino Fundamental com alunos da 2ª série com seu respectivo ensaio e, o processo adotado para o desenvolvimento e a estruturação do software utilizado para estudo proposto. Fica explicitado nesse trabalho que cada realidade educativa deve ser considerada em separado pela própria escola e seus atores, porque o processo de utilização de recursos baseados em computadores nas escolas é irreversível. Não devem ser as dificuldades pelas quais possam passar os educadores e as próprias instituições, o motivo pelo qual não se possa desenvolver uma forma própria de aplicar novas tecnologias de maneira proveitosa no processo ensino-aprendizagem.

Link: : TECNOLOGIAS-DE-MULTIMEIOS-APLICADAS-A-EDUCACAO_Marcus Garcia de Almeida_Curitiba UTP. 2003.

(EXTENSÃO) Programa Disciplina/Curso de Extensão: AP-545/EG-0770 – Questões Agrárias, Ambiente e Multimeios. 2º Semestre / 2023.

CONVITE

PROGRAMA DA DISCIPLINA – 2° SEMESTRE 2023

AP-545/EG-0770 – Disciplina/ Curso de Extensão -Questões Agrárias, Ambiente e Multimeios. 

2º Semestre / 2023.

Professor Responsável: Profa. Dra. Vanilde Ferreira de Souza Esquerdo – FEAGRI

Pesquisadores/Colaboradores: Dr. Diego Riquelme, Doutoranda Janaína Welle, Doutorando Guilherme Rezende Landim, Doutorando Leonardo Gonçalves e Alessandro Poeta Soave Produtor de Conteúdos – PAEPE e Karina Nascimento (Bolsistas/SAE)

Colaboradores e Apoio: Dra. Kellen Junqueira , Dra Márcia Tait, e Dra. Andrea Molfetta

Ementa: Discussão e análise crítica de documentos audiovisuais relacionados as mudanças climáticas produzidas no uso de recursos naturais pela política de conservação da biodiversidade no Brasil e no Mundos e as transformações da agricultura familiar em processos de restruturação agrícola. Processos de capacitação de som e imagem. Análise das características da linguagem de documentários em vídeo. Desenvolvimento da postura crítica, reflexiva e domínio e expressão audiovisual. O curso pauta-se por três pilares do audiovisual: Temática (ambiental, social e política), Linguagem/estética e técnica.

Resumo/Objetivos; proporcionar métodos e recursos técnicos e científicos de narrativas na análise da linguagem dos audiovisuais no campo da pesquisa científica.

Inscrições: DAC ou Extecamp. Os interessados caso sejam estudantes regulares da UNICAMP deverão se inscrever pela DAC, os que tem graduação e não são da UNICAMP podem se inscrever como alunos especiais.

Interessados devem enviar um Curriculum resumidos junto a uma manifestação de Interesse e enviar aos cuidados de Diego I.C. Riquelme – caroca@unicamp.br ou Gastão Bosco – gastao@unicamp.br 

Período de inscrições: 01/07/2023 até 31/07/2023.

E-mail: extensao@feagri.unicamp.br

https://www.feagri.unicamp.br/labext

Período de oferecimento: 03/08/2023 até 30/11/2023.

Carga horária total do curso: 56 horas-aula.

Horas Presenciais: 44 horas teóricas e 12 horas práticas.

Horário das aulas: 5A.-FEIRA DAS 9:00 ÀS 12:00

Local: Auditório Daniel Hogan – NEPAM/UNICAMP

Site Link: https://labterramae.nepam.unicamp.br/

Canal YouTube link: https://studio.youtube.com/channel/UClRVSOGB0AfidXJ80jVLIgg

 

AULAS CONTEÚDOS RESPONSÁVEL
Aula 1 03/08/23

APRESENTAÇÃO Palestra: Sugestão de nome da palestra: Projeto de Pesquisa (Exemplo) /

Pausa de 10 minutos. Atividade – dinâmica –

Cristiana S. Seixas Coordenadora do NEPAM
Aula 2 10/08/23

Palestra I – Questão Agrária. Sociologia e Extensão Rural.

Pausa de 10 minutos

Debate



Profa. Vanilde Ferreira de Souza Esquerdo. FEAGRI
Aula 3 17/08/23

Diálogos audiovisuais – Atividade Dinâmica conduzida pelo Aluno da Pôs Graduação de Multimeios.

Pausa de 10 minutos

Criar/Pensar uma imagem (individual), produzida pelos participantes, que represente ao tema a ser proposto para a parte prática do curso/disciplina – Informar recursos materiais e humanos da disciplina

Guilherme Rezende Landim e Diego Riquelme (apoio)
Aula4 24/08/23

PALESTRA/AULA; O Documentário no Ecossistema Audiovisual

Pausa 10 minuto

Debate: 

Prof. Gilberto Sobrinho – IA
Aula 5 31/08/23

Aula: Processo de Produção e Criação– Como produzir e realizar um Plano de produção audiovisual

Pausa 10 minutos

Exibição de Documentário: produzido pelo Expositor.

Guilherme Rezende Landim Pós-Graduação do IA
Aula 6 14/09/23

Introdução ao roteiro; a arte de narrar histórias

Pausa 10 minutos

Exercícios/Pratica



Leonardo Gonçalves Pós-Graduação do Multimeios
Aula 7 14/09/23

Convidado Especial:– Palestra Cinema comunitário”

Pausa 10 minutos

Debate sobre o te

Andréa Molfetta e Guilherme Rezende Landim
Aula 8 21/09/23

Aula; Edição I – Conhecimentos básicos de software e aplicativos de Edição (Adobe Premier, Final Cut – X – Da Vinci e Blender.

Pausa 10 m.

Exercícios: Filmagem, Enquadramentos, Som e Iluminação. 

Alessandro Poeta Diego Riquelme
Aula 9 28/09/23

Edição II: Roteiro técnico de edição Transcrição, decupagem e organização de material

Pausa 10 m.

Postagem na Sementeia.org do Vídeo e do relato de processo.

Leonardo Gonçalves

Diego Riquelme

Aula 10 05/10/23

Aula Pratica/Exercícios; dinâmica de grupo trabalhos coletivo Preparação para Campo de Pesquisa.

Pausa 10 m

Definir Grupos de Trabalhos da turma

Guilherme Rezende e

Diego Riquelme (apoio)

Aula 11 19/10/23 Campo (turma realiza filmagem) Pratica Todos
Aula 12 26/10/23 Aula/ Encontro: Pendências e questões sobre a edição/montagem. Apresentação do relato de processo dos grupos Relatórios dos grupos Orientadores de Grupos
Aula 13 09/11/23 Edição/Pratica Grupo/Turma
Aula 14 16/11/23 Edição/Pratica Grupo/Turma
Aula 15 23/10/23 Apresentação final dos vídeos por meio da plataforma Sementeia.org e debate com os grupos. Todos

 

REFERÊNCIAS E BIBLIOGRAFIAS

1.- MULTIMEIOS

ANG, Tom. Vídeo Digital – uma introdução. (Tradução: Assef Nagib Kfouri e Silvana Vieira) .

Editora Senac/São Paulo, 2007.

BUTLER, J. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro, RJ:

Civilização Brasileira, 2003.

CARVALHO, N. S. Cinema e representação racial: o cinema negro de Zózimo Bulbul. São

Paulo: USP, 2005.

EISENSTEIN, Sergei. A Forma do Filme. Apresentação, notas e revisão técnica: José Carlos Avellar. Tradução: Teresa Ottoni. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2002.

LEONE, Eduardo; MOURÃO, Maria Dora. Cinema e montagem. São Paulo: Ática, 1993.

LINS, Consuelo e MESQUITA, Claudia. Filmar o Real – Sobre o documentário brasileiro

Contemporâneo. Rio de janeiro: Zahar, 2011

LINS, Consuelo. O documentário de Eduardo Coutinho. Rio de janeiro: Zahar, 2011

MELLO, C. Extremidades do vídeo. São Paulo: Senac, 2008.

NICHOLS, Bill. Introdução ao documentário. Campinas: Papirus, 2016.

PUPO, M. V.; TAIT, M. M. L; LACERRA, B. S.; JUNQUEIRA, K; WELLE, J. Plataforma Sementeia: um espaço de diálogo e articulações de resistências no campo e na cidade. Cadernos de Ciência e Tecnologia – Embrapa (aceito maio de 2017).

RAMOS, Fernão Pessoa. Mas afinal… O que é mesmo documentário?São Paulo: Editora. SENAC, 2008.

___________________. Teoria Contemporânea do Cinema – Documentário e Narratividade

Ficcional (vol II). São Paulo, SENAC, 2005.

SANTORO, L. F. A imagem nas mãos: o vídeo popular no Brasil. São Paulo: Summus, 1989.

SILVA, L. H. ; JUNQUEIRA, K. ; TAIT, M. M. L. Sementeia: multimídia, educação e resistências

em uma plataforma virtual. Revista ClimaCom, v. 1, 2015

SODRÉ, M. Claros e escuros: identidade, povo e mídia no Brasil. Petrópolis: Vozes, 2000.

2.- QUESTÕES AGRÁRIAS

BERGAMASCO, Sônia Maria Pessoa Pereira; NORDER, Luiz Antônio Cabello. A Alternativa dos assentamentos rurais: organização social, trabalho e política. São Paulo: Terceira Margem, 2003. Ler: Cap.1 (págs 19-35) e Cap.2 (págs.41-60).

GRAZIANO DA SILVA, (org.). Estrutura Agrária e Produção de Subsistência na Agricultura Brasileira. Ed. Hucitec, 1978. 240p.

GRAZIANO DA SILVA, J. O que é questão agrária. Ed. Brasiliense, 1981. (Coleção Primeiros Passos, 18).

LEITE, Ségio; HEREDIA, Beatriz, MEDEIROS, Leonilde; PALMEIRA, Moacir; CINTRÃO, Rosângela. Impactos dos assentamentos: um estudo sobre o meio rural brasileiro. Brasília: Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural; São Paulo: Editora UNESP, 2004. 392p. Ler: págs. 37-59.

VEIGA, J.E. O que é reforma agrária. São Paulo, Brasiliense, 1981. 87p. (coleção Primeiros Passos, 33).

3.- AMBIENTE – PATRIMÔNIOS PRESERVAÇÃO

ARAÚJO, M. A. R. (org). Unidades de Conservação no Brasil: da República à Gestão de Classe Mundial. Belo Horizonte: Segrac, 2007.

BRITO, M. C. W. Unidades de conservação – intenções e resultados. 2ª ed. São Paulo:

Annablume: Fapesp, 2003.

CAREY, M. “Latin American Environmental History: Current Trends, Interdisciplinary Insights, and Future Directions” En Environmental History 14, pp. 221-252, 2009.

DUARTE, R. H. História e natureza. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.

VARINE, H. As raízes do futuro – o patrimônio a serviço do desenvolvimento local. Editora Medianiz. Porto Alegre: 2012.

DIEGUES, A. C. O mito moderno da natureza intocada. São Paulo: Hucitec, 2001.

SEIXAS, J.A. Percursos de memória em terras de história: problemáticas atuais. In: BRESCIANI, S.; NAXARA, M.(org.).Memória e (res)sentimento. Campinas: UNICAMP, 2001.

4.- Laboratório Multiusuário de Comunicação – TERRAMÃE

BERNARDET, J. C., Cineastas e imagens do povo, São Paulo, Ed. Brasiliense1985.

CAMPOS, Flavio. Roteiro de Cinema e Televisão.

GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. Editora Atlas, S.A. 2002

LEBEL, Jean – Patrick. Cinema e Ideologia. In:. Formas cinematográficas e ideológicas em si mesmo: sobre a desconstrução do cinema págs. 43-48. Editora Mandacaru. 1972.

ONG, W., Oralidade e cultura escrita – a Tecnologização da palavra, Ed. Papirus, Campinas/SP, 1998.

5.- Referências de Site – Digital

Site voltado a criação de roteiros e técnicas de escrita

http://www.massarani.com.br/Roteiro.html

Site com diversas indicações de publicações sobre roteiros para cinema Ambiente e Multimeios.

https://www.Sementeia.org

Blog – Temas de Consultas e Pesquisas – Movimentos Sociais, Cultura, Saúde, Agrícolas, Ecologia.

[TESE DIGITAL] Tomada de decisão e motivação para conservação de ecossistemas : estudo de caso do “Conservador das Águas”

Tipo: TESE DIGITAL

Nível: Doutorado

Título: Tomada de decisão e motivação para conservação de ecossistemas : estudo de caso do “Conservador das Águas”

Autor(es): Rodrigues, Marjorie Delgado Alves, 1984-

Orientador: Vieira, Simone Aparecida, 1967-

Resumo: O projeto Conservador das Águas localizado em Extrema, Minas Gerais, é o primeiro projeto de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) no país a ser implementado por um governo local e tem sido usado como um modelo para outras experiências. O projeto paga os agricultores para cumprir a legislação ambiental federal, por meio do reflorestamento de áreas de proteção permanente das nascentes e rios, e para ir além desta legislação. Este estudo de caso analisou se projetos de PSA podem promover uma mudança de comportamento dos stakeholders, internalizando a necessidade provisão dos serviços ambientais na tomada de decisão da gestão da paisagem e uso dos recursos naturais. Esta pesquisa caracterizou o projeto de PSA e seus stakeholders, bem como as suas responsabilidades, e compreensão do projeto Conservador das Águas; identificou as motivações e os fatores que direcionam os tomadores de decisão para estimular, financiar e participar do projeto; investigou como a presença do Conservador das Água influenciou a dinâmica local do uso da terra; analisou se o PSA pode ajudar os produtores rurais a cumprirem a legislação ambiental e como esta ferramenta pode ser usada na governança ambiental. Os dados da pesquisa foram coletados entre julho e agosto de 2014 e em julho de 2015 através de entrevistas com os stakeholders do projeto. O nível de educação e o acesso à informação, bem como a experiência pessoal e os laços sociais foram importantes para o entendimento do projeto e para o processo de tomada de decisões relacionadas ao uso da terra e ao meio ambiente. Os resultados da pesquisa indicam que o projeto melhorou os meios de subsistência, criou oportunidades para aqueles que querem ficar na área rural, e aumentou a consciência sobre a legislação ambiental e as questões ambientais. O Conservador das Águas mudou o comportamento de alguns dos agricultores mostrando que é possível ter uma produção agrícola e conservar as matas ciliares reflorestadas. Além disso, o projeto também influenciou o cumprimento da legislação ambiental.

TESE COMPLETA: Tomada de decisão e motivação para conservação de ecossistemas : estudo de caso do “Conservador das Águas”

(SUMÁRIO) Plano nacional Sobre Mudança do Clima – PNMC – BRASIL

Titulo: Plano nacional Sobre Mudança do Clima – PNMC – BRASIL

Autores: COMITÊ INTERMINISTERIAL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA (Decreto nº 6.263, de 21 de novembro de 2007)

Apesentação: A mudança global do clima é tema que ganha a cada dia maior relevância na agenda de governos, das empresas e da sociedade como um todo. Embora ainda seja marcado
por muita polêmica, o aquecimento do planeta fruto da atividade humana é, hoje, reconhecido pela comunidade científica internacional e demanda grande disposição política para sua mitigação. O Brasil muito tem feito para o enfrentamento do problema, tornando-se uma das principais referências mundiais quanto à conquista de soluções adequadas perante esse gigantesco desafio – a exemplo de nossa matriz energética – e estamos engajados a fazer ainda mais, no âmbito de um esforço verdadeiramente global de combate à mudança do clima. Nesse sentido, atuamos tanto no plano interno, quanto nas negociações internacionais relativas ao tema, nas quais buscamos viabilizar um amplo esforço internacional justo e eqüitativo, para evitar que as populações, especialmente as mais pobres e que nada fizeram para gerar o problema, sofram ainda mais com as conseqüências de padrões insustentáveis de produção e consumo dos países mais ricos.
O Plano Nacional sobre Mudança do Clima que ora apresentamos ao país, constituise em um marco relevante para a integração e harmonização de políticas públicas, seguindo as diretrizes gerais da Política Nacional encaminhada este ano ao Congresso Nacional. É fruto do trabalho do Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima e de seu Grupo-Executivo, instituídos há cerca de um ano para cumprir esse propósito, com a colaboração de outros colegiados e instâncias como o Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, a Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima, a III Conferência Nacional do Meio Ambiente, bem como Fóruns Estaduais de Mudanças Climáticas e organizações da sociedade. Os objetivos estabelecidos no Plano são audaciosos, se comparados com os de outros países. O potencial de contribuição para a redução das emissões de gases de efeito estufa dele decorrente é um dos maiores – se não o maior – dentre todas as nações. Ao mesmo tempo em que reconhecemos neste plano um marco relevante para qualificar a elaboração e implementação das políticas públicas no país, assumimos o compromisso
de avaliá-lo e aperfeiçoá-lo regularmente de forma cada vez mais participativa, conceito e prática que fomentamos por considerá-los os mais adequados para integrar, harmonizar,
qualificar e fortalecer os esforços e compromissos dos governos e da sociedade voltados à construção solidária de um futuro melhor para os brasileiros e para a humanidade
como um todo.

https://www.mma.gov.br/estruturas/smcq_climaticas/_arquivos/plano_nacional_mudanca_clima.pdf

file:///C:/Users/User-PC/Documents/BLOG-LTM/Sumrio_executivo_PlanoNacionalsobre%20MudançadoClima_pnmc.pdf

[TESE] O DIREITO À MORADIA NO MEIO RURAL: SIGNIFICADOS, ENTRAVES E POTENCIALIDADES PARA SUA CONQUISTA

O DIREITO À MORADIA NO MEIO RURAL: SIGNIFICADOS, ENTRAVES E POTENCIALIDADES PARA SUA CONQUISTA

Aluna: Taís Marotta Brosler

Orientadora: Profa. Dra. Sonia Maria Pessoa Pereira Bergamasco

RESUMO

A questão da habitação no meio rural passa por modificações através de políticas públicas específicas, buscando sanar problemas constantemente encontrados como a falta de moradia ou a sua precariedade. Uma habitação de qualidade faz parte da luta diária dos agricultores familiares, principalmente quando se trata da garantia a uma moradia digna. Ao considerar que a conquista da moradia está estreitamente vinculada ao acesso à terra, a inobservância do seu direito estará fortemente presente no meio rural brasileiro, como consequência histórica da exclusão e marginalização desses agricultores no processo de formação do País. Porém, os financiamentos e recursos direcionados à moradia no meio rural são escassos e as políticas públicas habitacionais se consolidam tendo como base diretrizes vinculadas aos problemas e necessidades observados no meio urbano. Assim, a pesquisa teve por objetivo diagnosticar entraves e potencialidades para a conquista do direito à moradia digna no meio rural, analisando o significado e a função da moradia dentro da unidade familiar. O trabalho de campo foi realizado em um assentamento de reforma agrária, localizado em Tremembé-SP,  no qual houve a atuação do Estado na construção das casas, e em um bairro rural, localizado em Pindamonhangaba-SP, onde há ausência do Estado na garantia da moradia, totalizando 336 famílias participantes. O estudo foi feito através de questionários estruturados formulados a partir das diretrizes apontadas pela ONU para um direito à moradia adequada, tendo como proposta a elaboração de indicadores gerados a partir de análise multivariada, com o intuito de avaliar os fatores que influenciavam a conquista desse direito nas comunidades. Realizaram- se, também, entrevistas semiestruturadas e histórias de vida com famílias de ambas as comunidades e observações em um grupo familiar do Assentamento. Os fatores de saída dos indicadores apresentaram pequenas variações entre as comunidades, apesar de ter havido a atuação do Estado no Assentamento. Foi possível identificar os arranjos familiares para a constituição da moradia, tanto em seu aspecto físico como nas representações subjetivas da mesma, identificando-a como representativa do passado desses agricultores, com influências presentes e significadas a partir de um grupo familiar que extrapola os limites da própria comunidade. Todavia, o direito à moradia não estava garantido para as famílias de ambas as comunidades, onde a ausência do Estado e a insegurança de posse relacionada à precariedade do acesso à terra são os principais elementos que determinam esta realidade.

Palavras chaves: Assentamentos rurais, Comunidades rurais, Habitação rural – Brasil, Indicadores sociais e Observação participante

Link: TESE 3

http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/256748

[TESE] AGROECOLOGIA E MOVIMENTOS SOCIAIS: ENTRE O DEBATE TEÓRICO E SUA CONSTRUÇÃO PELOS AGRICULTORES CAMPONESES

AGROECOLOGIA E MOVIMENTOS SOCIAIS: ENTRE O DEBATE TEÓRICO E SUA CONSTRUÇÃO PELOS AGRICULTORES CAMPONESES

Aluno: Wilon Mazalla Neto

Orientadora: Profa. Dra. Sonia Maria Pessoa Pereira Bergamasco

RESUMO

O campo brasileiro tem enfrentado, nos últimos 50 anos, sinais de crise ambiental e social cada vez mais significativos, que vêm se consolidando desde a segunda metade do século XX no bojo da revolução verde, modelo que segue se fortalecendo no que hoje se denomina agronegócio. Neste contexto, a Agroecologia aliada à trajetória de luta e resistência camponesa por meio dos movimentos sociais, passou a chamar atenção como formas organizativas, tecnológicas e culturais com potencial de superar o agravamento dos problemas sociais e ecológicos. A abordagem dessa pesquisa foi investigar as experiências teóricas e práticas em Agroecologia, vividas e construídas pelos agricultores camponeses dentro dos assentamentos e acampamentos de reforma agrária do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) como novas formas de relação com o trabalho e com a natureza. Identificou-se iniciativas de transformação cultural, nas quais as experiências concretas no mundo da vida e da cultura se constituem como embriões de renovadas relações sociais que superem as anteriores de opressão, exploração e destruição da natureza. Desta forma, foi possível identificar uma série de aspectos emancipadores do trabalho e da cultura nas experiências agroecológicas dos agricultores camponeses, com destaque para o controle do processo e do tempo de trabalho, as múltiplas significações da natureza e ação ideológica na relação campo cidade.

Palabras Chaves: Reforma agrária, Campesinato, Movimentos sociais, Ecologia

Link: TESE 4

http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/257120

[DISSERTAÇÃO – DIGITAL] DOCUMENTÁRIO E MEIO AMBIENTE NO BRASIL: Uma proposta de leitura ecologizante.

Titulo: DOCUMENTÁRIO E MEIO AMBIENTE NO BRASIL: Uma proposta de leitura ecologizante.

Autora: Janaína Welle

Ano 1982

RESUMO

Esta pesquisa tem como objetivo refletir sobre as representações fílmicas do meio ambiente e suas relações com os organismos que o constituem em suas diversas esferas. Inicialmente nos debruçamos sobre a categoria de cinema ambiental e apresentamos ao leitor a retrospectiva de um vasto leque de documentários brasileiros que, ao longo da história do cinema em nosso país, trazem em sua estrutura narrativa e estética, de maneira explícita ou tangencial, questões ambientais. Tendo em vista que o conceito de cinema ambiental é bastante impreciso e se rearranja de acordo com critérios e fronteiras estabelecidos por cada autor ou instituição e/ou com o locus em que se dá a exibição do filme, apresentamos como metodologia de investigação dessas questões nossa proposta de leitura ecologizante dos filmes, que pode ser aplicada, a princípio, na análise de qualquer obra audiovisual. Finalmente, empregamos a leitura ecologizante à análise de três documentários brasileiros: Aboio (2005), de Marília Rocha; Terra deu, terra come (2011), de Rodrigo Siqueira, e As hiper mulheres (2012), dirigido por Carlos Fausto, Leonardo Sette e Takumã Kuikuro. Para a leitura de cada um desses documentários buscamos jogar luz sobre aspectos representativos das questões ambientais que vão além da temática central de cada filme. Em Aboio privilegiamos as relações entre cinema e animal; em Terra deu, terra come os jogos e o feitiço presentes nas tradições e no cinema e, em As hiper mulheres, as relações entre cosmologia e ecologia na comunidade Kuikuro.

Dissertação Completa: Dissertação – Welle_Janaina_M

http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/285174

[TESE] DE COPENHAGUE A PARIS: A POLÍTICA AGRÍCOLA DE MUDANÇA DO CLIMA NO BRASIL E A FUNÇÃO DA ADAPTAÇÃO COMO AGENTE TRANSFORMACIONAL

Titulo: DE COPENHAGUE A PARIS: A POLÍTICA AGRÍCOLA DE MUDANÇA DO CLIMA NO BRASIL E A FUNÇÃO DA ADAPTAÇÃO COMO AGENTE TRANSFORMACIONAL

Autor (a): Gustavo Barbosa Mozzer

Orientador (a): Simone Aparecida Vieira

Data de defesa: 03/10/2016

Resumo: Este trabalho discute a adequabilidade da política brasileira de mudança do clima, como promotora de ações estruturantes de adaptação. Analisamos, no contexto do processo de implementação da UNFCCC, a relação Norte-Sul, no que se refere ao suporte para o desenvolvimento de políticas públicas. Argumentamos que a política internacional tem contribuído para criar distorções, induzindo países em desenvolvimento a priorizarem agendas focadas em mitigação de emissões de gases de efeito estufa em detrimento de investimentos estruturantes de longo prazo em adaptação. Estudamos o caso brasileiro com a implementação do Plano ABC, e nesse contexto, avaliamos como técnicos em extensão rural e pecuaristas de Minas Gerais têm percebido benefícios decorrentes da implementação da tecnologia de recuperação de pastagens degradadas, incentivada por meio da linha ABC-Recuperação, em especial possíveis efeitos associados à produtividade e capacidade adaptativa dos sistemas produtivos. O estado de Minas Gerais foi selecionado para esse estudo em função do elevado nível de adoção do Plano ABC observado até o ano de 2013. O estudo foi executado em duas etapas, abrangendo nove mesorregiões de MG. Inicialmente, foi avaliado como técnicos em extensão rural percebem a mudança do clima e seus efeitos sobre a atividade de produção pecuária, além do impacto da adoção da linha ABC-Recuperação. Na segunda etapa do estudo, pecuaristas que já haviam adotado a linha ABC-Recuperação foram entrevistados com o objetivo de avaliar sua intenção comportamental de manter ou incrementar a recuperação de pastagens degradadas a médio/longo prazo. De modo complementar, séries históricas de dados meteorológicos colhidos entre 1960 e 2010 nas mesorregiões estudadas foram avaliadas quanto ao padrão de flutuação de temperatura, precipitação e umidade relativa.

Palavras Chave: Mudança do clima, PNMC, adaptação, Programa ABC, Pecuária, Risco.

Link: Mozzer_GustavoBarbosa_D

[TESE] TOMADA DE DECISÃO E MOTIVAÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DE ECOSSISTEMAS : ESTUDO DE CASO DO “CONSERVADOR DAS ÁGUAS”

Titulo: TOMADA DE DECISÃO E MOTIVAÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DE ECOSSISTEMAS : ESTUDO DE CASO DO “CONSERVADOR DAS ÁGUAS”

Autor (a): Marjorie Delgado Alves Rodrigues

Orientador (a): Simone Aparecida Vieira

Data de defesa: 11/02/2016

Resumo: O projeto Conservador das Águas localizado em Extrema, Minas Gerais, é o primeiro projeto de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) no país a ser implementado por um governo local e tem sido usado como um modelo para outras experiências. O projeto paga os agricultores para cumprir a legislação ambiental federal, por meio do reflorestamento de áreas de proteção permanente das nascentes e rios, e para ir além desta legislação. Este estudo de caso analisou se projetos de PSA podem promover uma mudança de comportamento dos stakeholders, internalizando a necessidade provisão dos serviços ambientais na tomada de decisão da gestão da paisagem e uso dos recursos naturais. Esta pesquisa caracterizou o projeto de PSA e seus stakeholders, bem como as suas responsabilidades, e compreensão do projeto Conservador das Águas; identificou as motivações e os fatores que direcionam os tomadores de decisão para estimular, financiar e participar do projeto; investigou como a presença do Conservador das Água influenciou a dinâmica local do uso da terra; analisou se o PSA pode ajudar os produtores rurais a cumprirem a legislação ambiental e como esta ferramenta pode ser usada na governança ambiental. Os dados da pesquisa foram coletados entre julho e agosto de 2014 e em julho de 2015 através de entrevistas com os stakeholders do projeto. O nível de educação e o acesso à informação, bem como a experiência pessoal e os laços sociais foram importantes para o entendimento do projeto e para o processo de tomada de decisões relacionadas ao uso da terra e ao meio ambiente. Os resultados da pesquisa indicam que o projeto melhorou os meios de subsistência, criou oportunidades para aqueles que querem ficar na área rural, e aumentou a consciência sobre a legislação ambiental e as questões ambientais. O Conservador das Águas mudou o comportamento de alguns dos agricultores mostrando que é possível ter uma produção agrícola e conservar as matas ciliares reflorestadas. Além disso, o projeto também influenciou o cumprimento da legislação ambiental

Palavras Chave: Meio ambientes – Aspectos sociais Recursos hidricos Pecuária – Extrema (MG) – Aspecto social Reflorestamento Mata Atlântica – Conservação

Link: Rodrigues_MarjorieDelgadoAlves_D

(LIVRETO) Agroecologia: uma ciência do campo da complexidade

Titulo: Agroecologia: uma ciencia do campo da complexidade.

Autores: Francisco R. Caporal (Orgs) – Gervacio Paulus e Jo´se A. Costabeber.

Ano: 2009 – (Pags. 110)

Apresentação: Os dois artigos que o leitor tem em suas mãos, reunidos neste livreto, são fruto de um processo de acúmulo do pensamento sobre a Agroecologia como ciência do campo da complexidade. Desde o início da década passada, temos dedicado parte de nosso tempo, fora da experiência ativista de nossas ações extensionistas cotidianas, para aprofundar nossas reflexões sobre Agroecologia, como contribuição para a construção de um paradigma agroecológico. Inúmeros textos, alguns citados na bibliografia e outros disponíveis em diferentes páginas da web
testemunham esta trajetória, que é intelectual, mas que é também referenciada pelo nosso “que-como-fazer” na práxis extensionista. Iniciamos com nossas teses de mestrado e doutorado, explorando um campo ainda muito obscuro e movediço da ciência agroecológica. Em seguida, nossas responsabilidades na direção da EMATERRS exigiram que trabalhássemos no sentido de fazer mais visível a aplicabilidade dos conceitos e princípios da Agroecologia como orientadores de uma prática diferenciada de extensão rural, que nestes textos conceituamos como Extensão Rural Agroecológica.

file:///C:/Users/User-PC/Documents/BLOG-LTM/Agroecologia_uma_ciencia_do_campo_da_com.pdf

(ARTIGO) – Agroecologia e tecnologia social como caminhos para o desenvolvimento rural integral: uma aproximação

Titulo: Agroecologia e tecnologia social como caminhos para o desenvolvimento rural integral: uma aproximação

Autores: Marcia M. Tait, Ednaiva F. Neves, Gabriel Gonçalves.

Resumo: Tanto sob a perspectiva empírica, como teórico-conceitual, a Tecnologia Social (TS) pode ser entendida como aquela tecnologia que melhor se alinha à proposta de resolver os problemas sociais: primeiro, a TS possibilita o processo de construção social da tecnologia, isto é, os atores sociais que utilizarão a tecnologia participam da construção da mesma. Além disso, ao invés de garantir os objetivos de geração de lucro, ela é voltada para resolver problemas sociais e, dentre estes, a exclusão social. A TS se alinha à temática do desenvolvimento rural, tanto pela crítica aos problemas sociais gerados pelo capitalismo, como, pela crítica a sua insustentabilidade ambiental. Além disso, as discussões sobre o desenvolvimento rural, durante a década de 1990 marcaram a diferenciação entre a agricultura familiar (geralmente, pequena) e a grande agricultura – elemento essencial para mostrar a importância de se desenvolver políticas públicas para a agricultura familiar. A Agroecologia também se posiciona criticamente contra os problemas gerados pelo capitalismo, destacado que o modelo da grande agricultura, com seus objetivos de lucro, não se alinha à proposta de sustentabilidade. Em contraposição, é são os pequenos agricultores familiares que vêm se dedicando a desenvolver práticas agrícolas alternativas, que se alinham à proposta de uma sociedade sustentável (sob a perspectiva econômica, ambiental, social, etc.).

https://periodicos.ufsm.br/eed/article/view/41536

Plataforma: sementeia.org

 

(REVISTA – RAF) Agricultura Familiar: Pesquisa, Formação e Desenvolvimento – RAF. v.13 , nº 2 / jul-dez 2019, ISSN 1414-0810

Titulo: Gestao em Sistemas Agroextrativistas para Territorios de uso comum na Amazônia – DOSSIÊ

Autores: Carlos V. A. Gomes. Angela M. Steward, Luis M.S. Silva (Orgs)

Ano: 2019 – Universidade Federal do Pará – UFPA – Instituto Amazônico de Agriculturas Familiares – INEAF

Paginas: 283

A Revista Agricultura Familiar: Pesquisa, Formação e Desenvolvimento é um periódico científico vinculado ao Instituto Amazônico de Agriculturas Familiares da Universidade Federal do Pará. Criada em 1996, funciona como meio de comunicação científica voltado para a comunidade acadêmica nacional e internacional e também se dirige aos atores que se interessam pelos debates e reflexões em torno da Agricultura Familiar em suas mais diversas dimensões. Os próprios agricultores familiares, suas organizações, movimentos sociais, gestores públicos, povos e comunidades tradicionais, pesquisadores, formuladores de políticas públicas, dentre outros sujeitos, são estimulados a apreciar este empreendimento científico-pedagógico elaborado com todo esmero por nossa equipe. Com efeito, nossa revista pretende alcançar a maior diversidade de público com vistas a dar a conhecer as experiências, conhecimentos, abordagens teóricas e metodológicas e resultados de pesquisa. Muito embora o foco sejam os estudos levados a cabo no território amazônico, nos últimos volumes observamos o crescente interesse de pesquisadores e autores em socializar experiências do campesinato em outros biomas e contextos regionais brasileiros e internacionais. Como ressaltamos, a origem da Revista se confunde com a história de nossa unidade acadêmica dentro da UFPA. Ela nasce como um periódico impresso, funcionando assim até o ano de 2009. Até esse período, os processos avaliativos não exigiam com tanto rigor a
periodicidade dos números. Quem buscar a memória do periódico em sua página web, irá perceber as descontinuidades ocorridas nessa primeira fase. Os desafios naquela altura eram outros. Em termos editoriais, necessitávamos de recursos para impressão dos números físicos e sua distribuição ocorria via correspondência enviada para as Instituições Brasil afora. Contudo, seu foco sempre foi o mesmo: a Agricultura Familiar. Apesar desses pormenores, comuns à época, a RAF (Revista Agricultura Familiar), como hoje apelidamos carinhosamente este periódico, sempre foi pulsante e dinâmica.

Hoje ela integra o sistema periódicos da UFPA, estando vinculada a diversas bases de indexação. Pelo fato de ter inaugurado, desde 2014, sua versão eletrônica, ganhou outro ISSN (International Standard Serial Number, em português “Número Internacional Normalizado para Publicações Seriadas”), o chamado ISSN-e (menção a versão eletrônica), passando a ser publicada na página da UFPA, portanto, expandindo seu raio de inserção.  Dessa nova fase de vida para cá, a equipe editorial vem trabalhando para ampliar o quadro de avaliadores ad hoc, aperfeiçoando seu projeto editorial, aumentando a capacidade de acolhimento de contribuições e renovando o conselho científico. Além de William Santos de Assis, Flávio Barros e Gutemberg Guerra, contamos agora com a colaboração da Professora Angela May Steward que, juntos, constituem os editores-chefes. Moacir José Moraes Pereira, na condição de editor-gerente, tem sido fundamental para a dinamização
da revista, pois é dele a função de normatização, editoração e secretariado. Outra novidade é a geração do DOI (Digital Object Identifier, em português Identificador Digital de Objetos) de cada artigo, um avanço importante, pois tem como finalidade auxiliar a localização e o acesso de materiais na web, facilitando a autenticação de documentos. A periodicidade é semestral, contudo, o conselho editorial estimula a publicação de números especiais e dossiês temáticos.

Outra informação importante é que, desde que fora implantado o sistema webqualis, da Capes, a RAF vem integrando a plataforma, sendo avaliada nas áreas de Administração Pública e de Empresas, Ciências Contábeis e Turismo; Ciências Agrárias I; Ciências Ambientais; Interdisciplinar e Linguística e Literatura. Na medida em que nossa revista vai crescendo, esperamos que ela possa integrar mais áreas de conhecimento para que, então, possa atrair ainda mais profissionais que valorizam o foco da Agricultura Familiar nas suas mais diversificadas abordagens. Nosso periódico é, por natureza, interdisciplinar e tem forte apreço pelas epistemologias heterodoxas.

A RAF publica em suas edições artigos de pesquisa e de revisão que sejam inéditos, resenhas de livros, entrevistas, relatos de experiências, e resumos de teses e dissertações. Neste número especial temos contribuições oriundas das pesquisas e intervenções dos pesquisadores e estudantes vinculados ao INEAF/UFPA por meio do Curso de Especialização em Gestão em Sistemas Agroextrativistas para Territórios de Uso Comum da Amazônia (GESAM), pós-graduação Lato Sensu que vem atraindo público de diversas áreas do conhecimento, como Ciências Agrárias, Ciências Sociais e Humanas, Ciências Ambientais e Ciências Naturais. Os manuscritos versam sobre temas diversos. Partindo do eixo central “Sistemas agroextrativistas e territórios de uso comum na Amazônia: Reflexões sobre transformações e continuidades”, discutem questões sobre trabalho, gênero, territorialidade, sistemas agroflorestais, afetações por grandes projetos de desenvolvimento, parentesco, políticas públicas, segurança alimentar, práticas de manejo, dentre outros. Agradecemos vivamente a cada autor e cada autora que confiou seu manuscrito a este periódico. Esperamos que a leitura estimule o pensamento crítico, a aprendizagem e o contato com as várias faces do mundo rural amazônico, cujas tramas entre natureza e  sociedade acontecem nos rios, nas florestas, nos assentamentos rurais, nas unidades de conservação, nas aldeias, nos projetos de assentamentos agroextrativistas, nos territórios quilombolas, no litoral, nos mangues, e também nas cidades. Que estas páginas sejam luz e possam chegar aos confins da Hileia. Excelente leitura!

Angela May Steward
Flávio Bezerra Barros
Gutemberg Armando Diniz Guerra
William Santos de Assis

 

Link: https://periodicos.ufpa.br/index.php/agriculturafamiliar

https://periodicos.ufpa.br/index.php/agriculturafamiliar/issue/viewIssue/419/124

[ARTIGO] Formatos de Programas de TV – Utopia ou Realidade?

Titulo: FORMATOS DE PROGRAMAS DE TV: utopia ou Realidade

Autor: Gustavo H. Piva Luiz de Andrade

Ano: 2005

Paginas: 30

Introdução: A indústria da televisão nos dias atuais é extremamente competitiva. Na  intensa disputa pela preferência do telespectador, reality shows, quiz shows, game shows e talent shows têm assumido um papel cada vez mais relevante na programação das emissoras. Seguindo esta tendência, empresas de todo o mundo vêm buscando inserir programas do gênero em suas grades e optam muitas vezes pelo licenciamento de formatos de programas já testados em outros países. O licenciamento de formatos de programas televisivos é uma indústria que atualmente movimenta muitos milhões de dólares. Programas como Who Wants to Be a Millionaire?1, da inglesa Celador Productions, Survivor, da também inglesa Castaway Television Productions, e Big Brother2, da  holandesa Endemol, já tiveram seus formatos licenciados para emissoras de dezenas de países, transformando-se em extraordinárias fontes de renda para seus respectivos idealizadores. E a receita auferida não se limita ao licenciamento em si. Atualmente, muitos destes programas são acompanhados de forte carga de merchandising e são decididos pelo público por meio de ligações, o que maximiza ainda mais o enorme valor comercial dos seus formatos. Um mercado de tal magnitude, claro, atrai a atenção de concorrentes que, muitas vezes, ao invés de optarem pelo licenciamento dos formatos e pagarem os royalties correspondentes, desenvolvem programas semelhantes que passam a concorrer diretamente com os programas originais.

Tal conduta naturalmente colide com os interesses das empresas produtoras dos formatos e dos seus licenciados, sendo precisamente nesse contexto que surge um dos temas mais atuais e controversos da área de propriedade intelectual: a proteção dos formatos de programas de televisão. Com efeito, até onde vai a idéia e começa a expressão? Até que ponto um programa baseado nos mesmos elementos do programa de um concorrente é uma infração e, como tal, deve ser reprimida pelos aplicadores do direito?

O objetivo do presente trabalho é examinar a questão da proteção dos formatos de programas de TV e de todas as dificuldades a ela inerentes. Como veremos, tribunais de diversos países têm hesitado em reconhecer que formatos de programas estão inseridos no rol das obras intelectuais legalmente protegidas. Outros tribunais, contudo, recentemente se posicionaram de maneira distinta, aquecendo ainda mais a já grande discussão sobre a matéria.

Palavras Chaves: TV-Competitiva, Discussão e Conflito, Merchandising, Formatos licenciados

Artigo Completo: Artigo. – Formatos de Programas de TV – Utopia ou Realidade – Gustavo H.P. Luiz de Andrade

https://www.facebook.com/pg/IDS-Instituto-Dannemann-Siemsen-927891870613992/posts/

[DISSERTAÇÃO] O CINEMA AMBIENTAL CONTEMPORÂNEO EM QUESTÃO: CRÔNICA DA LUTA POR RECONHECIMENTO DOS DIREITOS HUMANOS DE TERCEIRA GERAÇÃO

Titulo: O CINEMA AMBIENTAL CONTEMPORÂNEO EM QUESTÃO: CRÔNICA DA LUTA POR RECONHECIMENTO DOS DIREITOS HUMANOS DE TERCEIRA GERAÇÃO

Autor: Paulo César Da Costa Heméritas

Ano: 2011

RESUMO

Defesa de dissertação apresentada ao Centro de Ciências do Homem da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro como requisito parcial à obtenção do título de mestre em
Cognição e Linguagem A presente dissertação versa sobre a trajetória das produções de cinema sob viés ambiental realizadas a partir dos anos 60, gênese dos movimentos sociais “verdes”. O trabalho apresenta o diálogo entre as produções fílmicas e os conceitos de luta por reconhecimento e direitos humanos de terceira geração, reivindicações relativas à integridade do Ambiente.

Dissertação Completa: Dissertação – O Cinema Ambiental Contemporaneo em Questão – Autor Paulo C. da Costa Hêmeritas

UENF – UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE FLUMINENSE DARCY
RIBEIRO – Campos dos Goytacazes – RJ

[DIVULGAÇÃO) Programa – Disciplina e Curso de Extensâo – Questões Agrárias, Ambiente e Multimeios

Titulo:  Disciplina e Curso de Extensão – Questões Agrárias, Ambiente e Multimeios.
1o Semestre / 2019
Professor Responsável:  Profa. Dra. Sonia Bergamasco
Professores Convidados:  Profa. Dra. Aline Vieira de Carvalho e Prof. Dr. Gilberto Sobrinho
Colaboradores/Pesquisadores:  Dr. Diego Riquelme, Dra. Kellen Junqueira, Dr. Marcelo Pupo, Doutoranda. Janaína Welle, Dra. Jennifer Jane Serra, Dra. Márcia Maria Tait, Alesandro Poeta e Luciana Henrique da Silva
Local:  Nepam/UNICAMP

Resumo/Objetivos: Proporcionar métodos e recursos técnicos e teóricos para a análise crítica da linguagem audiovisual e para a construção de narrativas audiovisuais. O programa privilegia questões relativas às narrativas e linguagem cinematográfica sobre o filme documentário, por meio da abordagem de conteúdos, realização de análises fílmicas e de exercícios práticos. As análises fílmicas e discussões realizadas durante o curso/disciplina serão baseadas em estratégias voltadas à produção coletiva sobre temas como movimentos sociais, cultura e política, meio ambiente e questões agrárias, promovendo também uma reflexão mais abrangente em torno de identidades coletivas populares e práticas audiovisuais engajadas.

A abordagem adotada parte de uma concepção da práxis como fundamento para os processos pedagógicos, o que implica na incorporação das expectativas e trajetórias pessoais dos participantes. Por isto, propõem-se momentos de reflexão-ação durante todo curso/disciplina e a divisão em grupos para definição e o desenvolvimento de projetos de realização audiovisual. Os projetos deverão estar alinhados com o formato e temas abordados durante o período e as condições objetivas de tempo-realização, ou seja, serão esperadas propostas de projeto de documentário em curta-metragem, com foco nas relações entre meio ambiente e sociedade, questões agrárias, movimentos sociais do campo e da cidade e outras temáticas levantadas durante o curso/disciplina.

Participação convidada Especial:
Apresentação de Alunos da Pós- Graduação: Experiências de produção e realização
Palestra aberta a Universidade em forma de Seminário.

 

PROGRAMAÇÃO – 1° Semestre 2019

Aulas Conteúdo Responsável
Aula 1

27/02/20192

 

 

Aula de Apresentação

Histórico e proposta curso

Apresentação da disciplina

Apresentação participante

Apresentação dos temas específicos que integram a temática da disciplina:

Multimeios e Sementeia: Márcia Tait

 

Kellen Junqueira

Diego Riquelme

Márcia Tait

 

Aula 2

06/03/2018

Introdução à linguagem audiovisual: na pesquisa e Extensão.

 

Janaína Welle

 

 

Aula 3

13/03/2019

 

Apresentação dos temas específicos que integram a temática da disciplina:

Questão Agrária: Profa. Sonia Bermasco

 

Sonia Bergamasco

 

Aula 4

20/03/2019

Apresentação dos temas específicos que integram a temática da disciplina: Profa. Aline

Tarefa 1 : Tema/Criar/Pensar uma imagem (individual)

Aline Carvalho

 

 

Aula 5

27/03/2019

Apresentação Tarefa N° 1. Escolha dos temas e divisão dos grupos Informar recursos materiais e humanos da disciplina.

Tarefa N° 2: Pesquisa sobre o tema com base na aula de produção

Tarefa N° 3: Argumento em grupo

Kellen Junqueira

Diego Riquelme

 

Aula 6

03/04/2019

Documentário, sub-representações e formas de empoderamento- como se dá a apropriação do audiovisual pelos movimentos sociais. Gilberto Sobrinho
Aula 7

10/04/2019

Introdução e Conceitos Básicos dos Processos de Produção do Audiovisual

 

Janaína Welle

 

Aula 8

17/04/2019

Introdução e Conceitos da Fotografia e Som

 

 

Diego Riquelme

Alessandro Poeta

 

 

 

Aula 9

24/04/2019

 

Metodologias do documentário

1.- Teoria da Montagem

2.- Apresentação tarefa: 05 minutos cada grupo.

3.- Discussão em grupo 10 minutos.

4.-Tarefa : Planejamento por grupo para os dias de gravação

 

 

Jennifer Serra

Kellen Junqueira

 

 

Aula

08/05/2019

 

Edição I – Teórica – Pratica

Aula prática-Software de edição:

– Proprietário (Premiere e Final Cut)

– Livre (Blender)

 

Alessandro Poeta

Diego Riquelme

 

Aula 11

15/05/2019

 

Gravações – Externas Estudantes com apoio professores
Aula 12

22/05/2019

 

Edição II – Pratica

Roteiro técnico de edição

Transcrição, decupagem e roteiro de edição.

 

Diego Riquelme

Alessandro Poeta

Aula 13

29/05/21019

Edição – Estudantes com apoio professores
Aula 14

05/06/2019

Edição Estudantes com apoio professores
Aula 15

12/06/2019

 

Pendências e questões sobre a edição/montagem

Avaliação do curso.

 

 

 

Apresentação Relato de processo dos grupos

Tarefa 5: Postagem na Sementeia.org do Vídeo e do relato de processo.

 

Todos
Aula 16

19/06/2019

 

Apresentação final: dos vídeos pela

Sementeia.org

 

Todos

(ARTIGO) A formação de Pesquisadores e Profissionais do audiovisual: o papel da universidade e do mercado.

Titulo: A Formação de Pesquisadores e Profissionais do Audiovisual: o papel da universidade e do mercado.

Autora: Doris Fagundes Haussen*

Ano: 

A discussão sobre o perfil do profissional de audiovisual a ser preparado pelas Escolas de Comunicação passa, inevitavelmente, pela discussão sobre o mercado em que estes profissionais irão se inserir. Neste sentido, faz-se necessário uma avaliação sobre o contexto cultural mais amplo, a população, a indústria cultural instalada, as escolas de comunicação existentes, as diretrizes curriculares, entre outros fatores.

No caso brasileiro, a população é de cerca de 160 milhões de habitantes, sendo que 85,1% dos lares possuem TV. Das seis grandes redes de televisão do país, a Globo cobre 99,99% do território, o SBT, 97,46%, a Bandeirantes, 91,66%, a Manchete, 72,80%, a Record, 69,02% e a CNT, 41,00% (Fonte: Revista da Mídia, 1997). A Globo possui 104 repetidoras próprias, 832 retransmissoras próprias, 1474 retransmissoras de prefeituras, 266 de outros em geral, 502 por satélite. No total, possui 3178 pontos de retransmissão (Fonte: Simon.P.(rel.)(1998).

Por seu lado, a TV segmentada conta com a MTV, de música jovem, que alcança mais de 250 municípios brasileiros; a Rede Mulher, destinada ao público feminino, adulto, que retransmite para todo o país por TV a Cabo e canal aberto por satélite; a Rede Vida, dirigida à família, atingindo mais de 150 municípios e 600 localidades com retransmissoras secundárias; o Canal 21, de prestação de serviços, dirigido ao interior de São Paulo, e a CBI, também de serviços, cobrindo 26 municípios do interior de São Paulo, entre outras.(Fonte: Revista da Mídia,1997). Os canais de TV por assinatura têm a sua penetração maior no sudeste (39,95%) e sul do país (13,16%), havendo 55 cidades com TV a Cabo e nove cobertas pelo sistema MMDS (a TVA conta com 270 mil assinantes) (Fonte: Simon, P.(1998)). Neste setor, atualmente os grupos regionais estão vencendo a maioria das licitações devido ao recuo dos grandes grupos operadores – Abril e Globo.

Segundo análise da EPCOM/Internet(1998), com as crises internacional e brasileira, o mercado nacional de TV por assinatura, que chegou a ser considerado o melhor do mundo, pelas possibilidades de expansão, entrou em recesso, com inadimplência e perda de assinantes. Também contribuiu para a retração a dificuldade de obtenção de financiamentos no mercado internacional, e a privatização da Telebrás que, além de absorver investimentos, terá as novas empresas privadas atuando fortemente no mercado de transmissão de dados e provimento de serviços de acesso à Internet, segmento em que as operadoras de TV por assinatura pretendiam entrar. No entanto, os grupos Globo e Abril continuam dominando o mercado de programação e controlando os pacotes que as operadoras terão no Brasil para oferecer. “Ocorre assim no país, uma tendência internacional: as empresas regionais e independentes bancam os investimentos iniciais, desbravam os mercados para, depois, sem possibilidade de resistir, serem adquiridas pelos grandes conglomerados” (idem).

Os canais comunitários, por sua vez, encontram-se em fase de expansão. Uma experiência interessante está sendo realizada na região do ABC paulista. A Canbras, empresa do grupo Bell Canadá, que é a operadora de TV por assinatura da região, lançou no último mês de junho, o Canal ABC 3, que está sendo operado pelos próprios moradores da região que fazem a cobertura dos acontecimentos de interesse geral da população. O investimento foi de 500 mil reais.(Fonte: Epcom/Internet). Quanto ao Rádio, 89,3% dos domicílios brasileiros possuem receptores. O número total de emissoras é de 2.961, sendo 1574 em ondas médias, 1275 em FM, 80 em ondas tropicais e 32 em ondas curtas. Há em torno de 10 grandes redes em AM e FM que operam de 12 a 44 emissoras por grupo, além de redes menores e de emissoras isoladas (Revista da Mídia). Em relação ao cinema, há cerca de 1500 salas de exibição no país com aproximadamente 200 filmes estreando por ano. Destes, 93% são estrangeiros, sendo 63% provenientes dos Estados Unidos e 7% nacionais (Reis e Silva, 1998).

Com referência à indústria fonográfica brasileira, trata-se da sexta no contexto mundial sendo que a produção nacional é de cerca de 70% (sem incluir a “pirataria”). Com a crise atual, no entanto, há tendência destes dados serem reduzidos em cerca de 30% (Maya Ricardo, 1998). Neste sentido, há também uma preocupação por parte das companhias fonográficas devido à fragmentação do gosto dos consumidores, decorrente das novas formas de acesso aos produtos. Conforme a Federação Internacional das Indústrias Fonográficas (IFPI), diariamente são baixadas pelas Internet três milhões de trilhas sonoras, na maior parte pirateadas. Esta prática tende a se disseminar com a iminente comercialização de pequenas máquinas portáteis que permitem aos consumidores armazenar músicas obtidas via rede. E, para enfrentar estes novos produtos, as empresas já estão desenvolvendo equipamentos similares. A tecnologia, portanto, está alterando todo o panorama desta indústria e, também, do mercado.

Outro setor que atua com o audiovisual, o da Publicidade e Propaganda, no caso brasileiro, possui um levantamento das agências efetuado pelo Sindicato da área. No entanto, estes dados referem-se apenas às agências filiadas. Por outro lado, segundo a publicitária Maria da Graça Celente (1998), é praticamente impossível indicar um número correto uma vez que, diariamente, são criadas – e também fecham – agências no país. No caso do Rio Grande do Sul, um dos Estados brasileiros, este número está em torno de 400. Trata-se, portanto, de um mercado expressivo.

Em relação às Escolas de Comunicação brasileiras, segundo dados da Secretaria de Ensino Superior do Ministério da Educação (1998), há 152 Instituições que oferecem cursos de Comunicação, com 266 habilitações, sendo 93 de Jornalismo, 81 de Publicidade/Propaganda, 23 de Radialismo, 5 de Cinema, 3 de Editoração e 55 de Relações Públicas. Assim, os programas de audiovisual são trabalhados, na maioria das vezes, dentro dos cursos de Jornalismo e de Publicidade/Propaganda.

Brevemente, este é o panorama. No entanto, o fundamental, no caso específico, é a reflexão sobre o papel das escolas enquanto formadoras de profissionais e pesquisadores para esta realidade. A discussão não é nova. O atual, é a rapidez com que a tecnologia evolui e praticamente atropela a academia, num contexto em que a convergência das tecnologias tradicionais associada às inovações do setor exige um novo produtor (e um novo decodificador) destas linguagens. Por outro lado, da década de 70 em diante e, particularmente nos anos 90, houve uma explosão de abertura de novos cursos de Comunicação no país, com uma crescente procura pelos mesmos, embora ocorra uma saturação do mercado tradicional.

Sobre os pedidos de abertura de novos cursos no Brasil, Faro(1998) refere-se à proliferação descontrolada: “das regiões mais distantes do país, algumas com carências materiais formidáveis, brotam processos mal-articulados e precariamente fundamentados que acenam com centenas de vagas”, a maior parte dirigida às habilitações de Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Relações Públicas. Ainda conforme o autor, na maioria dos casos trata-se de cursos mal-aparelhados do ponto de vista de suas estruturas laboratoriais , bem como da qualificação e do regime de trabalho do corpo docente. Uma das causas estaria na expansão do ensino privado que, com as exceções à regra, visaria mais o lucro do que o aprimoramento e a prática das respectivas áreas.

Outra crítica apontada por Faro refere-se à superficialidade da definição do perfil (e do número) dos profissionais que se pretende formar e que tem pouca relação com as características quantitativas e qualitativas do mercado das regiões em que os cursos se encontram instalados. Há referência, ainda, às raras inovações no campo didático-pedagógico e às lacunas teórico-conceituais “inter, multi e transdisciplinares que o ensino universitário cobra hoje de todas as áreas do conhecimento”.

O objetivo deste trabalho não é analisar apenas esta vertente do fenômeno, já abordada por outros autores (Marques de Melo, 1991; Andion, 1991;Navarro, 1991, entre outros). O objetivo aqui é o de refletir sobre o profissional – multimídia – que deverá atender às novas demandas e sobre o pesquisador que irá estudá-las, bem como a sua preparação pela Universidade no atual contexto. Afinal, quem é este novo personagem?

A multimídia é considerada como um conjunto de possibilidades de produção e utilização integrada de todos os meios da expressão e da comunicação, como desenhos, esquemas, fotografias, filmes, animação de textos, gráficos, sons, animados e coordenados por programas de computador. Por outro lado, estas novas tecnologias provocam profundas mudanças em padrões da sociedade, na medida em que aceleram o ritmo de vida das pessoas que dispõem, cada vez mais, de possibilidades de se informar. As noções de tempo e espaço deixam de ser barreiras, alterando a vida cotidiana de todos. A multiplicidade dos meios de comunicação, sua disponibilidade e a quantidade de informações geradas trazem, assim, a necessidade de um novo perfil para o profissional da área que, além do domínio técnico, necessita compreender este fenômeno como uma estrutura interligada. Um profissional multimídia, enfim.

Neste sentido, é preciso entender este universo não apenas como uma conexão entre computadores e suas possibilidades mas como um processo de interação entre mídias múltiplas, com diferentes linguagens. Assim como há necessidade deste novo profissional, as Escolas de Comunicação precisam alterar a sua visão e tornarem-se aptas a formar este novo perfil. Neste sentido, além da competência necessária a cada área profissional há a necessidade da compreensão desta realidade mais ampla e múltipla.

O profissional multimídia, por estar envolvido com uma atuação conjunta nos diversos meios de comunicação, que unem as características de cada veículo em uma só linguagem, precisa, assim, ter a noção de todo o processo da comunicação. Ao mesmo tempo, além desta necessidade de ser abrangente, precisa ser um especialista em determinados temas e habilidades uma vez que o mercado é cada vez mais segmentado, exigindo, portanto, profissionais profundamente qualificados.

Este novo perfil profissional, por outro lado, também deverá alterar, no caso brasileiro, a própria legislação da área. Uma legislação muito rígida e corporativa, condizente com outros tempos. Esta necessidade do profissional de transitar por diversas áreas, uma possibilidade alavancada pela própria tecnologia, vai necessariamente provocar alterações. Principalmente no caso do Jornalismo e do Radialismo, por exemplo, em que um locutor de rádio não podia ser redator ou que um repórter de televisão não podia apresentar um telejornal. Embora a legislação continue vigente, ela já está sendo ignorada.

É neste sentido que as Escolas de Comunicação necessitam reavaliar as suas diretrizes curriculares e uma nova legislação deve ser elaborada. Levando em conta não mais a necessidade de “amarrar” mas apenas de nortear o setor da área. Considerando, assim, que este novo profissional multimídia, além de dominar o sentido mais amplo das tecnologias deve transitar pelas diversas áreas, seja de Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Radialismo, Cinema, Editoração, ou Relações Públicas, seja de novos cursos que deverão ser criados.

Os professores do curso de Publicidade e Propaganda da Faculdade de Comunicação Social da PUC do Rio Grande do Sul, por exemplo, discutem atualmente as alterações que deverão ser feitas. E  têm por objetivo desenvolver um curso que forme especialistas na área, mas com  uma visão generalista, “que perceba as mudanças no mercado mas que conjugue a cultura da academia com a mercadológica, podendo agir de forma crítica e transformadora”.

Uma proposta concreta foi apresentada pelo cineasta e professor Carlos Gerbase (1998:41). Para ele,” a imagem não pode ser assunto apenas dos profissionais que as fabricam nos estúdios e dos intelectuais que as dissecam nas academias”. Segundo o cineasta, o estudo da imagem deveria constar no currículo mínimo do ensino de primeiro grau. Para que desde a infância se iniciasse esta “pedagogia da imagem” já que na sociedade tecnológica atual o processo do conhecimento passa, inevitavelmente, por ela.

Neste sentido, Gerbase (p.44) propõe algumas “lições básicas”: desconfiar da imagem – ela é manipulável; aprender os truques de edição; perceber a integração das tecnologias e quem as domina; identificar o texto escrito da Comunicação que aproxima o Jornalismo e a Publicidade, tornando a ideologia mais opaca – mas isto não vale para a imagem, em que a ideologia é transparente. Por fim, e o mais importante, segundo o cineasta, é de que há esperança. Existem jornalistas, publicitários, jornais e agências de publicidade, no seu entender, que se importam com a verdade. “Ainda é possível ler versões diferentes da mesmas notícia, ou ver anúncios que educam ao mesmo tempo que vendem. Ainda dá para ir ao cinema, ligar a TV e ver um bom programa. Ainda não estamos condenados ao império da imagem telecomandada”

 NOTAS E REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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APPEL, Ellen (1997). O Novo Profissional para todas as Mídias. Porto Alegre, Famecos/PUCRS, monografia de conclusão do Curso de Jornalismo.

EPCOM/Internet. Porto Alegre, Instituto de Estudos e Pesquisas em Comunicação, 18/11/98, acesso@acessocom.com.br

FARO, J.S.(1998). Cursos de Comunicação vivem impasse delicado.In Observatório da Imprensa, 05/11/98, http://www2.uol.com.br/observatorio/

GERBASE, Carlos . Por uma Pedagogia da Imagem. In Levacov, M… et al.(1998) Tendências na Comunicação. Porto Alegre, L/PM.

MELO, J. Marques de. Modernidad o Anacronismo? El dilema de las Escuelas en Brasil. In Revista Dia-logos de la Comunicación (1991), Lima, Felafacs.

MAYA RICARDO, M. Indústria fonográfica: “Mim gosta ganhar dinheiro”. In Revista Famecos, n.8, 1998, Porto Alegre, Edipucrs.

MEC – Ministério de Educação(1998). Dados de 1996 dos cursos de Comunicação Social no Brasil. Brasília, Sesu/MEC.

NAVARRO, Raul Fuentes. Practicas Profesionales y Utopia Universitaria: notas para los comunicadores sociales: entre la crítica y el mercado? In Revista Dia-logos de la Comunicación (1991), Lima, Felafacs.

REIS E SILVA, J.G.B. (1998) El sector Audiovisual en Porto Alegre. Análisis introductorio de sus agentes y estructuras. La Rábida, I Maestria en Comunicación e Industria Audiovisual.

Revista  Mídia Dados 97. (1997), São Paulo, Grupo de Mídia.

SIMON, Pedro, senador (relator) (1998). Rádio e TV no Brasil. Diagnósticos e Perspectivas. Brasília, Senado Federal.

ENTREVISTA

CELENTE, Maria da Graça. Publicitária. Depoimento à autora em Porto Alegre, 19/11/98.

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*Jornalista, professora de Radiojornalismo das Faculdades de Comunicação Social da Pontifícia Universidade Católica e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil.

 

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