Pesquisador do PPG Multimeios lança documentário na Comunidade Quilombola do Camburi

O doutorando Guilherme Landim, pesquisador-cineasta e pensador de imagens do PPG Multimeios, lançou em Fevereiro de 2024 o Documentário “Camburi Resiste” juntamente à Comunidade Quilombola no litoral Norte do estado de São Paulo. O projeto faz parte de uma pesquisa transdisciplinar envolvendo pesquisadores(as) e colaboradores(as) do NEPAM/UNICAMP – Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais, Laboratório Terra Mãe/NEPAM, Laboratório de Arqueologia Pública “Paulo Duarte”/UNICAMP, LAPAN – Laboratório de Arqueologia do Pantanal CPAN/UFMS, ICOMOS – Conselho Internacional de Monumentos e Sítios, Mudclim – Grupo de Trabalho em Mudanças Climáticas e Patrimônio, AMAC – Associação Amigos e Moradores de Camburi, com financiamento do ICCROM – International Centre for the Study of the Preservation and Restoration of Cultural Property e da FAPESP.

O documentário “Camburi Resiste” trata das memórias afetivas da Comunidade Quilombola em Ubatuba (SP). As narrativas orais e visuais dos(as) habitantes do Camburi são pensadas como o germinar das plantas, atravessadas por dinâmicas de ocupação do território, riscos e mudanças climáticas que afetam seu desenvolvimento. A vulnerabilidade e a injustiça climática, as questões ambientais, o patrimônio cultural, natural e alimentar são alguns dos principais eixos narrativos da pesquisa nesse território resistente e em conflito.

Gravação do Filme – Comunidade Quilombola do Camburi (Ubatuba/SP

No contexto de expansão urbana e das mudanças climáticas globais, os  povos originários e comunidades tradicionais clamam por conquista de espaço nas tomadas de decisão em direção à justiça climática e à garantia da terra. Na Comunidade Quilombola do Camburi (Ubatuba/SP), essa problemática é agravada pelo histórico de intensa repressão exercida por agentes estatais, bem como pela implementação da Rodovia Rio-Santos, que possibilitou o acesso à região, resultando em turismo predatório e transformação dos modos de

vida locais. Ademais, os desastres ambientais têm se intensificado, impactando diretamente na preservação do patrimônio cultural e integridade material do quilombo. Nesse cenário, foi proposto o documentário/pesquisa “Camburi Resiste” como uma das iniciativas do projeto “Net Zero: Heritage for Climate Action” (ICCROM), utilizando a imagem cinematográfica como uma ferramenta da antropologia visual buscando traçar caminhos para mapear questões socioambientais por meio das narrativas dos atores sociais envolvidos. Ao ouvir residentes e lideranças em entrevistas semiestruturadas, filmadas com um método de trabalho específico voltado para o campo, a equipe identificou questões que afetam diretamente esse território, suas dinâmicas de ocupação, potencialidades, riscos e desafios.

Pesquisador do PPG Multimeios lança documentário na Comunidade Quilombola do Camburi

Ao serem exibidos e suscitados olhares de pertencimento e novos agenciamentos a partir da linguagem audiovisual, esse trabalho foi proposto como parte do “etno-desenvolvimento” dessa comunidade na perspectiva de capacitar e fortalecer a visibilidade do Camburi. A sessão de estreia reforçou o debate sobre os processos de violência que as comunidades do entorno historicamente enfrentaram com a implantação dos Parques da Serra do Mar e Serra da Bocaina, além do Turismo predatório, apontando possíveis caminhos para que esta comunidade possa se fortalecer na constante luta por seu território.

Guilherme Landim, juntamente ao grupo transdisciplinar de pesquisadores(as), coordenados(as) pela Profa. Dra. Aline Vieira de Carvalho, pesquisadora no Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais da Unicamp (NEPAM), compreende a urgência de novos métodos de trabalho e pesquisa que se “apropriem” de ferramentas alternativas, criativas, inventivas e até mesmo fabuladoras para possibilitarem existências/resistências diante do capitaloceno ecocida. Dessa forma, o pesquisador tem visado em seus estudos a proposta de um cinema-território potente em suas poéticas e estéticas agenciadoras da imagem em defesa de patrimônios culturais em riscos na era do capitaloceno.

PESQUISA 

Aline Vieira de Carvalho

UNICAMP / Coordenação geral

Cinthia Rolim de Albuquerque Meneguel

Universitat de Girona (UdG)

Cristina Fachini

IAC / Colaboradora

Diego Ivan Caroca Riquelme

Laboratório TERRAMÃE (UNICAMP) / Produção audiovisual

Elton Genari

UNICAMP / Revisão de conteúdo

Felipe Bueno Crispim

UNICAMP / Historiador

Guilherme Rezende Landim

UNICAMP / Direção e produção audiovisual

Janaína Welle

UNICAMP / Produção audiovisual

João Paulo Soares Silva

UNICAMP / Coordenação de conteúdo e gerência financeira

João Pedro Otoni Cardoso

UFMG / Mediação

Juliano Sant’Ana dos Santos

Residente da Comunidade Quilombola do Camburi

Luana Cristina da Silva Campos

UFMS / Colaboradora

Queli Lucio Iartelli

Presidente da Associação de Moradores e Amigos de Camburi (AMAC)

Simone Aparecida Vieira

UNICAMP / Colaboradora

Willian Carboni Viana

IFAC / Geógrafo

ROTEIRO

Guilherme Landim e João Paulo Soares Silva

PRODUÇÃO

João Paulo Soares Silva

DIREÇÃO GERAL / DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA / PRODUÇÃO

Guilherme Rezende Landim

MONTAGEM

Guilherme Rezende Landim e Lucca Deliberato Reis (UNICAMP)

O Prelúdio do Desenvolvimento Sustentável

Examinadas as circunstâncias concretas em que ocorreu o acréscimo do adjetivo “sustentável” – de uso extremamente restrito até o início dos anos 1980 – ao substantivo “desenvolvimento”, sobressai imenso contraste entre os antecedentes de cada uma dessas duas idéias. Antes de ser usada para questionar a qualidade do desenvolvimento alcançado pelas duas dezenas de países avançados, a noção de “sustentabilidade”
pertencia à Biologia, e se referia tão somente às condições em que a extração de recursos naturais renováveis pode ocorrer sem impedimento à reprodução dos respectivos ecossistemas. Evidentemente, foi bem mais complexa, além de muito mais longa, a evolução das idéias sobre o desenvolvimento das sociedades humanas, ao qual vem sendo
colado, desde 1987, o adjetivo sustentável.
A ambição deste texto é justamente a de sintetizar essa evolução da idéia de desenvolvimento da sociedade desde que ela deixou de ser um simples sinônimo de progresso material, ou enriquecimento. Principalmente porque é o conhecimento dessa pré-história da expressão “desenvolvimento sustentável” que pode evitar que seu uso seja
um simples modismo. E isso exige reflexão cuidadosa sobre três diferentes ordens de problemas, ligados respectivamente a três antecedentes: “desenvolvimento econômico”, “crescimento com distribuição de renda”, e “desenvolvimento humano”.

https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2514681/mod_resource/content/2/Texto%20_%20desenvolvimento_sustentavel.pdf

Segurança alimentar e nutricional e qualidade de vida em assentamentos rurais

Os assentamentos rurais referem-se a um novo espaço em formação, onde muitos assentados optam inicialmente pelo plantio de gêneros alimentícios para a sua subsistência e depois para o mercado. Assim, a conquista da terra possui significados que vão desde o resgate à cidadania até a melhoria da condição de vida pela aquisição de bens, produtos e serviços. Nesse sentido, este trabalho objetivou analisar a reforma agrária enquanto uma política capaz de contribuir para a melhoria da qualidade de vida e promoção da Segurança Alimentar e Nutricional das famílias assentadas. Para tanto, foi realizada uma revisão bibliográfica sobre o tema. São apresentados também os resultados preliminares da pesquisa em andamento “Segurança Alimentar no Campo”. Percebeu-se que a pobreza no meio rural tem uma ligação direta com a concentração fundiária. Apesar da precariedade dos assentamentos rurais, a vida dos assentados, quando comparada a de seus pais, está melhor. Além disso, a vida no assentamento possibilita condições de produção para o sustento da família, podendo assim garantir sua Segurança Alimentar e Nutricional.

https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/san/article/view/8634619

A geografia do Uso Agrotóxicos no Brasil e Conexões com a União Europeia

O notável trabalho, e uma obra de coragem da autora, pois nos permite fazer, no entanto, é apontar uma verdade muitas vezes intangível, escondida e evasiva. Um a verdade que não esá bem, que se infiltra no nosso ar, nos nossos rios, nos nossos solos, nas nossas casas, nas nossas veias e pode ser nomeada. Esta marcada. È comercializada e sua venda são impostas aos agricultores pobres. Seus diferentes nomes estão em inglês, francês e alemão. Esses nomes s

Ao infiltrados por laboratórios em Washington, Londres, Paris e Berlim, a partir dos corredores abertos pal vista grossa de governos e inescrupulosos cientistas treinados para focar em problemas imediatos e não em crises globais.

Patentes que retornam lucros a cada novo produto criado e tem como único propósito matar. Fun- ”cida”, hervi- “cida”, Inseti – ”cida”, pesti-“cida”. O sufixo “Cida” tem como sentido literal “matar”. Devemos agora acrescentar homi – “cidio” , infanti-“cidio” , sui- “cidio” e populi – “cidio” . às façanhas desses produtos químicos? infiltração a partir de aviões, dos topos das montanhas aos rios, dos ombros dos trabalhadores às roupas, lares e jardins, da cidade à aldeia e das fabricas aos nossos pratos. Condenados por decisões tomadas em continentes distantes.

Um trabalho corajoso, cuidadosamente exposto sobre as verdades e o significado dos avanços dos agronegócios sabidamente perigrosas onde nos fazem acreditar que a fome, as mudanças climáticas e a pobreza podem ser resolvidas pelos mesmos interesses que causaram esse problemas. A autora nos deixa um alerta na necessidade do uso astuto das certificações de mercado para ocultar a dura realidade que emerge do trabalho da autora. As autoridades lavam suas mãos de toxidade, deixando a escorrer para algum outro lugar, infiltrando-se em outras casas distantes.

https://conexaoagua.mpf.mp.br/arquivos/agrotoxicos/05-larissa-bombardi-atlas-agrotoxico-2017.pdf

REBELIONES INDÍGENAS Y NEGRAS EN AMÉRICA LATINA

A 500 años del llamado “descubrimiento de América”, el gobierno español y sus pares latinoamericanos, apoyados por Estados Unidos y los países de la Comunidad Económica Europea, festejan el gran aniversario. Sin embargo, no
voy a hablar de ese proceso que, iniciado con la llegada de Cristóbal Colón, llevó a la destrucción de culturas, a la usurpación de tierras y riquezas, a la explotación y casi exterminio de los indígenas. Tampoco recordaré que la
conquista se sigue procesando, y que los pueblos latinoamericanos siguen sufriendo la maldición de las riquezas que aún quedan en estas tierras como diría Eduardo Galeano. Que tras el oro, el petróleo, el uranio, se lanzan hambrientas las transnacionales, conquistadoras modernas, descendientes de aquellos que invadieron estos pagos. No quiero recordar eso, ni hablar de los intereses del gobierno español y sus aliados de la OTAN en perpetuar la humillación de nuestro continente utilizando el aniversario como fachada para transformar a España en puerta de entrada de los “inversores” de la CEE hacia América Latina, para lucrar con las privatizaciones. Ni siquiera intentaré rebatir el significado histórico que dan los historiadores colonizados del continente al hecho que denominan “encuentro de dos mundos”.
Prefiero pensar en el Año Uno. El Año Uno es, nada más ni nada menos, el año posterior al del V Centenario. Tal vez el año que comencemos a reconstruir nuestro destino de América Latina, esa gran Patria Grande pluricultural y multiétnica. Avida de soluciones a sus problemas sociales y económicos. Ansiosa de libertades y participación. Con la necesidad imperiosa de transformase en un verdadero nuevo mundo, en el que la solidaridad, la soberanía, y la participación de los pueblos sean reales.
Para que el año uno sea el comienzo transformador, debemos comenzar por rescatar el pasado dormido en las bibliotecas, y contrarrestar una historia resignada de antemano en las escuelas y liceos. Hay que desenterrar la
verdadera historia, liberándola de estatuas, museos y libros empolvados.

http://libreriasdelsur.gob.ve/wp-content/uploads/2023/03/Rebeliones-indiginas.-DIGITAL.pdf

A política nacional de agroecologia e produção orgânica no Brasil : uma trajetória de luta pelo desenvolvimento rural sustentável.

Este livro retrata um pouco da história, dos percalços e das conquistas que mar- caram o processo de construção da Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica no Brasil (Pnapo) – uma política que nasceu das demandas e iniciativas da sociedade civil organizada e foi sendo construída aos poucos, de forma participativa.
Aproveitando os espaços de discussão e a permeabilidade proporcionados pela democratização do Estado brasileiro, os movimentos sociais ligados à agroecologia e à produção orgânica começaram a introduzir as suas pautas na agenda das políticas públicas e a estabelecer, assim, uma parceria com o governo na formulação e gestão de uma política voltada à promoção do desenvolvimento rural sustentável.
Os aprendizados obtidos por meio desse processo, aqui registrados, são importantes, pois geram uma reflexão sobre o modelo de desenvolvimento que queremos para o país e podem contribuir para a concretização e o aperfeiçoamento da democracia brasileira.

https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1080075/a-politica-nacional-de-agroecologia-e-producao-organica-no-brasil–uma-trajetoria-de-luta-pelo-desenvolvimento-rural-sustentavel

Bioeconomia amazônica: uma navegação pelas fronteiras científicas e potenciais de inovação.

“A floresta tem som e ruídos das plantas, do vento, da Curupira. E tudo é música. Até o silêncio é cheio de ruídos”, já dizia o músico Jorge Mautner, quando estava a bordo do projeto Navegar a Amazônia1, em que atuou junto com inúmeras comunidades tradicionais, indígenas e ribeirinhas deste vasto território. Essa natureza – rica em cores,
sons, aromas, em biodiversidade – sempre foi a grande fonte de atenção e inspiração para o conhecimento humano, seja ele tradicional ou científico.
No Brasil, a natureza foi e continua sendo abundante. Somos, sem dúvida, um dos países mais biodiversos do mundo. O bioma amazônico2 é continental, ocupa quase metade do território do país, é compartilhado com países vizinhos e se destaca como um território de megabiodiversidade. O número total de espécies de animais e plantas ainda é um mistério, mas estima-se que existam pelo menos 30-40 mil espécies apenas de plantas.
Esse território apresenta não apenas vida e sons de árvores e bichos, mas é o local onde vivem comunidades de pessoas, que convivem historicamente com essa biodiversidade. É essa interação entre natureza e conhecimentos amazônicos, entre pessoas e o bioma, que se convencionou chamar de sociobiodiversidade.

https://acervo.socioambiental.org/index.php/acervo/documentos/bioeconomia-amazonica-uma-navegacao-pelas-fronteiras-cientificas-e-potenciais-de

Políticas Agroambientais e Sustentabilidade – desafios, oportunidades e lições aprendidas

O agravamento das mudanças climáticas globais, associado a outros problemas, como perda de biodiversidade, escassez de recursos hídricos e poluição ambiental, tem gerado uma crescente necessidade de que o desenvolvimento econômico seja orientado no sentido de garantir a conservação dos recursos naturais e o equilíbrio
ambiental para o bem-estar das gerações atuais e futuras. O setor agropecuário é responsável por significativa parcela dos bens produzidos na economia brasileira, mas também gera importantes impactos ambientais que precisam ser considerados no processo de formulação das políticas de desenvolvimento da produção. Faz- -se necessária, portanto, uma sinergia entre as políticas agrícola e ambiental para que este desenvolvimento ocorra de maneira adequada. Neste contexto, surge a abordagem agroambiental, a qual abrange iniciativas que buscam integrar estas duas políticas setoriais e promover a sustentabilidade da produção agropecuária. Este livro é fruto de um esforço do Ipea, por meio de sua Diretoria de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais (Dirur), visando gerar subsídios para o aprimoramento de políticas públicas voltadas para a minimização dos impactos ambientais do setor agropecuário brasileiro. A ideia de produzir esta publicação partiu da necessidade de se discutirem os desafios e as oportunidades relacionados ao crescimento da produção agropecuária com sustentabilidade.
Os textos aqui reunidos têm o objetivo de mostrar a experiência de alguns programas e projetos de caráter agroambiental desenvolvidos por organizações governamentais e não governamentais no Brasil, ressaltando seus principais resultados e lições aprendidas. Com esta publicação, o Ipea reafirma seu compromisso de difundir conhecimentos e fomentar o debate sobre temas relacionados ao desenvolvimento sustentável brasileiro, em busca da melhora da qualidade e da efetividade das políticas públicas.

https://portalantigo.ipea.gov.br/agencia/index.php?option=com_content&view=article&id=22245

Temas ambientais relevantes

Este trabalho, apresentado originalmente no seminário “Brasil: O País no Futuro – 2022”, é uma contribuição específica para que a modelagem proposta de uma previsão do Brasil nos próximos dezessete anos possa ser pensada e enriquecida com os temas da agenda ambiental, cujo impacto, a nosso ver, é crucial e determinante para o futuro. Em nossa análise, o projeto prospectivo deve levar em conta as consequências políticas, econômicas e sociais das transformações globais e dos biomas brasileiros, as quais fatalmente modificarão os vetores de uma análise simplesmente geopolítica.

https://www.revistas.usp.br/eav/article/view/10125

Uso dos recursos hídricos na expansão sucroenergética em áreas de bioma cerrado

A pesquisa identificou impactos sobre os recursos hídricos ocorridos devido à expansão da cultura de cana-de-açúcar destinada à produção de etanol no bioma Cerrado, onde a prática de irrigação se faz necessária em períodos de déficit hídrico. Essa expansão ocorre devido à maior demanda mundial por etanol, que hoje assume posição de alternativa aos combustíveis fósseis, um dos possíveis responsáveis pelo aquecimento global. Como os critérios relacionados ao uso da água e pressões sobre recursos hídricos são incipientes, sobretudo na fase agrícola da produção de etanol, e cenários futuros sobre mudanças climáticas para a região já apontam aumento de temperatura e variação no regime de chuvas na região, há uma grande necessidade de mensurar e discutir a questão do uso da água na expansão do setor sucroalcooleiro. Para isso, utilizou-se a metodologia da “Pegada Hídrica”, tendo como estudo de caso dois municípios do estado de Goiás: Jataí e Quirinópolis. Esses dois municípios, por serem bastante representativos na dinâmica da expansão da cana, fornecem informações importantes sobre a pressão que esta cultura agrícola vem exercendo no uso da água. Os resultados demonstram que o uso da água para irrigação ainda não compromete os recursos hídricos da região. Porém a expansão da área de cultivo, de acordo com os cenários de mudanças climáticas, afetará esse recurso nos próximos 20 anos devido ao aumento expressivo da demanda. Tais informações podem contribuir para a avaliação de critérios de gestão ambiental relacionados ao uso da água na produção de biocombustíveis, na avaliação da pressão da produção de etanol de cana-de-açúcar sobre os recursos hídricos e na proposição de medidas para redução de impactos sobre esses recursos.

https://repositorio.unicamp.br/Acervo/Detalhe/985653

Utopía y Naturaleza. El nuevo movimiento ecológico de los campesinos e indígenas de América Latina

La especie humana se ve obligada a enfrentar por vez primera en la historia lo que parece ser una amenaza de escala planetaria (la crisis ecológica), y los diferentes sectores sociales se ven obligados a definirse en torno de esta nueva lucha por la supervivencia. ¿Cuál es el significado de las luchas del campesinado, especialmente las de los indígenas, en esta nueva batalla global?; y ¿cómo ellas se están desarrollando en las áreas rurales de Latinoamérica?

https://transecos.files.wordpress.com/2017/09/toledo-campesionos.pdf

UM LUGAR NA CAATINGA: CONSUMO, MOBILIDADE E PAISAGEM NO SEMIÁRIDO DO NORDESTE BRASILEIRO

A região Nordeste do Brasil tem sido vista, ao menos desde finais do século XIX, ora como zona pobre, com base em visões deterministas sustentadas por abordagens simplistas nas quais a desertificação, a seca, a fome e a pobreza são encontradas invariavelmente juntas, ora como região diaspórica, argumentação pautada no fato de incidir, em parte, sob ambiente com características áridas marcado por episódios de seca. Estas tratativas deram forma a um rígido e poderoso corpo discursivo no qual o chamado “sertão” é apresentado como homogêneo, materialmente estático, isolado e degradado. Esta tese busca construir uma narrativa crítica à idéia de estaticidade, pobreza e isolamento dos camponeses do sertão, a partir da análise da materialidade das casas de barro localizadas nos estados de Pernambuco, Piauí e Ceará. Foco é dado às características materiais cotidianas das populações sertanejas ao longo do século XX, ressaltando aspectos relacionados ao consumo, a mobilidade e a paisagem recorrendo a ferramentas da arqueologia do passado contemporâneo, da antropologia rural e da ecologia histórica para mostrar como mudar e continuar o mesmo pode inverter lógicas capitalistas e ter papel fundamental no mundo globalizado.

Palavras Chave: casa, camponeses, sertão, consumo, mobilidade

https://laboratorioterramae.files.wordpress.com/2018/10/souza_rafaeldeabreue_d.pdf

COM O TIME EM CAMPO: MEGAEVENTOS ESPORTIVOS, COPA VERDE E OS CONFLITOS DE UMA AGENDA AMBIENTAL GLOBAL

Este estudo versa sobre os conflitos sociais na arena ambiental da Copa do Mundo do Brasil, em 2014, no contexto da inclusão do Brasil e do BRIC’s no roteiro de megaeventos de abrangência global, e os sentidos sobre sustentabilidade desencadeados nesse processo. Se por um lado, o projeto desenvolvimentista soube incorporar esse elemento na centralidade da realização do evento, como força legitimadora do país hospedeiro às expectativas de países middle-class, a compreensão sobre os movimentos sociais que se organizaram em torno dos megaeventos corrobora estudos recentes sobre coalizões de grupos que, embora ainda de fundo de resistência neoliberal e mantendo uma grande variedade de objetivos, valores e modelos de organização, têm sido capazes de obter a convergência ideológica e compartilha formas de ação, enfatizadas pelas oportunidades oferecidas pelos eventos internacionais, tais como megaeventos.

Dessa forma, a Copa 2014 marcou uma convergência momentânea de grupos e organizações de diferentes orientações ideológicas e estruturas de movimento em oposição a um adversário comum (neste caso, o capitalismo/neoliberalismo), a partir de diferentes características do que está em primeiro plano por cada movimento, tais como a posição dominante das empresas multinacionais, a exclusão das minorias e a destruição do
ambiente, para dar amplitude às denúncias e reivindicações reformistas e denunciar o caráter top-down da promoção da responsabilidade ambiental corporativa como uma encenação de sustentabilidade, numa arena em que os impactos do eventos e as respostas sociais tornaram as contradições impossíveis de serem encobertas pelo agendamento oficial devido ao uso de estratégias de comunicação e conquista da opinião pública por meio das mídias alternativas criadas para ampliar o poder de crítica dos “atingidos pela Copa”.

Palavras-chave: Copa do Mundo (Futebol) (2014: Brasil), Conflito social, Comunicação, Sustentabilidade.

https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/985175

A PAISAGEM DO LITORAL NORTE PAULISTA: UM ENFOQUE INTERDISCIPLINAR NAS RELAÇÕES ENTRE POPULAÇÃO HUMANA E COBERTURA VEGETAL NATIVA

O objetivo desta tese foi analisar como se relacionam dinâmicas populacionais humanas e cobertura vegetal nativa no Litoral Norte Paulista. Para compreender os processos que ocorrem na região e como se comportaram as principais variáveis que impactam o objeto de estudo foram definidas quatro etapas de análise que enfocaram: i) o perfil histórico de processos de ocupação populacional e conservação da cobertura vegetal nativa; ii) as dinâmicas populacionais e econômicas entre 1990 e 2010; iii) as dinâmicas associadas às paisagens ocorridas entre 1990 e 2010; e iv) a correlação espacial entre dados demográficos e classes de uso e cobertura da terra.
Os resultados mostraram que a região passou por diferentes processos de ocupação tendo como vetores principais dois componentes de mudanças das paisagens: os eventos de desenvolvimento socioeconômico e as iniciativas de conservação. As análises das trajetórias das classes de uso e cobertura da terra indicaram que as principais dinâmicas ocorrem entre áreas urbanas, solo exposto e vegetação secundária.

https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/980678

MICRORREALIDADES TRANSFORMADAS PELO TURISMO EM SÃO MIGUEL DO GOSTOSO – RN

O Turismo é uma área essencialmente interdisciplinar, que busca suporte em outras

ciências para consolidação dos seus estudos. Nesta pesquisa, alinhamos a Micro-História e a Teoria de Sistemas Complexos para entender as transformações das microrrealidades do município de São Miguel do Gostoso (Rio Grande do Norte).
Microrrealidades são histórias de pessoas comuns que traduzem e elucidam aspectos microscópicos de uma realidade. Objetivou-se analisar como o contexto sociocultural, ambiental e econômico de uma localidade, pode ser transformado pelo fenômeno turístico. Como pilar metodológico optou-se pela pesquisa qualitativa. Realizou-se 52 entrevistas semiestruturadas com quatro grupos de atores (Donos de escolas e/ou guarderias de esporte à vela; constituintes do poder público municipal; integrantes de associações, ONG’s e/ou comitês; representação religiosa e grupo de moradores com representatividade na história local). As imersões de campo ocorreram entre 2014 e 2016. Além disso, utilizou-se de observação direta participante, análise documental e material audiovisual. Os resultados da pesquisa ressaltam que houve transformações relevantes nas microrrealidades dos entrevistados.

https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/979522

GEOPOLÍTICA DOS RECURSOS NATURAIS ESTRATÉGICOS NA AMÉRICA DO SUL Bernardo Salgado RODRIGUES1

Para que uma inserção internacional soberana de uma nação seja viável, deve-se necessariamente dispor de autonomia elevada para decidir acerca de suas políticas internas e também que envolvam o seu relacionamento com outros países. Para tanto, deve-se buscar independência econômica, política e cultural; ser capaz de fazer e refazer trajetórias, visando reverter processos antigos de inserção subordinada e desenhar sua própria história. A análise histórica da inserção sul-americana no sistema capitalista mundial aponta quais são as alternativas para que haja uma autonomia e soberania plenas dos países da região em sua formulação de políticas públicas, tendo como objeto de análise a geopolítica dos recursos naturais estratégicos.
A partir dos ciclos do sistema capitalista, há uma necessidade de se pensar os ciclos da inovação científico-tecnológica com relação ao uso, à transformação, à apropriação, ao consumo e demanda dos recursos naturais, no qual a sua soberania é imprescindível para o rompimento com a dependência tecnológica sul-americana, para sua inserção nos próximos ciclos econômicos e de inovação, promovendo um modelo de desenvolvimento social e econômico com justiça social.

Palavras-chave: Geopolítica. América do Sul. Recursos naturais estratégicos. Soberania. Desenvolvimento.

https://periodicos.fclar.unesp.br/perspectivas/article/download/6248/6007/24980

GEOGRAFIA DO USO DE AGROTÓXICOS NO BRASIL E CONEXÕES COM A UNIÃO EUROPEIA

Existe uma infiltração há muitas gerações. Uma infiltração que começou com o cercamento na inglaterra, os quais criaram inquilinos, servos o os martírios das pessoas rurais. Nas Terras Altas Escocesas, as varreduras substituíram famílias por ovelhas, utilizando algumas dessas pessoas espoliadas para preencher a linha de frente dos exércitos coloniais e banindo o restante delas. A infiltração que disse aos irlandeses para ir ao inferno o a Connaught, a parte mais rochosa da 1ª colônia mundial, onde os ventos do atlântico vai mesmo o solos mais finos. A infiltração então poluiu esse grande oceano à medida que os poderes disputavam entre si por vantagens contra essas limitações – armas e navios envenenados contra a própria natureza, o progresso marcado nas costas dos escravizados. A modernidade significou assassinato, o desenvolvimento significou selvageria, a ciência foi o racismo, a salvação significou enfermidade. As populações foram condenadas por decisões tomadas em continentes distantes.

https://ecotoxbrasil.org.br/comunicacao-cientifica/8/atlas-geografico-do-uso-de-agrotoxicos-no-brasil-e-conexoes-com-a-uniao-europeia/

USO E GESTÃO FLORESTAL NA RESERVA DE BIOSFERA CIÉNAGA DE ZAPATA, CUBA: INFLUÊNCIA DAS INTERAÇÕES HOMEM- FLORESTA NAS CARACTERÍSTICAS SOCIOAMBIENTAIS ATUAIS

A pesquisa tem como objeto de estudo a análise das relações que se estabelecem entre o sistema social e ecológico dentro de uma Reserva de Biosfera (RB) em Cuba, a partir do uso dos recursos florestais. A RB Ciénaga de Zapata é um cenário complexo que apresenta valiosos recursos naturais, cuja propriedade da terra é fundamentalmente estatal e apresenta uma gestão centralizada dirigida pelo Estado, que tenta priorizar o bem-estar humano. Pretende se compreender a partir de uma abordagem interdisciplinar os mecanismos de retroalimentação entre os domínios social e ecológico, para fundamentar o entendimento dos fatores que impedem ou facilitam o uso sustentável dos recursos florestais dentro da reserva de Biosfera.

O principal objetivo de este trabalho foi identificar e analisar os fatores chaves que influenciam (negativa ou positivamente) o uso e gestão sustentável dos recursos florestais da RB Ciénaga de Zapata. Foram utilizados levantamentos de campo e dados dos projetos de ordenação florestal para a análise das características da
floresta, assim como foram aplicados entrevistas semi-estruturadas e questionários aos atores chaves relacionados com a gestão florestal na área, para identificar e analisar o funcionamento dos arranjos institucionais na prática.

https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/986754

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: uma discussão ambiental e social Carla Montefusco de Oliveira

As discussões em torno da temática da sustentabilidade surgem a partir da necessidade de se repensar uma interação fundamental à existência humana – a relação homem/ natureza. O descompasso existente entre a utilização e a preservação do meio-ambiente gera um modelo de “desenvolvimento” econômico que reflete em problemas sócio-ambientais de grande magnitude.
Na busca pela construção de rumos alternativos para a história, a dimensão de sustentabilidade deve estar presente nas diversas esferas da sociedade, indo desde a preservação ambiental, passando pela defesa da democracia e pela garantia da vida humana.

Palavras- chave: sustentabilidade, desenvolvimento social, preservação
ambiental.

 

https://www.joinpp.ufma.br/jornadas/joinppIII/html/Trabalhos/EixoTematicoI/b181e2fe3f9b7a09d90e_Carla%20Montefusco%20de%20Oliveira.pdf

Utilização de recursos audiovisuais em uma estratégia flexquest sobre radioatividade

O presente estudo apresenta uma pesquisa realizada em uma escola da rede privada da cidade do Recife, com alunos do 1° Ano do Ensino Médio. Um dos focos desta pesquisa é o estudo da incorporação de vídeos televisivos na estratégia FlexQuest „Radioatividade‟. Para a pesquisa inicial foi realizada uma busca por vídeos dispostos em programas de televisão que apresentassem informações baseadas no saber científico. Diante dos dados obtidos foram
realizadas categorias para melhor utilizá-los durante a construção da estratégia. A FlexQuest incorpora, dentro da WebQuest, a Teoria da Flexibilidade Cognitiva (TFC), que é uma teoria de ensino, aprendizagem e representação do conhecimento, objetivando a proposição de estratégias para aquisição de níveis avançados do conhecimento. A partir de uma abordagem qualitativa, com uso de questionários, entrevistas e observações, foram realizadas
intervenções através da aplicação da estratégia FlexQuest „Radiaotividade‟ tendo com eixo norteador, a análise das travessias de paisagem que os alunos conseguiram realizar no decorrer da realização das tarefas solicitadas. Os resultados da pesquisa revelaram que a FlexQuest „Radioatividade‟ comporta recursos audiovisuais; além disso esses recursos possibilitam aprendizagem desde que incorporados em estratégias bem estruturadas dentro de
uma proposta construtivista de ensino e aprendizagem. Neste sentido, constitui-se uma estratégia eficaz para nível introdutório ou estimulador para o entendimento das aplicações da radioatividade.

 

http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/bitstream/tede2/5870/2/Flavia%20Cristina%20Gomes%20Catunda%20de%20Vasconcelos.pdf

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