Bioeconomia amazônica: uma navegação pelas fronteiras científicas e potenciais de inovação.

“A floresta tem som e ruídos das plantas, do vento, da Curupira. E tudo é música. Até o silêncio é cheio de ruídos”, já dizia o músico Jorge Mautner, quando estava a bordo do projeto Navegar a Amazônia1, em que atuou junto com inúmeras comunidades tradicionais, indígenas e ribeirinhas deste vasto território. Essa natureza – rica em cores,
sons, aromas, em biodiversidade – sempre foi a grande fonte de atenção e inspiração para o conhecimento humano, seja ele tradicional ou científico.
No Brasil, a natureza foi e continua sendo abundante. Somos, sem dúvida, um dos países mais biodiversos do mundo. O bioma amazônico2 é continental, ocupa quase metade do território do país, é compartilhado com países vizinhos e se destaca como um território de megabiodiversidade. O número total de espécies de animais e plantas ainda é um mistério, mas estima-se que existam pelo menos 30-40 mil espécies apenas de plantas.
Esse território apresenta não apenas vida e sons de árvores e bichos, mas é o local onde vivem comunidades de pessoas, que convivem historicamente com essa biodiversidade. É essa interação entre natureza e conhecimentos amazônicos, entre pessoas e o bioma, que se convencionou chamar de sociobiodiversidade.

https://acervo.socioambiental.org/index.php/acervo/documentos/bioeconomia-amazonica-uma-navegacao-pelas-fronteiras-cientificas-e-potenciais-de

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