[ARTIGO] As representações sociais no cinema documentário: uma análise dos filmes Chico Mendes – Eu quero viver e Migrantes

Titulo: As representações sociais no cinema documentário: uma análise dos filmes Chico Mendes – Eu quero viver e Migrantes

Autores: Perola Virginia de Clemente Mathias e Lucas Silva Moreira

Ano: 2009.

Resumo: No presente texto analisa-se a representação das questões agrárias na Amazônia e a questão da migração de trabalhadores rurais nordestinos a partir da linguagem cinematográfica. Observa-se especificamente esta questão de terras e a questão ambiental presente no filme documentário “Chico Mendes – eu quero viver” e a problematização da saga nordestina da migração no filme “Migrantes”. O cinema, de um modo geral, como forma de expressão artística, se constitui como uma representação da realidade, do mundo objetivo. É representação porque o que é apresentado pelo cinema, do outro lado da tela, não é a realidade em si, mas uma forma de apreensão desta através de registros imagéticos que, por sua vez, fazem parte do campo de visão de quem decide fazer tal registro. A representação, para chegar até nós como produto a ser conhecido, teve que passar por todo um processo técnico, dos quais participam os aparatos materiais que envolvem a produção cinematográfica. Além disto, há o tratamento subjetivo da realidade por parte de quem produz o filme, e o que nos é apresentado ali é uma forma de ver um determinado acontecimento, fato ou história, que não pode ser esgotado pelo espectador em todas as suas faces. Assim, um misto de discurso e imagem torna o cinema – e o filme em si – uma forma materializada de símbolos.

Artigo Completo: Artigo – As representações sociais no cinema uma análise dos filmes Chico Mendes – Eu quero viver e Migrantes – Perola Virginia de Clemente Mathias

[TESE] A RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA E A DITADURA DA FLORESTA

Titulo: A RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA E A DITADURA DA FLORESTA

Autor (a): Rolf Bateman

Orientador (a): Thomas Michael Lewinsohn

Data de defesa: 29/03/2016

Resumo: Embora o conhecimento para a restauração ecológica tenha se ampliado consideravelmente nos últimos 30 anos, a ciência e as práticas relacionadas ainda são bastante incipientes. No Brasil a restauração se iniciou em ecossistemas florestais na Mata Atlântica, há cerca de 150 anos. A atividade se estendeu a outros biomas conforme cresceram o interesse social, as exigências legais e os estudos científicos relacionados. A fim de identificar diferenças entre projetos de restauração de ecossistemas florestais e não-florestais desenvolvidos na atualidade, examinamos 75 projetos de restauração ecológica. Métodos aplicados por diferentes instituições (empresas, ONGs, entidades governamentais e proprietários de terra) e com diferentes motivações (pesquisa, exigências legais e voluntariado) foram examinados nos biomas Mata Atlântica, Cerrado e Campos Sulinos através de entrevistas, atividades de campo e análise documental. De forma geral, os métodos usados por restauradores de ecossistemas nos três biomas são semelhantes, apesar das diferentes características ecológicas entre seus ambientes. Diferentes motivações também não determinaram a aplicação de métodos de restauração distintos. Quanto às instituições, no entanto, a diversidade e inovação das técnicas aplicadas são maiores quando universidades e centros de pesquisa estão envolvidos. O plantio de mudas arbóreas, embora mais oneroso do que outras técnicas aplicáveis e nem sempre o mais adequado, é o método mais utilizado e recomendado. A preferência pelas árvores em detrimento a outros organismos impõe o estabelecimento das florestas mesmo nos biomas onde os ecossistemas de vegetação aberta prevalecem. Sugerimos que a repetição de procedimentos em circunstâncias distintas é fruto de problemas no fluxo de informações entre instituições, da força das tradições e tem origens históricas e econômicas

Palavras Chave: Ecologia de restauração Biodiversidade – Brasil, Sul Cerrados – Brasil Mata Atlantica – Aspectos ambientais

Link: Bateman_Rolf_D

[TESE] VELHOS CAMINHOS, NOVAS NARRATIVAS: A ROTA PEDESTRE PASSOS DOS JESUÍTAS – ANCHIETA, NATUREZA E SOCIEDADE NO LITORAL DE SÃO PAULO.

Título: VELHOS CAMINHOS, NOVAS NARRATIVAS: A ROTA PEDESTRE PASSOS DOS JESUÍTAS – ANCHIETA, NATUREZA E SOCIEDADE NO LITORAL DE SÃO PAULO.

Autor (a): Patrícia Nunes da Silva Mariuzzo

Orientador (a): Aline Vieira de Carvalho

Data de defesa: 16/11/2016

Resumo: Em diálogo com o campo história cultural e história ambiental, a partir de uma perspectiva interdisciplinar, essa pesquisa teve como objetivo analisar a construção de narrativas oficiais sobre determinadas materialidades urbanas; arquitetadas com finalidade explícita de criar o patrimônio cultural e rotas turísticas específicas (dentro do contexto de mercantilizarão da cultura e do próprio patrimônio cultural). A metodologia se baseou em uma abordagem qualitativa, com opção pelo estudo de caso e pesquisa de campo. Nosso ponto de partida foi a crença de que o patrimônio ¿ seja ele cultural ou natural ¿ é uma construção discursiva que tem efeitos concretos que podem ser vivenciados pelos indivíduos, sejam eles da comunidade local ou turistas.

Palavras Chave: Turismo cultural Ecoturismo Peregrinos e peregrinações Narrativas Interpretação do patrimônio natural e cultural.

Link: Mariuzzo_PatriciaNunesdaSilva1972-_D

[TESE] DE COPENHAGUE A PARIS: A POLÍTICA AGRÍCOLA DE MUDANÇA DO CLIMA NO BRASIL E A FUNÇÃO DA ADAPTAÇÃO COMO AGENTE TRANSFORMACIONAL

Titulo: DE COPENHAGUE A PARIS: A POLÍTICA AGRÍCOLA DE MUDANÇA DO CLIMA NO BRASIL E A FUNÇÃO DA ADAPTAÇÃO COMO AGENTE TRANSFORMACIONAL

Autor (a): Gustavo Barbosa Mozzer

Orientador (a): Simone Aparecida Vieira

Data de defesa: 03/10/2016

Resumo: Este trabalho discute a adequabilidade da política brasileira de mudança do clima, como promotora de ações estruturantes de adaptação. Analisamos, no contexto do processo de implementação da UNFCCC, a relação Norte-Sul, no que se refere ao suporte para o desenvolvimento de políticas públicas. Argumentamos que a política internacional tem contribuído para criar distorções, induzindo países em desenvolvimento a priorizarem agendas focadas em mitigação de emissões de gases de efeito estufa em detrimento de investimentos estruturantes de longo prazo em adaptação. Estudamos o caso brasileiro com a implementação do Plano ABC, e nesse contexto, avaliamos como técnicos em extensão rural e pecuaristas de Minas Gerais têm percebido benefícios decorrentes da implementação da tecnologia de recuperação de pastagens degradadas, incentivada por meio da linha ABC-Recuperação, em especial possíveis efeitos associados à produtividade e capacidade adaptativa dos sistemas produtivos. O estado de Minas Gerais foi selecionado para esse estudo em função do elevado nível de adoção do Plano ABC observado até o ano de 2013. O estudo foi executado em duas etapas, abrangendo nove mesorregiões de MG. Inicialmente, foi avaliado como técnicos em extensão rural percebem a mudança do clima e seus efeitos sobre a atividade de produção pecuária, além do impacto da adoção da linha ABC-Recuperação. Na segunda etapa do estudo, pecuaristas que já haviam adotado a linha ABC-Recuperação foram entrevistados com o objetivo de avaliar sua intenção comportamental de manter ou incrementar a recuperação de pastagens degradadas a médio/longo prazo. De modo complementar, séries históricas de dados meteorológicos colhidos entre 1960 e 2010 nas mesorregiões estudadas foram avaliadas quanto ao padrão de flutuação de temperatura, precipitação e umidade relativa.

Palavras Chave: Mudança do clima, PNMC, adaptação, Programa ABC, Pecuária, Risco.

Link: Mozzer_GustavoBarbosa_D

[TESE] MICRORREALIDADES TRANSFORMADAS PELO TURISMO EM SÃO MIGUEL DO GOSTOSO – RN

Titulo: MICRORREALIDADES TRANSFORMADAS PELO TURISMO EM SÃO MIGUEL DO GOSTOSO – RN

Autor (a): Esdras Matheus Silva Matias

Orientador (a): Aline Vieira de Carvalho

Coorientador: Benjamin OretizEspejel

Data de defesa: 01/02/2017

Resumo: O Turismo é uma área essencialmente interdisciplinar, que busca suporte em outras ciências para consolidação dos seus estudos. Nesta pesquisa, alinhamos a Micro-História e a Teoria de Sistemas Complexos para entender as transformações das microrrealidades do município de São Miguel do Gostoso (Rio Grande do Norte). Microrrealidades são histórias de pessoas comuns que traduzem e elucidam aspectos microscópicos de uma realidade. Objetivou-se analisar como o contexto sociocultural, ambiental e econômico de uma localidade, pode ser transformado pelo fenômeno turístico. Como pilar metodológico optou-se pela pesquisa qualitativa. Realizou-se 52 entrevistas semiestruturadas com quatro grupos de atores (Donos de escolas e/ou guardarias de esporte à vela; constituintes do poder público municipal; integrantes de associações, ONG e/ou comitês; representação religiosa e grupo de moradores com representatividade na história local). As imersões de campo ocorreram entre 2014 e 2016. Além disso, utilizou-se de observação direta participante, análise documental e material audiovisual. Os resultados da pesquisa ressaltam que houve transformações relevantes nas microrrealidades dos entrevistados. Dois fatos foram importantes para entender essas mudanças: a emancipação do município em 1993 e a chegada da primeira escola de kite surf nos anos 2000, que fomentou o turismo náutico. Os impactos mais proeminentes foram: esvaziamento das tradições culturais, aumento da especulação imobiliária e do custo de vida, poluição sonora, problemas de coleta de lixo e gestão dos recursos hídricos. Por outro lado, contribuições positivas foram enumeradas quanto à pluralidade de culturas, sensibilização e educação ambiental, visibilidade da cidade, conscientização política e engajamento socioambiental. Concluiu-se que as questões de ordem macro, como as políticas públicas de turismo no Nordeste, foram determinantes na reconfiguração das microrrealidades dos moradores locais. As microrrealidades socioculturais, econômicas e ambientais foram transformadas pelo fluxo turístico, definindo o turismo como a principal atividade econômica da região, relocando as forças de trabalho e projetando o município para o mundo.

Link: Matias_E.M.S_D

http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/321763

[TESE – DIGITAL] UM LUGAR NA CAATINGA: CONSUMO, MOBILIDADE E PAISAGEM NO SEMIÁRIDO DO NORDESTE BRASILEIRO.

Titulo: UM LUGAR NA CAATINGA: CONSUMO, MOBILIDADE E PAISAGEM NO SEMIÁRIDO DO NORDESTE BRASILEIRO.

Autor (a): Rafael Abreu de Souza

Orientador (a): Aline Vieira de Carvalho

Coorientador: Célia Regina Tomiko Futemma

Data de defesa: 29/03/2017

Resumo: A região Nordeste do Brasil tem sido vista, ao menos desde finais do século XIX, ora como zona pobre, com base em visões deterministas sustentadas por abordagens simplistas nas quais a desertificação, a seca, a fome e a pobreza são encontradas invariavelmente juntas, ora como região diaspórica, argumentação pautada no fato de incidir, em parte, sob ambiente com características áridas marcado por episódios de seca. Estas tratativas deram forma a um rígido e poderoso corpo discursivo no qual o chamado “sertão” é apresentado como homogêneo, materialmente estático, isolado e degradado. Esta tese busca construir uma narrativa crítica à idéia de estaticidade, pobreza e isolamento dos camponeses do sertão, a partir da análise da materialidade das casas de barro localizadas nos estados de Pernambuco, Piauí e Ceará. Foco é dado às características materiais cotidianas das populações sertanejas ao longo do século XX, ressaltando aspectos relacionados ao consumo, a mobilidade e a paisagem recorrendo a ferramentas da arqueologia do passado contemporâneo, da antropologia rural e da ecologia histórica para mostrar como mudar e continuar o mesmo pode inverter lógicas capitalistas e ter papel fundamental no mundo globalizado.

Palavras Chave:  casa, camponeses, sertão, consumo, mobilidade.

Link: Souza_RafaelDeAbreuE_D

http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/324280

[TESE] A PAISAGEM DO LITORAL NORTE PAULISTA : UM ENFOQUE INTERDISCIPLINAR NAS RELAÇÕES ENTRE POPULAÇÃO HUMANA E COBERTURA VEGETAL NATIVA

Titulo: A PAISAGEM DO LITORAL NORTE PAULISTA : UM ENFOQUE INTERDISCIPLINAR NAS RELAÇÕES ENTRE POPULAÇÃO HUMANA E COBERTURA VEGETAL NATIVA

Autor (a): Raquel Carnivalle Silva Melillo

Orientador (a): Mateus Batistella

Data de defesa: 31/03/2017

Resumo: O objetivo desta tese foi analisar como se relacionam dinâmicas populacionais humanas e cobertura vegetal nativa no Litoral Norte Paulista. Para compreender os processos que ocorrem na região e como se comportaram as principais variáveis que impactam o objeto de estudo foram definidas quatro etapas de análise que enfocaram: i) o perfil histórico de processos de ocupação populacional e conservação da cobertura vegetal nativa; ii) as dinâmicas populacionais e econômicas entre 1990 e 2010; iii) as dinâmicas associadas às paisagens ocorridas entre 1990 e 2010; e iv) a correlação espacial entre dados demográficos e classes de uso e cobertura da terra. Os resultados mostraram que a região passou por diferentes processos de ocupação tendo como dois vetores principais de mudanças das paisagens: os eventos de desenvolvimento socioeconômico e as iniciativas de conservação. As análises das trajetórias das classes de uso e cobertura da terra indicaram que as principais dinâmicas ocorrem entre áreas urbanas, solo exposto e vegetação secundária. A área urbana foi a classe que mais expandiu, no entanto, os dados indicaram que este processo ocorreu a partir de áreas urbanas já existentes e não de maneira esparsa. Em relação à cobertura vegetal nativa, as análises indicaram fragmentação das classes de floresta ombrófila densa, vegetação secundária e restinga. Ao correlacionar os dados demográficos e as classes de uso e cobertura foram possíveis concluir que a acomodação do crescimento populacional nas áreas urbanas ocorreu tanto por adensamento quanto por espalhamento

Palavras Chave: Dinâmica de vegetação Mapas de uso da terra População

Link: Melillo_RaquelCarnivalleSilva_D

[TESE] ENTRE A MONOCULTURA E A DIVERSIDADE: ALTERNATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO RURAL DA REGIÃO DE TOMÉ-AÇU, PARÁ

Titulo: ENTRE A MONOCULTURA E A DIVERSIDADE: ALTERNATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO RURAL DA REGIÃO DE TOMÉ-AÇU, PARÁ

Autor (a): Ana Claudia Rocha Braga

Orientador (a): Célia Regina Tomiko Futemma

Coorientador: Aline Vieira de Carvalho

Data de defesa: 31/03/2017

Resumo: Ao meio rural cabe, hoje, resolver um dos maiores desafios da humanidade: produzir alimento, biocombustíveis e fibras conservando a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos. Para alcançar tal desafio é necessário um novo entendimento sobre os agrossistemas, que integre aspectos econômicos, sociais e ambientais em múltiplas escalas espaciais e temporais. O arcabouço conceitual da resiliência tem sido empregado com sucesso nestas situações. Em agrossistemas a resiliência está fortemente relacionada às opções de manejo em uma unidade produtiva (UP), que por sua vez são fortemente influenciadas pela percepção do agricultor frente às oportunidades e desafios decorrentes das pressões econômicas, sociais, políticas e ambientais de diferentes escalas. O objetivo central desse estudo foi entender quais características das UPs lhes conferem maior resiliência, com foco na influência dos capitais social, humano e natural. Avaliou-se em particular os efeitos das diferentes ações de assistência técnica e extensão rural (ATER) coexistentes na região (organizações públicas, privadas e da sociedade civil), bem como as modificações nos sistemas produtivos de UPs parceiras do setor privado para a produção de dendê; além das características internas das UPs que delineiam sua dinâmica, bem como suas relações com as demais escalas. Para tal foi selecionada como área de estudo a região de Tomé-Açu – PA, por ser foco do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB) e possuir particular histórico regional. Assim, foram conduzidas entrevistas semiestruturadas com agricultores, técnicos e funcionários de empresas plantadoras de dendezeiro, poder público local, pesquisadores e agentes de ATER.

Palavras Chave: resiliência de agrossistemas, biodiesel, dendê, sistemas agroflorestais, ATER

Link: _Braga_AnaClaudiaRocha_D

http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/322735

[TESE – DIGITAL] – USO E GESTÃO FLORESTAL NA RESERVA DE BIOSFERA CIÉNAGA DE ZAPATA, CUBA: INFLUÊNCIA DAS INTERAÇÕES HOMEMFLORESTA NAS CARACTERÍSTICAS SOCIOAMBIENTAIS ATUAIS.

Titulo: USO E GESTÃO FLORESTAL NA RESERVA DE BIOSFERA CIÉNAGA DE ZAPATA, CUBA: INFLUÊNCIA DAS INTERAÇÕES HOMEMFLORESTA NAS CARACTERÍSTICAS SOCIOAMBIENTAIS ATUAIS.

Autor (a): Arelys Sotillo Enriquez

Orientador (a): EMILIO FEDERICO MORAN

Coorientador: CARLOS ALFREDO JOLY

Data de defesa: 12/07/2017

A pesquisa tem como objeto de estudo a análise das relações que se estabelecem entre o sistema social e ecológico dentro de uma Reserva de Biosfera (RB) em Cuba, a partir do uso dos recursos florestais. A RB Ciénaga de Zapata é um cenário complexo que apresenta valiosos recursos naturais, cuja propriedade da terra é fundamentalmente estatal e apresenta uma gestão centralizada dirigida pelo Estado, que tenta priorizar o bem-estar humano. Pretende-se compreender a partir de uma abordagem interdisciplinar os mecanismos de retroalimentação entre os domínios social e ecológico, para fundamentar o entendimento dos fatores que impedem ou facilitam o uso sustentável dos recursos florestais dentro da reserva de Biosfera.

Link: Enriquez_ArelysSotillo_D

http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/325576

[TESE – DIGITAL] – COM O TIME EM CAMPO:: MEGAEVENTOS ESPORTIVOS, COPA VERDE E OS CONFLITOS DE UMA AGENDA AMBIENTAL GLOBAL

Titulo: COM O TIME EM CAMPO:: MEGAEVENTOS ESPORTIVOS, COPA VERDE E OS CONFLITOS DE UMA AGENDA AMBIENTAL GLOBAL

Autor (a): Michelle da Costa Portela

Orientador (a): Lúcia da Costa Ferreira

Data de defesa: 30/05/2017

Resumo: Este estudo versa sobre os conflitos sociais na arena ambiental da Copa do Mundo do Brasil, em 2014, no contexto da inclusão do Brasil e do BRIC’s no roteiro de megaeventos de abrangência global, e os sentidos sobre sustentabilidade desencadeados nesse processo. Se por um lado, o projeto desenvolvimentista soube incorporar esse elemento na centralidade da realização do evento, como força legitimadora do país hospedeiro às expectativas de países middle-class, a compreensão sobre os movimentos sociais que se organizaram em torno dos megaeventos corrobora estudos recentes sobre coalizões de grupos que, embora ainda de fundo de resistência neoliberal e mantendo uma grande variedade de objetivos, valores e modelos de organização, têm sido capazes de obter a convergência ideológica e compartilha formas de ação, enfatizadas pelas oportunidades oferecidas pelos eventos internacionais, tais como megaeventos.

Palavras Chave: Copa do Mundo (Futebol) (2014: Brasil), Conflito social, Comunicação, Sustentabilidade.

Link: Portela_MichelleDaCosta_D

[DISSERTAÇÃO] MEIO AMBIENTE: Uma interação em construção pelo som e imagem

Titulo: MEIO AMBIENTE Uma interação em construção pelo som e imagem

Autora: Kellen Maria Junqueira

Orientador : Antonio Fernando da Conceição Passos

RESUMO

Análise de um conjunto de vídeos e filmes documentários retratando a questão ambiental, alguns convencionais e outros identificados como poéticos. Discute-se a postura do realizador diante da linguagem utilizada na obra, a relação que este estabelece com o protagonista e/ou a comunidade retratada, bem como com o espectador. Aponta-se o respeito pelo outro, assim como o encontro de singularidades, a do realizador e a da situação abordada, como condição para elaborar uma linguagem mais interativa, que envolva e estimule cada um a participar da equação dos problemas ambientais vividos por nossa sociedade, promovendo emancipação social e cidadania.

Link: Dissertação – Junqueira_KellenMaria_M

http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/284188

[DISSERTAÇÃO – DIGITAL] DOCUMENTÁRIO E MEIO AMBIENTE NO BRASIL: Uma proposta de leitura ecologizante.

Titulo: DOCUMENTÁRIO E MEIO AMBIENTE NO BRASIL: Uma proposta de leitura ecologizante.

Autora: Janaína Welle

Ano 1982

RESUMO

Esta pesquisa tem como objetivo refletir sobre as representações fílmicas do meio ambiente e suas relações com os organismos que o constituem em suas diversas esferas. Inicialmente nos debruçamos sobre a categoria de cinema ambiental e apresentamos ao leitor a retrospectiva de um vasto leque de documentários brasileiros que, ao longo da história do cinema em nosso país, trazem em sua estrutura narrativa e estética, de maneira explícita ou tangencial, questões ambientais. Tendo em vista que o conceito de cinema ambiental é bastante impreciso e se rearranja de acordo com critérios e fronteiras estabelecidos por cada autor ou instituição e/ou com o locus em que se dá a exibição do filme, apresentamos como metodologia de investigação dessas questões nossa proposta de leitura ecologizante dos filmes, que pode ser aplicada, a princípio, na análise de qualquer obra audiovisual. Finalmente, empregamos a leitura ecologizante à análise de três documentários brasileiros: Aboio (2005), de Marília Rocha; Terra deu, terra come (2011), de Rodrigo Siqueira, e As hiper mulheres (2012), dirigido por Carlos Fausto, Leonardo Sette e Takumã Kuikuro. Para a leitura de cada um desses documentários buscamos jogar luz sobre aspectos representativos das questões ambientais que vão além da temática central de cada filme. Em Aboio privilegiamos as relações entre cinema e animal; em Terra deu, terra come os jogos e o feitiço presentes nas tradições e no cinema e, em As hiper mulheres, as relações entre cosmologia e ecologia na comunidade Kuikuro.

Dissertação Completa: Dissertação – Welle_Janaina_M

http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/285174

[DISSERTAÇÃO] O CINEMA AMBIENTAL CONTEMPORÂNEO EM QUESTÃO: CRÔNICA DA LUTA POR RECONHECIMENTO DOS DIREITOS HUMANOS DE TERCEIRA GERAÇÃO

Titulo: O CINEMA AMBIENTAL CONTEMPORÂNEO EM QUESTÃO: CRÔNICA DA LUTA POR RECONHECIMENTO DOS DIREITOS HUMANOS DE TERCEIRA GERAÇÃO

Autor: Paulo César Da Costa Heméritas

Ano: 2011

RESUMO

Defesa de dissertação apresentada ao Centro de Ciências do Homem da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro como requisito parcial à obtenção do título de mestre em
Cognição e Linguagem A presente dissertação versa sobre a trajetória das produções de cinema sob viés ambiental realizadas a partir dos anos 60, gênese dos movimentos sociais “verdes”. O trabalho apresenta o diálogo entre as produções fílmicas e os conceitos de luta por reconhecimento e direitos humanos de terceira geração, reivindicações relativas à integridade do Ambiente.

Dissertação Completa: Dissertação – O Cinema Ambiental Contemporaneo em Questão – Autor Paulo C. da Costa Hêmeritas

UENF – UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE FLUMINENSE DARCY
RIBEIRO – Campos dos Goytacazes – RJ

[TESE] FAMÍLIA, TRABALHO E TERRA: SEMENTES DA AUTONOMIA NA AGRICULTURA EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS DO VALE DO RIBEIRA PARANAENSE

FAMÍLIA, TRABALHO E TERRA: SEMENTES DA AUTONOMIA NA AGRICULTURA EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS DO VALE DO RIBEIRA PARANAENSE

Aluno: Lourival de Moraes Fidelis

Orientadora: Profa. Dra. Sonia Maria Pessoa Pereira Bergamasco

RESUMO

A cada ano, mais Comunidades Remanescentes de Quilombos requerem seu autorreconhecimento, aumentando em número e ampliando as regiões em que estas comunidades tradicionais se localizam. Observa-se por todo o território brasileiro quase 5000 comunidades distribuídas por 23 dos 26 estados da federação, demonstrando a imensa capilaridade distributiva destes camponeses. A dispersão pela qual passaram estes remanescentes de quilombo tomaram caminhos e estratégias diversas ao ocuparem suas terras, formarem suas famílias, forjarem seu trabalho em torno da agricultura para o sustento familiar, fortalecendo-as através da posse de sementes e mudas crioulas selecionadas para as especificidades edafoclimáticas, socioeconômicas, ambientais e culturais de cada região. Este trabalho de tese teve por objetivo estudar a família, o trabalho, a terra quilombola e as sementes e mudas crioulas nas Comunidades Remanescentes de Quilombos: Córrego das Moças, Sete Barras e João Surá, no município de Adrianópolis, Vale do Ribeira paranaense. Estas dimensões foram estudadas a partir dos referenciais teóricos da sociologia rural, da etnografia e da agroecologia. Para alcançar este objetivo, trabalhou-se com a metodologia qualitativa utilizando principalmente questionários semiestruturados e entrevistas abertas, leitura da realidade e vivência nas comunidades estudadas. As análises das dimensões: família, trabalho, terra e as sementes e mudas crioulas nas Comunidades Quilombolas demonstram que há elementos cruciais que os diferenciam como camponeses, mas demonstram que estes sujeitos também estão ligados à sociedade moderna, através das mudanças contínuas que sofrem ao adaptar para a sua realidade as novidades e modernidades da contemporaneidade sem se descaracterizar como camponeses.

Palavras Chaves:  Quilombos Quilombolas Quilombos – Vale do Ribeira (SP)

Link: TESE 1

http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/256751

[TESE] REFORMA AGRÁRIA E SEGURANÇA ALIMENTAR EM ASSENTAMENTOS RURAIS: O caso do Horto Vergel, Mogi Mirim/SP

REFORMA AGRÁRIA E SEGURANÇA ALIMENTAR EM ASSENTAMENTOS RURAIS: O caso do Horto Vergel, Mogi Mirim/SP

Aluna: Iris Cecilia Ordoñez Guerrero

Orientadora: Profa. Dra. Sonia Maria Pessoa Pereira Bergamasco

RESUMO

Diante do iminente processo de emergência do Brasil e a existência de milhões de famílias que ficaram fora deste processo, conhecer e entender a Reforma Agrária do País converte-se num fato de considerável importância social e científica. Diante disto, este trabalho tem como objetivo principal contribuir na promoção e no melhor entendimento da multidimensionalidade da política de Reforma Agrária a partir do olhar dos beneficiários. Busca conhecer e analisar a Reforma Agrária do Brasil por meio de sua materialização em Assentamentos rurais e junto às famílias assentadas; analisar o caminhar desta política por meio da sua implementação no Assentamento Horto Vergel, pondo em evidência, em nível local, os diferentes aspectos desta. Além disto, analisa a interrelação que existe, em nível familiar, entre os diferentes aspectos pelos quais perpassa a Reforma Agrária e a (In)segurança Alimentar sob enfoque da Escala Brasileira de (In)segurança Alimentar – EBIA. Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa quali-quantitativa, de caráter descritiva- explicativa, baseada em entrevistas semiestruturadas com questões abertas e fechadas, incluindo a metodologia da Escala Brasileira de (In)segurança alimentar – EBIA. Os resultados demonstram que a Reforma Agrária é uma importante política estruturante que deve ser analisada em seu caráter multidimensional. É uma Política que promove a segurança alimentar, fortalece a produção, renda, qualidade de vida, direitos e dignidade, contudo, existem caminhos a rever e parcerias a consolidar em prol da maior efetividade desta. A Reforma Agrária dialoga positivamente com a Segurança Alimentar e é evidentemente necessária tanto na vida das pessoas que passaram e que aguardam por ela assim como no desenvolvimento integral do País.

Tese Completa: TESE 5

http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/257117

[TESE] AGROECOLOGIA E MOVIMENTOS SOCIAIS: ENTRE O DEBATE TEÓRICO E SUA CONSTRUÇÃO PELOS AGRICULTORES CAMPONESES

AGROECOLOGIA E MOVIMENTOS SOCIAIS: ENTRE O DEBATE TEÓRICO E SUA CONSTRUÇÃO PELOS AGRICULTORES CAMPONESES

Aluno: Wilon Mazalla Neto

Orientadora: Profa. Dra. Sonia Maria Pessoa Pereira Bergamasco

RESUMO

O campo brasileiro tem enfrentado, nos últimos 50 anos, sinais de crise ambiental e social cada vez mais significativos, que vêm se consolidando desde a segunda metade do século XX no bojo da revolução verde, modelo que segue se fortalecendo no que hoje se denomina agronegócio. Neste contexto, a Agroecologia aliada à trajetória de luta e resistência camponesa por meio dos movimentos sociais, passou a chamar atenção como formas organizativas, tecnológicas e culturais com potencial de superar o agravamento dos problemas sociais e ecológicos. A abordagem dessa pesquisa foi investigar as experiências teóricas e práticas em Agroecologia, vividas e construídas pelos agricultores camponeses dentro dos assentamentos e acampamentos de reforma agrária do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) como novas formas de relação com o trabalho e com a natureza. Identificou-se iniciativas de transformação cultural, nas quais as experiências concretas no mundo da vida e da cultura se constituem como embriões de renovadas relações sociais que superem as anteriores de opressão, exploração e destruição da natureza. Desta forma, foi possível identificar uma série de aspectos emancipadores do trabalho e da cultura nas experiências agroecológicas dos agricultores camponeses, com destaque para o controle do processo e do tempo de trabalho, as múltiplas significações da natureza e ação ideológica na relação campo cidade.

Palabras Chaves: Reforma agrária, Campesinato, Movimentos sociais, Ecologia

Link: TESE 4

http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/257120

[TESE] PERCEPÇÃO E LÓGICAS DOS AGRICULTORES NA RECUPERAÇÃO DA MICROBACIA HIDROGRÁFICA MARIANA, NO MUNICÍPIO DE ALTA FLORESTA/MT

PERCEPÇÃO E LÓGICAS DOS AGRICULTORES NA RECUPERAÇÃO DA MICROBACIA HIDROGRÁFICA MARIANA, NO MUNICÍPIO DE ALTA FLORESTA/MT

Aluno: Delmonte Roboredo

Orientadora: Profa. Dra. Sonia Maria Pessoa Pereira Bergamasco

RESUMO

O governo brasileiro apoiou irrestritamente a ocupação da Amazônia Legal com créditos altamente subsidiados para substituir a floresta por atividades agropastoris com a justificativa de que precisava ocupar aquela região para soberania nacional. Deste modo, o governo federal investiu fortemente na região, sem nenhuma preocupação ambiental, sendo o município de Alta Floresta, no Extremo norte do Estado de Mato Grosso, produto deste projeto governamental. Esta visão antropocêntrica gerou enormes externalidades negativas aos diferentes agroecossistemas. O objetivo deste trabalho foi avaliar o nível de degradação socioambiental da Microbacia Hidrográfica Mariana (MBM) localizada em Alta Floresta/MT, utilizando dados secundários (relatórios de pesquisas, artigos, teses, entre outros) e primários (entrevistas com lideranças políticas, agricultores, etc.), norteado por um aparato teórico-metodológico. Foram realizadas amostragens de solos para avaliação dos atributos físicos e químicos com dados coletados na área de preservação permanente (APP) e do entorno (ENT), entrevistas semi-estruturadas, história oral e adoção do marco MESMIS (Marco para la Evaluación de Sistemas de Manejo de Recursos Naturales) para construção de indicadores de sustentabilidade socioambiental dentro do enfoque sistêmico, envolvendo diferentes atores sociais (agricultores e urbanos). Empregou-se quatro técnicas da estatística multivariada (Análise Fatorial por Correspondências Múltiplas, Análise de Componentes Principais Não Lineares, Análise de Variância multivariada e Classificação Hierárquica Ascendente) que identificou dois sistemas de manejos da MBM com os quais foram construídos indicadores para comparar a sustentabilidade entre eles. Pelos resultados obtidos, detectou-se que os solos da MBM estão degradados posto que: 74,5% das áreas dos estabelecimentos (APP e ENT) apresentaram macroporosidade menor que 10%; 78% dos solos da APP na camada de 0 – 0,20 m apresentaram densidade superior a 1,5 Mg m-3; 64,8% das áreas estudadas estão com a resistência mecânica do solo à penetração variando entre 2,5 e 5 MPa; a saturação por bases identificou que a maior parte dos solos necessita corrigir a acidez devido aos resultados médios que acusarem 46% (APP) e 44% (ENT) deste indicador; e 29,4% dos agroecossistemas apresentou teor de matéria orgânica menor ou igual a 20 g dm-3. O marco MESMIS identificou que aquele espaço rural encontra-se muito longe do ideal de sustentabilidade tendo em vista o baixo índice agregado obtido no cluster 1 (35%) e no cluster 2 (35,2%), corroborado pela visão dos atores sociais urbanos que atingiu 40,2%, gerando o índice geral médio de 36,8%, indicando que a MBM encontra-se na condição “não sustentável ou crítica”. Conclui-se que a recuperação socioambiental daquele território requer adoção imediata de políticas públicas, construídas com os agricultores, através da implementação de um projeto de microbacia hidrográfica para recuperação e a conservação dos solos, bem como a aplicabilidade do serviço de extensão rural, dentro de uma visão agroecológica, para que juntos com os agricultores, como protagonistas, sejam construídos caminhos na busca do desenvolvimento rural sustentável.

Palavras Chaves: Desenvolvimento rural, Ecologia agrícola, Indicadores de sustentabilidade, Agricultura familiar

Link: TESE 2

http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/257108

[TESE] O DIREITO À MORADIA NO MEIO RURAL: SIGNIFICADOS, ENTRAVES E POTENCIALIDADES PARA SUA CONQUISTA

O DIREITO À MORADIA NO MEIO RURAL: SIGNIFICADOS, ENTRAVES E POTENCIALIDADES PARA SUA CONQUISTA

Aluna: Taís Marotta Brosler

Orientadora: Profa. Dra. Sonia Maria Pessoa Pereira Bergamasco

RESUMO

A questão da habitação no meio rural passa por modificações através de políticas públicas específicas, buscando sanar problemas constantemente encontrados como a falta de moradia ou a sua precariedade. Uma habitação de qualidade faz parte da luta diária dos agricultores familiares, principalmente quando se trata da garantia a uma moradia digna. Ao considerar que a conquista da moradia está estreitamente vinculada ao acesso à terra, a inobservância do seu direito estará fortemente presente no meio rural brasileiro, como consequência histórica da exclusão e marginalização desses agricultores no processo de formação do País. Porém, os financiamentos e recursos direcionados à moradia no meio rural são escassos e as políticas públicas habitacionais se consolidam tendo como base diretrizes vinculadas aos problemas e necessidades observados no meio urbano. Assim, a pesquisa teve por objetivo diagnosticar entraves e potencialidades para a conquista do direito à moradia digna no meio rural, analisando o significado e a função da moradia dentro da unidade familiar. O trabalho de campo foi realizado em um assentamento de reforma agrária, localizado em Tremembé-SP,  no qual houve a atuação do Estado na construção das casas, e em um bairro rural, localizado em Pindamonhangaba-SP, onde há ausência do Estado na garantia da moradia, totalizando 336 famílias participantes. O estudo foi feito através de questionários estruturados formulados a partir das diretrizes apontadas pela ONU para um direito à moradia adequada, tendo como proposta a elaboração de indicadores gerados a partir de análise multivariada, com o intuito de avaliar os fatores que influenciavam a conquista desse direito nas comunidades. Realizaram- se, também, entrevistas semiestruturadas e histórias de vida com famílias de ambas as comunidades e observações em um grupo familiar do Assentamento. Os fatores de saída dos indicadores apresentaram pequenas variações entre as comunidades, apesar de ter havido a atuação do Estado no Assentamento. Foi possível identificar os arranjos familiares para a constituição da moradia, tanto em seu aspecto físico como nas representações subjetivas da mesma, identificando-a como representativa do passado desses agricultores, com influências presentes e significadas a partir de um grupo familiar que extrapola os limites da própria comunidade. Todavia, o direito à moradia não estava garantido para as famílias de ambas as comunidades, onde a ausência do Estado e a insegurança de posse relacionada à precariedade do acesso à terra são os principais elementos que determinam esta realidade.

Palavras chaves: Assentamentos rurais, Comunidades rurais, Habitação rural – Brasil, Indicadores sociais e Observação participante

Link: TESE 3

http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/256748

[ARTIGO] Reforma Agrária e Assentamentos Rurais: Perspectivas e Desafios

Titulo: REFORMA AGRÁRIA E ASSENTAMENTOS RURAIS: PERSPECTIVAS E DESAFIOS

Autores:  Vanilde Ferreira de Souza Esquerdo e Sonia M. Pessoa Pereira Bergamasco

Ano:

Paginas: 23

1. Introdução
Embora com número limitado e com uma grande população ainda demandante por terra, os assentamentos são centros estratégicos no quadro das transformações da questão agrária brasileira desde os anos 60. Fazem parte de uma nova forma de integração da população rural, num contexto de redistribuição da propriedade fundiária partindo da transferência da população beneficiária, e conseqüentemente, sua readaptação num novo espaço de vida e de trabalho (BERGAMASCO; BLANC-PAMARD; CHONCHOL, 1997). Antuniassi et al. (1993) acreditam que os estudos têm mostrado que apesar das descontinuidades das políticas públicas, os assentamentos vêm apresentando resultados positivos, colocando-se como uma estratégia de políticas de integração social, já que possui uma potencialidade na geração de empregos e aumento do nível de renda das famílias assentadas (ROMEIRO et al., 1994). Tendo em vista as dificuldades que a população urbana enfrenta em seu meio, tais como: desemprego, habitação, condições de vida bastante precárias, entre outras, as unidades de produção familiar na agricultura têm a função de conter o avanço da migração rural para as cidades (LAMARCHE, 1993). E mais, a idealização da agricultura familiar, na qual se inserem os assentamentos rurais, supõe uma lógica específica de reprodução da unidade familiar de produção dentro do universo capitalista. Assim, os assentamentos podem estabelecer locais privilegiados de experiências tecnológicas pouco rentáveis em termos contábeis de empresas capitalistas, mas perfeitamente rentáveis em termos da economia familiar dos agricultores. A agricultura familiar, segundo Abramovay e Carvalho Fº (1994), desempenha um importante papel no desenvolvimento brasileiro tornando-se o centro do debate sobre reforma agrária.

O assentamento rural é uma das formas objetivas de se fazer uma reforma agrária. Bergamasco e Norder (1996, p. 7) acreditam que: “de maneira genérica, os assentamentos rurais podem ser definidos como a criação de novas unidades de produção agrícola, por meio de políticas governamentais visando o reordenamento do uso da terra, em benefício de trabalhadores rurais sem terra ou com pouca terra.” No contexto da reforma agrária brasileira, o termo assentamento está relacionado a um espaço preciso em que uma população será instalada é, portanto, uma transformação do espaço físico, cujo objetivo é a sua exploração agrícola (BERGAMASCO; BLANCPAMARD; CHONCHOL, 1997). Como o seu significado remete à fixação do trabalhador na agricultura, envolve também a disponibilidade de condições adequadas para o uso da terra e o incentivo à organização social e à vida comunitária. Aliado a isto, está o fortalecimento e ampliação da agricultura familiar, que consiste na exploração de uma parcela de terra tendo como trabalho direto a mão-de-obra familiar. Diante disto, este texto se propõe a fazer um balanço da reforma agrária nas duas
últimas décadas e apresentar algumas perspectivas e desafios que estão presentes nos discursos e propostas do atual governo.

Link: Reforma -Agrária-ASesstamentos-Rurais-Perpecivas -Desafios-

http://transformatoriomargaridas.org.br/sistema/wp-content/uploads/2015/02/1406231456wpdm_Texto-REFORMA-AGR%C3%81RIA-E-ASSENTAMENTOS-RURAIS-PERSPECTIVAS-E-DESAFIOS-.pdf

[ARTIGO] Reforma Agrária e Desenvolvimento Sustentável – Uma Conjugação Necessária

Titulo: REFORMA AGRÁRIA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL – UMA CONJUGAÇÃO NECESSÁRIA

Autor: Adelmar Santos de Araújo – PPGE/FE-UFG

Ano:

Paginas: 07

RESUMO: O texto discute reforma agrária e desenvolvimento sustentável como questões imbricadas. Para tanto percorreu-se pela historiografia da questão agrária no Brasil e buscou-se sua relação com a sustentabilidade dos recursos naturais e humanos. No geral as discussões ocorrem sobre reforma agrária ou sobre desenvolvimento sustentável, predominantemente em separado. As alusões a ambos conjuntamente são raras. Portanto, pretende-se colaborar com o debate chamando a atenção para o problema. Acredita-se que há um “recomeço” da reforma agrária no Brasil a partir do início dos anos 1990, o que torna premente seu estudo, investigar proporções e projeções. Cabe lembrar que esse recomeço é gerado por contradições no interior da sociedade capitalista que impulsionam a atuação dos movimentos sociais, no campo ou na cidade. A produção conforme a atual racionalidade capitalista altera gravemente o meio ambiente. E, como dentre as preocupações do mercado geralmente não se encontram os devidos cuidados com a preservação das espécies e dos recursos naturais, ocorre a depressão e contaminação da natureza. Em suma, compreende-se que a conjugação Reforma Agrária e Desenvolvimento Sustentável, embora alcance uma ampla dimensão histórica, econômica, ecológica, cultural e social, não tem recebido a devida atenção.

Palavras-chave: reforma agrária; desenvolvimento sustentável; terra.

Artigo Completo: Reforma Agraria e Desenvolvimento Sustentavel – uma cojugaçao necessaria – Adelmar Santos

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