[TESE DIGITAL] Uso dos recursos hídricos na expansão sucro energética em áreas de bioma cerrado

Tipo: TESE DIGITAL

Nível: Doutorado

Título: Uso dos recursos hídricos na expansão sucro energética em áreas de bioma cerrado

Autor (es): Moura, Erika Ferreira.

Orientador: Zullo Junior, Jurandir.

Resumo: A pesquisa identificou impactos sobre os recursos hídricos ocorridos devido à expansão da cultura de cana-de-açúcar destinada à produção de etanol no bioma Cerrado, onde a prática de irrigação se faz necessária em períodos de déficit hídrico. Essa expansão ocorre devido à maior demanda mundial por etanol, que hoje assume posição de alternativa aos combustíveis fósseis, um dos possíveis responsáveis pelo aquecimento global. Como os critérios relacionados ao uso da água e pressões sobre recursos hídricos são incipientes, sobretudo na fase agrícola da produção de etanol, e cenários futuros sobre mudanças climáticas para a região já apontam aumento de temperatura e variação no regime de chuvas na região, há uma grande necessidade de mensurar e discutir a questão do uso da água na expansão do setor sucroalcooleiro. Para isso, utilizou-se a metodologia da “Pegada Hídrica”, tendo como estudo de caso dois municípios do estado de Goiás: Jataí e Quirinópolis. Esses dois municípios, por serem bastante representativos na dinâmica da expansão da cana, fornecem informações importantes sobre a pressão que esta cultura agrícola vem exercendo no uso da água. Os resultados demonstram que o uso da água para irrigação ainda não compromete os recursos hídricos da região. Porém a expansão da área de cultivo, de acordo com os cenários de mudanças climáticas, afetará esse recurso nos próximos 20 anos devido ao aumento expressivo da demanda.Tais informações podem contribuir para a avaliação de critérios de gestão ambiental relacionados ao uso da água na produção de biocombustíveis, na avaliação da pressão da produção de etanol de cana-de-açúcar sobre os recursos hídricos e na proposição de medidas para redução de impactos sobre esses recursos

TESE COMPLETA: Uso dos recursos hídricos na expansão sucro energética em áreas de bioma cerrado

[ARTIGO] Alternativas na mesa: adoção de tecnologias baseadas na agricultura 4.0 é o caminho para reduzir o consumo de pesticidas nas lavouras nacionais

Titulo: Alternativas na mesa: adoção de tecnologias baseadas na agricultura 4.0 é o caminho para reduzir o consumo de pesticidas nas lavouras nacionais

Autor: Yuri Vasconcelos

Ano: 2018

Um dos setores mais robustos da economia, o agronegócio é responsável por cerca de 25% do Produto Interno Bruto (PIB), responde por 20% dos postos de trabalho e se destaca na pauta de exportações do país, com soja, açúcar, celulose e carne bovina e de frango, ocupando os primeiros lugares da lista. A alta produtividade do setor depende, em boa medida, do uso intensivo de agrotóxicos, principalmente nas grandes plantações de soja, cana-de-açúcar e milho, que juntas respondem por 75% dos defensivos consumidos no Brasil (ver infográfico). Não por acaso, essas monoculturas ocupam extensas regiões de cultivo. As lavouras de soja e milho, por exemplo, correspondem a quase 70% do total da área semeada no país em 2018, estimada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em 61,7 milhões de hectares, equivalente a 7% do território nacional.

O emprego de elevados volumes de agroquímicos nessas plantações gera impactos diretos no ambiente, com a contaminação do solo e de fontes de água superficiais e subterrâneas, como rios, lagos e lençóis freáticos. A redução desses danos, de acordo com especialistas ouvidos pela reportagem, passa pela adoção de novas tecnologias pelos grandes produtores agrícolas.

“Soluções baseadas na chamada agricultura 4.0, como sensores, máquinas inteligentes que ‘conversam entre si’, internet das coisas e robotização, podem auxiliar no uso mais adequado de diversos insumos, entre eles agroquímicos”, diz o engenheiro eletricista Fernando Martins, conselheiro da empresa Máquinas Agrícolas Jacto, uma das líderes mundiais em fabricação de pulverizadores (ver reportagem).

O emprego dessas tecnologias de ponta nos próximos anos, diz Martins, permitirá que os produtores rurais apliquem os insumos (pesticidas, adubo, sementes, água, entre outros) em taxas variáveis – e não de maneira uniforme como ocorre atualmente. Dosar a quantidade ideal de defensivos aplicados nas lavouras é um dos grandes desafios do setor. “O agricultor vai colocar mais defensivos em um talhão [pedaço da plantação] e menos em outro, de acordo com a necessidade, gerando economia e elevando a eficiência da pulverização”, explica. “Hoje, já há uma força contrária ao emprego excessivo de agroquímicos porque eles são caros.”

Além da Jacto, com sede em Pompeia (SP), outra empresa paulista que investe na agricultura digital é a Solinftec, de Araçatuba. Sua linha de máquinas e equipamentos agrícolas conectados está presente em cerca de 65% da lavoura canavieira de São Paulo. A pulverização de grandes extensões de áreas destinadas à produção de commodities, como soja, cana-de-açúcar, algodão, milho e eucalipto, para fabricação de celulose, é feita por aviões ou tratores, enquanto plantações menores, focadas no cultivo de alimentos que vão para a mesa dos brasileiros, são muitas vezes pulverizadas pelos próprios agricultores, que utilizam aparelhos chamados costais (por serem presos às costas do aplicador).

“A pulverização aérea é um problema ambiental e de saúde pública. Os agrotóxicos lançados pelo avião avançam sobre mananciais, outras plantações, áreas de preservação ambiental e regiões habitadas. Quando se faz a aplicação aérea, a dispersão pelo ar é muito maior, impactando o ambiente e colocando em risco a saúde de quem mora na vizinhança, dos trabalhadores e de pessoas que consomem os alimentos”, ressalta Adelaide Cassia Nardocci, professora da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP).

Em parceria com o Centro de Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, a FSP-USP criou o portal Sistema de Busca de Informações sobre Agrotóxicos. Batizado de Ariadne, ele apresenta dados sobre o uso e as aplicações de agrotóxicos em São Paulo, com destaque para o comportamento da substância no ambiente e sua toxicidade para a saúde humana. “O Ariadne tem a função de auxiliar as pessoas não familiarizadas com o tema a encontrar informações sobre agrotóxicos”, diz Nardocci.

                                                                                                                                                                         Funcionário da Solinftec opera computador durante a colheita de cana-de-açúcarSolinftec

A necessidade de desenvolver soluções e sistemas inteligentes para conter a deriva – o volume de agroquímicos que não atinge a cultura-alvo – e que tornem mais eficiente a aplicação de defensivos e o controle de pragas levou à criação da Rede de Pesquisa Redagro montada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) com 10 universidades e o Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag). Durante quatro anos, os pesquisadores trabalharam no projeto “Desenvolvimento da aplicação aérea de agrotóxicos como estratégia de controle de pragas agrícolas de interesse nacional”, encerrado no início do ano.

“A utilização de tecnologias, ferramentas da agricultura 4.0 e sistemas inteligentes de auxílio à tomada de decisão para o controle de pragas na agricultura tropical tem proporcionado caminhos para a segurança alimentar e energética”, pontua o engenheiro de controle e automação Paulo Cruvinel, pesquisador da Embrapa Instrumentação, de São Carlos, e coordenador da Redagro. De acordo com ele, o resultado desse esforço foi a criação de novos métodos, a adaptação de tecnologias e o desenvolvimento de estratégias para pulverizações mais eficientes.

Um dos estudos mostrou que a adoção de atomizadores rotativos – um tipo de bico pulverizador – em culturas de soja pode reduzir em torno de 80%, em média, a deriva nas aplicações aéreas na comparação com os bicos hidráulicos ajustáveis, os mais usados em aviões. Outra pesquisa, voltada à aplicação de defensivos por tratores-pulverizadores, estabeleceu níveis adequados de automação para adequar os bicos de pulverização e a pressão na barra pulverizadora conforme a trajetória do trator, em linha reta ou em curva.

Se a adoção de inovações tecnológicas é um meio de racionalizar o uso de agrotóxicos nas terras dedicadas à produção de commodities, nas lavouras de alimentos que abastecem as feiras do país, cultivadas principalmente por pequenos produtores, um caminho é estimular o cultivo orgânico, isento de defensivos agrícolas. Além de minimizar o risco de contaminação, a redução de agroquímicos pode diminuir a intoxicação entre pequenos produtores rurais. Responsáveis por 70% dos alimentos consumidos no país, eles somam 4,4 milhões de trabalhadores.

Estímulo à agroecologia

Em discussão na Câmara dos Deputados desde 2016, o Projeto de Lei nº 6.670/16, que institui a Política Nacional de Redução de Agrotóxicos (PNaRA), prevê medidas para fortalecer a produção de orgânicos, a agricultura agroecológica e o controle biológico, técnica que utiliza insetos, fungos, vírus e bactérias no combate às pragas agrícolas. “O PNaRA é o contraponto ao PL nº 6.299/02”, afirma o biólogo Fernando Carneiro, membro da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no Ceará. “Ele tramita lentamente na Câmara. Só recentemente foi instalada uma comissão especial para analisá-lo.”

Outro ponto do PNaRA determina a eliminação de isenções tributárias e estímulos financeiros à importação, produção e comercialização de agrotóxicos. Auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) estimou que a renúncia fiscal com agrotóxicos entre 2010 e 2017 alcançou R$ 9 bilhões. Como esses produtos são considerados insumos agrícolas, as despesas dos produtores rurais relativas a eles são passíveis de dedução.

                                                                                                                              Avião pulveriza pesticidas em plantio de cana-de-açúcar no interior de São PauloCaetano Barreira / Olhar Imagem

A agroecologia, explica Carneiro, defende um manejo sustentável das lavouras, incorporando na produção questões sociais, políticas, culturais, ambientais e éticas. “Esse tipo de prática leva em conta as condições de trabalho dos agricultores, a compatibilidade das culturas em relação ao ecossistema e o nível de industrialização de todo o processo”, diz o pesquisador. Ao mesmo tempo, evita o emprego de defensivos agrícolas e fertilizantes químicos, e estimula o plantio de orgânicos.

Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, ligada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a área destinada ao cultivo de orgânicos deve bater recorde este ano, ultrapassando os 750 mil hectares de 2016. Essa prática é impulsionada em boa medida pela agricultura familiar. Apesar do crescimento, os orgânicos representam apenas 1,2% da área plantada do país, o que coloca o Brasil como o 13º maior produtor do mundo.

“Entendemos que formas alternativas de produção são importantes. Tanto a produção convencional quanto a orgânica, desde que bem conduzidas, produzem alimentos seguros para o consumo. Não somos contra a agroecologia ou a produção orgânica, mas precisamos ser realistas. Os orgânicos são mais caros e a produtividade é mais baixa”, destaca o engenheiro-agrônomo Mario Von Zuben, diretor-executivo da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef). “A diferença entre os dois modelos é de escala. Para produzir a mesma quantidade de orgânicos é preciso um aumento significativo da área cultivada – e essa não é uma alternativa por causa do impacto ambiental e da degradação das florestas.” Para Fernando Carneiro, da Abrasco, é um mito que a agroecologia é cara e sem escala. Publicações recentes da Agência das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) recomendam que se estimule o sistema, por favorecer a economia solidária, priorizar mercados locais e apoiar o desenvolvimento regional.

Além disso, uma das formas de reduzir as intoxicações nas pequenas propriedades é investir na capacitação da mão de obra, de forma que os agrotóxicos sejam aplicados com cuidado. “Por falta de informação, muitos produtores rurais aplicam a substância em doses acima do recomendado e de maneira inadequada para as pragas que pretendem controlar. Daí a importância de receberem treinamento adequado”, afirma o engenheiro-agrônomo Hamilton Humberto Ramos, pesquisador do Centro de Engenharia e Automação do Instituto Agronômico (CEA-IAC), em Campinas, e coordenador do programa Aplique Bem, que oferece aos agricultores treinamento para uso de agroquímicos. Além do risco à saúde, a aplicação incorreta de agrotóxicos gera perdas na lavoura e compromete a sustentabilidade da agricultura.

Link: https://revistapesquisa.fapesp.br/2018/09/18/alternativas-na-mesa/

[REVISTA – FAPESP] Agrotóxicos na Berlinda

Titulo: Agrotóxicos na Berlinda – Proposta sobre nova regulamentação de pesticidas acirra debate acerca desses produtos, que permitem agricultura em larga escala mas apresentam riscos ao ambiente e à saúde da população rural.

Autor: Yury Vasconcelos

Ano: 2018

Uma das maiores potências agrícolas do planeta, o Brasil também se destaca por ser um dos grandes consumidores de agrotóxicos, substâncias químicas ou biológicas que conferem proteção às lavouras contra o ataque e a proliferação de pragas, como insetos, fungos, bactérias, vírus, ácaros, nematoides (parasitas que atacam as raízes das plantas) e ervas daninhas. A venda desses produtos no país movimenta em torno de US$ 10 bilhões por ano, o que representa 20% do mercado global, estimado em US$ 50 bilhões. Em 2017, os agricultores brasileiros usaram 540 mil toneladas de ingredientes ativos de agrotóxicos, cerca de 50% a mais do que em 2010, segundo dados do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), ligado ao Ministério do Meio Ambiente. Ingrediente ativo é a substância responsável pela atividade do produto.

Relatório divulgado no ano passado por especialistas da Organização das Nações Unidas (ONU) estimou que cerca de 200 mil pessoas morrem anualmente no mundo vítimas de envenenamento agudo por pesticidas – basicamente trabalhadores rurais e moradores do campo. No Brasil, 84,2 mil pessoas sofreram intoxicação após exposição a defensivos agrícolas entre 2007 e 2015, uma média de 25 intoxicações por dia, conforme dados do Relatório Nacional de Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos 2018, elaborado pelo Ministério da Saúde. Pesquisas sugerem que a exposição de trabalhadores rurais a defensivos agrícolas aumenta o risco do surgimento de diversas formas de câncer, além de distúrbios hormonais e malformações gestacionais. Já estudos associando o consumo de alimentos com resíduos de agrotóxicos ao câncer e a outras doenças são menos conclusivos.

Link: Agrotóxicos na berlinda

www.revistapesquisa.fapesp.br

 

[REPORTAGEM] UM ABORTO A CADA QUATRO GRÁVIDAS: A cidade em que o agrotóxico glifosato contamina o leite materno e mata até quem ainda nem nasceu

Titulo: Um aborto a cada quatro grávidas: a cidade em que o agrotóxico glifosato contamina o leite materno e mata até quem ainda nem nasceu

Autores: Plataforma THE INTERCEPT.COM – BRASIL

Ano: 2018.

O FILHO DE MARIA Félix, de 21 anos, resistiu pouco mais de seis meses de gestação. Morreu ainda no ventre, com apenas 322 gramas. A causa do aborto, que aconteceu com 25 semanas de gravidez, foi má formação: o bebê tinha o intestino para fora do abdômen e também problemas no coração. Não é incomum que as mães da região percam seus filhos precocemente. O bebê de Maria, ao que tudo indica, foi mais uma vítima precoce do agrotóxico glifosato, usado em grandes plantações de soja e de milho em Uruçuí, a 459 km de Teresina, no Piauí.

O mesmo veneno que garante a riqueza dos fazendeiros da cidade, no sul do estado, está provocando uma epidemia de intoxicação com reflexo severo em mães e bebês. Estima-se que uma em cada quatro grávidas da cidade tenha sofrido aborto, que 14% dos bebês nasçam com baixo peso (quase do dobro da média nacional) e que 83% das mães tenham o leite materno contaminado. Os dados são de um levantamento do sanitarista Inácio Pereira Lima, que investigou as intoxicações em Uruçuí na sua tese de mestrado em saúde da mulher pela Universidade Federal do Piauí.

que garante a riqueza dos fazendeiros da cidade, no sul do estado, está provocando uma epidemia de intoxicação com reflexo severo em mães e bebês. Estima-se que uma em cada quatro grávidas da cidade tenha sofrido aborto, que 14% dos bebês nasçam com baixo peso (quase do dobro da média nacional) e que 83% das mães tenham o leite materno contaminado. Os dados são de um levantamento do sanitarista Inácio Pereira Lima, que investigou as intoxicações em Uruçuí na sua tese de mestrado em saúde da mulher pela Universidade Federal do Piauí.

O mesmo veneno que garante a riqueza dos fazendeiros da cidade, no sul do estado, está provocando uma epidemia de intoxicação com reflexo severo em mães e bebês. Estima-se que uma em cada quatro grávidas da cidade tenha sofrido aborto, que 14% dos bebês nasçam com baixo peso (quase do dobro da média nacional) e que 83% das mães tenham o leite materno contaminado. Os dados são de um levantamento do sanitarista Inácio Pereira Lima, que investigou as intoxicações em Uruçuí na sua tese de mestrado em saúde da mulher pela Universidade Federal do Piauí.

Link : UM ABORTO A CADA QUATRO GRÁVIDAS. A cidade em que o agrotóxico glifosato contamina o leite materno e mata até quem ainda nem nasceu

https://theintercept.com/2018/09/17/agrotoxico-aborto-leite/

[OPINIÃO] Agroecologia popular e camponesa: a chave para acabar com a fome no mundo

Titulo: Agroecologia popular e camponesa: a chave para acabar com a fome no mundo.

Autor: Carlos Magno M. Morais

Ano: 2018

Qualificar a agroecologia como Popular e Camponesa, pode ser redundante e repetitivo, mas, neste caso, muito necessário para falar de uma perspectiva da agroecologia que movimentos sociais, organizações da sociedade civil, camponesas, indígenas, pescadoras, extrativistas e muitos outros grupos vêm construindo dia a dia com seu enfrentamento ao sistema agroalimentar dominante no mundo. Muito mais que um conjunto de práticas agrícolas para produção de alimentos, a agroecologia é política, incluindo os aspectos da soberania alimentar e do direito de camponeses e camponesas por todo o mundo.

"Hoje a agricultura camponesa produz 70% de toda a alimentação humana do planeta"

                                                                                 25 de julho, Dia Internacional da Agricultura Familiar, será comemorado por organizações que constroem a agreocologia

“A fome é a expressão biológica de males sociológicos” esta frase de Josué de Castro, grande estudioso e ativista pernambucano que dedicou sua vida a estudar a fome, denuncia as raízes da fome no mundo, expondo que por trás de muitos discursos que justificam a existência dela, há uma intencionalidade política, seja pela concentração de terras, dinheiro, tecnologias e/ou poder político nas mãos de poucos.  Mesmo com toda esta concentração, hoje a agricultura camponesa produz 70% de toda a alimentação humana do planeta, utilizando apenas 25% dos recursos naturais para isto. Enquanto isso, no Brasil, o agronegócio possui apenas 15% dos estabelecimentos agrícolas e concentra 75% das terras, ou seja, “ muita gente sem terra e muita terra sem gente”.

No próximo dia 25 de julho, será o dia internacional da agricultura familiar, e apesar de todos os esforços que temos feito, não temos muito a comemorar, pois o Brasil, que tinha saído do mapa da Fome em 2014, está prestes a voltar, por isso o Centro de Desenvolvimento Agroecológico  Sabiá, que neste mês de Julho também celebra seus 25 anos, está promovendo o Ocupe Campo & Cidade: não quero mais a fome em meu país, neste dia 25 no Pátio de São Pedro no Centro do Recife. O evento contará com uma grande feira agroecológica com alimentos de todo o estado, demonstrando a grande capacidade que  agricultura camponesa de base agroecológica tem de alimentar a população. Também teremos paineis com debates sobre Soberania Alimentar e Democracia e sobre a Produção de alimentos e a história da fome no Brasil.

Viva a Agroecologia! Viva a Agricultura Familiar! Viva o Centro Sabiá!

*Carlos Magno M. Morais é coordenador técnico-pedagógico do Centro Sabiá

Link : Agroecologia popular e camponesa: a chave para acabar com a fome no mundo

[REPORTAGEM] – 5 verdades sobre os agrotóxicos. O que você precisa saber para não cair na conversa dos “defensivos agrícolas”

Titulo: 5 verdades sobre os agrotóxicos

Autora: Rafaella Dotta

Ano: 2018

O que você precisa saber para não cair na conversa dos “defensivos agrícolas”. Os deputados federais tentam aprovar mais um projeto que é contra os interesses da população. No dia 25 de junho, uma comissão de parlamentares aprovou o Projeto de Lei 6299, conhecido como “Pacote de Venenos”, que libera ainda mais o uso dos agrotóxicos no país. Desde então, o tema passou a ser muito debatido nas redes sociais e na mídia. Você lê aqui cinco argumentos levantados por movimentos populares e estudiosos sobre os perigos desses venenos na agricultura.

 

Projeto de lei sobre os agrotóxicos prejudicará alimentação saudável

Projeto de lei sobre os agrotóxicos prejudicará alimentação saudável – Fernando Frasão/Agência Brasil

1 – Lavar os alimentos com bicarbonato não limpa os agrotóxicos

Muitos vídeos na internet “ensinam” como se livrar do veneno lavando a comida com bicarbonato de sódio, iodo e até água sanitária. Segundo especialistas, isso pode limpar os agrotóxicos que estão nas cascas, mas nossos alimentos estão contaminados também “por dentro”. Os venenos são usados desde a preparação da terra e se entranham na composição do alimento. Não há detergente que limpe!

2 – Maioria dos brasileiros é contra os agrotóxicos

Uma pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Opinião e Estatística (IBOPE), em 2016, mostrou que 81% dos brasileiros acham a quantidade de agrotóxicos “muito alta” ou “alta”. Na mesma pesquisa, 82% considerava “muito importante” que políticos façam projetos para que a merenda escolar não tenha venenos.

3 – Plantações sem venenos conseguiriam, sim, alimentar todo o país 

Pequenos e médios agricultores demonstram cada vez mais que alimentação saudável é possível. Eles colocam em prática inúmeras técnicas denominadas “agroecológicas” e “orgânicas” para produzir alimentos sem agrotóxicos. Em 2017 a venda de produtos sem agrotóxicos cresceu 20%, mesmo sem o estímulo dos governos.

4 – AgroTÓXICOS eProjeto de lei sobre os agrotóxicos prejudicará alimentação saudável – Fernando Frasão/Agência Brasil: uma dupla inseparável

As terras do Brasil são umas das mais concentradas do planeta. Pouquíssimas pessoas são donas de muitas terras. Esse problema é uma das raízes do agronegócio, que são as enormes plantações de apenas um alimento (monocultura) e com sementes modificadas. O segundo grande problema é que essas culturas não sobrevivem sem os agrotóxicos. Por isso os deputados ruralistas defendem tanto o Pacote de Venenos.

5 – Maior uso de agrotóxico é para o estrangeiro, mas a contaminação é no Brasil

Você sabia que a maior parte dos campeões de uso de venenos não é consumida no Brasil? Eles são produzidos aqui, contaminam o solo, a água e os trabalhadores daqui, mas são vendidos no exterior. É o caso do algodão, da soja e do café, que têm 65% da produção para exportação. Isso contradiz os defensores do Pacote, já que a maior parte dos agrotóxicos não é para alimentar a população.

MINI ENTREVISTA | Camuflagem e mais liberação de agrotóxicos

A engenheira agrônoma Marilda Quintino Magalhães fala ao Brasil de Fato sobre as principais mudanças que o Projeto de Lei 6299 quer implantar. Ela representa a Rede de Intercâmbio de Tecnologias Alternativas, que trabalha na promoção da agroecologia.

Brasil de Fato – O Pacote de Venenos tenta “disfarçar” os agrotóxicos?

Marilda Magalhães – Eles estão propondo mudar o nome de “agrotóxico” para “defensivo agrossanitário”. Com isso, os ruralistas querem passar para a população que aquele produto está defendendo a saúde. O que não é verdade. Todos os defensivos são tóxicos.

Quem vai escolher quais agrotóxicos podem ser usados no Brasil?

Atualmente a aprovação é feita pelo Ministério da Saúde (através da Anvisa), Ministério do Meio Ambiente e Ministério da Agricultura. O PL deixa só o Ministério da Agricultura, onde a influência dos ruralistas é muito grande. Querem diminuir também o tempo de avaliação do agrotóxico, os estudos para saber as consequências na saúde e no meio ambiente.

É verdade que vão liberar vários agrotóxicos que hoje são proibidos?

Se o projeto for aprovado, sim. Vários países estão tornando suas leis mais rígidas, inclusive começando a proibir completamente os agrotóxicos, e os deputados ruralistas estão indo na contramão. Isso vai contaminar as atuais gerações e também as gerações futuras.

De olho nos partidos!

No dia 25 de junho, o PL de Venenos foi votado por uma comissão da Câmara de Deputados. Este grupo de parlamentares foi encarregado de estudar o projeto e propor alterações. O PL foi aprovado por 18 votos a favor e 9 votos contra. Anote aí:

Partidos que votaram a FAVOR do Pacote de Venenos: PSDB, MDB, DEM, PSL, PRB, SD, PSD, PRB, PR, PP

Partidos que votaram CONTRA o Pacote de Venenos: PT, PSOL, PCdoB, PSB

Os deputados federais tentam aprovar mais um projeto que é contra os interesses da população. No dia 25 de junho, uma comissão de parlamentares aprovou o Projeto de Lei 6299, conhecido como “Pacote de Venenos”, que libera ainda mais o uso dos agrotóxicos no país. Desde então, o tema passou a ser muito debatido nas redes sociais e na mídia. Você lê aqui cinco argumentos levantados por movimentos populares e estudiosos sobre os perigos desses venenos na agricultura.

LinK : 5 verdades sobre os agrotóxicos. O que você precisa saber para não cair na conversa dos “defensivos agrícolas”

[REPORTAGEM] Sob tensão, Amazônia se curva à linha tênue entre a preservação ambiental e a expansão agrícola

Titulo: Sob tensão, Amazônia se curva à linha tênue entre a preservação ambiental e a expansão agrícola

Autora: Marina Rosso – Corresponsal do JORNAL PAIS.

Ano: 2018

Terras indígenas e unidades de conservação localizadas no pulmão do mundo estão na mira das eleições deste domingo. A bordo de uma caminhonete robusta, Almir Narayamoga Suruí, acelerou. “Segura, tá?”, disse ele à repórter do EL PAÍS, enquanto o veículo atravessava parte da selva amazônica, rumo à Terra Indígena Sete de Setembro. É ali que mora seu povo, que lhe dá o sobrenome, a etnia Suruí Paiter. “Temos medo”, diz Almir, ao mencionar o candidato Jair Bolsonaro, que pode ser o próximo presidente do Brasil. Durante a campanha, o ultradireitista repetiu seguidas vezes que acabará com o “ativismo ambiental xiita” e com a “indústria de demarcação de terras indígenas”. As falas soam descoladas de um país que diminuiu o registro oficial de terras dos povos originais já no Governo de Dilma Rousseff, por pressão de ruralistas, e onde notícias de assassinatos de ativistas têm se multiplicado. “Suas palavras de ódio podem representar um retrocesso para nós”, sentencia.

Fronteira entre uma fazenda, à esquerda, e o Território Indígena Suruí.

                                                                         Fronteira entre uma fazenda, à esquerda, e o Território Indígena Suruí.VICTOR MORIYAMA

As aldeias da Sete de Setembro – entre os municípios de Cacoal (RO) e Rondolândia (MT), — já convivem com esses sinais de retrocessos na disputa para preservar seu território, cada vez mais cercado por invasores. Há um mês, a área foi alvo de uma operação da Polícia Federal em parceria com o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) na região, deflagrada para frear exploração ilegal de madeira nas terras indígenas locais. Segundo a PF, toras de árvores nobres, como mogno e ipê, eram derrubadas das terras dos índios e cortadas em serrarias próximas às reservas indígenas dos Suruí Patier, e também da reserva Igarapé Lourdes, do povo indígena Gavião. O EL PAÍS visitou a região na última semana e encontrou serrarias no entorno das reservas funcionando a todo vapor.  A madeira roubada dali era levada a um depósito na região, que regularizava as toras com documentação falsa. A ação da polícia havia afastado os madeireiros temporariamente. Mas eles voltaram, como sempre voltam. “Eu só não achei que seria tão rápido”, lamenta Almir Suruí, em meio a imensos troncos derrubados. Muitos acampamentos ilegais sequer foram desfeitos, e o rastro de lixo e até de roupas no meio da floresta evidenciava a presença recente dos exploradores na mata.

A terra Sete de Setembro é onde o desmatamento ilegal mais cresce entre os dois Estados. De 2015 até maio deste ano, a devastação aumentou 77% na reserva, segundo estudo do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam) feito em Rondônia e Mato Grosso. Além da exploração madeireira há registros de invasões e atividades ligadas ao garimpo de ouro e diamante, muito presentes na região.

“A extração de madeira vai aumentar drasticamente porque quem é pego nessa atividade é tido como trabalhador, diferentemente do tráfico. Mas tem um lucro tão alto quanto o tráfico e ainda recebe apoio político”

Embora seja crime, o assalto de terras indígenas conta com uma certa aceitação pela falta de controles. “A atividade [de exploração] é intensa, porque compensa financeiramente. O lucro é muito alto e o risco é baixo, porque os órgãos ambientais estão sucateados”, afirma uma fonte que acompanha ações de fiscalização do meio ambiente. Nos últimos cinco anos, o Orçamento do ministério do Meio Ambiente, que sustenta órgãos fiscalizadores como o Ibama e o Instituto Chico Mendes para a Biodiversidade (ICMBio), diminuiu mais de 1,3 bilhão de reais, segundo levantamento da ONG Contas Abertas e a WWF-Brasil, divulgados em março deste ano.

 

Foto aérea de uma serraria à margem do Território Indígena Suruí.

Foto aérea de uma serraria à margem do Território Indígena Suruí.VICTOR MORIYAMA

Sem dinheiro para fiscalizar e punir, o quadro futuro é muito preocupante. “A extração de madeira vai aumentar drasticamente porque quem é pego nessa atividade é tido como trabalhador, diferentemente do tráfico. Mas tem um lucro tão alto quanto o tráfico e ainda recebe apoio político”, afirma a mesma fonte. Bolsonaro já desdenhou de órgãos, como o Ibama. Quando passou para o segundo turno, ele declarou suas intenções para o órgão. “Vamos acabar com a indústria de multas do Ibama”. Já prometeu também fundir os ministérios do Meio Ambiente e da Agricultura. Acabou recuando dizendo que está aberto a negociar.

Ainda que recue, as palavras do candidato acertam em cheio o já incerto direitos dos indígenas. Arildo Gapane Suruí teme as ameaças proferidas pelo capitão. “Com essas palavras, ele subsidia as ações de quem tem interesses sobre a Amazônia”, diz. “Os interesses vão aumentar e as ameaças também. E para qual órgão nós vamos denunciar essas ações, se ele quer acabar com o Ibama e o ICMBio?”, questiona.

Ao redor da terra dos Suruí Patier há muitas igrejas —a imensa maioria evangélicas— e pastos para o gado. Parecem reproduzir a sociedade das bancadas da bíblia e do boi no Congresso – deputados que defendem interesses religiosos e dos ruralistas, respectivamente –. A tensão na região, gerada pelos conflitos de terra, ganham força com a representatividade da bancada da bala, formando a tríplice BBB, a ala mais conservadora do Congresso. Com pouca representatividade em Brasília, os interesses de quem defende a mata são deixados de lado.

Nos últimos 30 anos, o desmatamento na Amazônia totalizou uma área equivalente à da Suécia. Somente entre agosto do ano passado e agosto deste ano, a derrubada da floresta cresceu 40%, impulsionada por invasões, caça e pesca, grilagem de terras e queimadas. O estrago só não foi maior porque raramente a derrubada massiva de árvores acontece em territórios indígenas, que pertencem por lei ao ao Governo Federal. Essas áreas costumam ser vigiadas também por órgãos de proteção ao meio ambiente e encontram na cultura nativa, baseada em plantio e caça de subsistência, uma agressão ambiental menor. Mais virgens, e ricos em minério, esses territórios são fortemente cobiçados e estão em constante risco.

Link: Sob tensão, Amazônia se curva à linha tênue entre a preservação ambiental e a expansão agrícola

[ARTIGO] Fotojornalista argentino retrata percurso da morte por agrotóxicos

Titulo: Casos de malformação e aborto espontâneo aumentaram desde a chegada do glifosato na agricultura argentina

Autores: Nadine Nascimento e Luiza Mançano

Ano: 2018.

Atrofia muscular, câncer, mutações genéticas, hidrocefalia e retardo mental são algumas das condições que afetam crianças e adultos nas províncias de Misiones, Entre Ríos e Chaco, na Argentina, onde o glifosato, herbicida comercializado pela Monsanto sob o nome comercial de Roundup, é utilizado em grande escala. No documentário O custo humano dos agrotóxicos, o fotógrafo argentino Pablo Piovano, que trabalha no jornal Página 12, retrata o efeito devastador do uso indiscriminado de agroquímicos na agricultura.

O fotógrafo conta que a ideia para o projeto surgiu em 2014, após ser apresentado a dados médicos sobre a contaminação de pessoas pela utilização de agrotóxicos. “Em 2005,aproximadamente, a Rede de Médicos do Povo fez um encontro em que divulgaram dados contundentes, com números alarmantes, quase uma catástrofe sanitária na zona rural. Quando eu vi esses números e vi que os meios de comunicação eram cúmplices desse silêncio, decidi sair e documentar pra ver o que estava acontecendo”, relata.

De forma independente e com recursos próprios, ele partiu no final de 2014 para registrar os casos, percorrendo aproximadamente 15 mil quilômetros em sete viagens. Piovano foi motivado por sua “ideia romântica” de que a fotografia deve ser um instrumento de transformação. “Ao longo do tempo, a memória que constrói a fotografia de denúncia sempre serve para produzir uma mudança”, acredita.

                                                            Lucas Techeira, 5 anos, nasceu com uma doença incurável chamada ictiose lamelar, causada por uma mutação genética. 

O fotógrafo diz que foi recebido de “portas abertas” nas mais de cem casas que visitou, pois os atingidos tinham a necessidade de narrar suas histórias. “A maioria das pessoas sabe porque os filhos nascem com má-formação. Em todas as fotos que tenho, há um testemunho dos pais dizendo que a má-formação dos seus filhos é causada pelos agrotóxicos”, lembra.

Território de experimentação

Em 1996, a Argentina faz um acordo com a Monsanto para o uso de sementes transgênicas e do glifosato em sua produção de soja, em um trâmite rápido “sem análise científica, sem avaliação de danos humanos”. A partir desse momento, o país se tornaria “um território de experimentação”, segundo o documentário.

                                                            Documentarista: 300 milhões de litros de agrotóxicos são despejados, por ano, em lavouras | Foto: Guilherme Santos/Sul21

Em duas décadas, 60% da área cultivável do país passou a ser ocupada por lavouras transgênicas que recebem, anualmente, mais de 300 milhões de litros de agrotóxicos. Os números estão diretamente relacionados com os casos de câncer e abortos espontâneos que triplicaram na Argentina nesse período.

O fotógrafo explica que a força dos grandes latifundiários que utilizam agrotóxicos e dos fabricantes desses produtos é muito grande, por isso o tema da contaminação não é pauta na imprensa tradicional do país, apenas em veículos independentes. “O motivo é simples: os donos dos meios são latifundiários, que têm poder político. Estamos falando de um negócio muito grande, que no fundo e no centro está o controle alimentar, a soberania alimentar, o que não é pouca coisa”.

Fabián Tomasi, uma lenda

Fabián Tomasi, ativista símbolo da luta contra os agrotóxicos no país, foi um dos personagens de O custo humano de Agrotóxicos. Ele morreu vítima de uma polineuropatia tóxica severa, aos 53 anos, no início de setembro deste ano, causada pela exposição contínua ao glifosato. Ele era aviador agrícola para uma empresa de pulverização da cidade de Basavilbaso, na província de Entre Rios. Seu trabalho consistia em aplicar pesticidas sobre plantações.

Em um trecho do filme, Tomasi dá um depoimento cortante sobre o impacto dos agrotóxicos em sua vida. “Os grandes empresários e chefes são responsáveis pela vida do agricultor. Eles estão usando venenos para matar. Não existe outra função que não seja matar. Não são fitossanitários como nos contam aqueles que mentem”, declara.

                                            Fábian Tomasi, aviador agrícola denunciou no documentário: “eles estão usando venenos para matar; não são fitossanitários como nos contam”.

“Seu corpo era um grito urgente, me remetia a um corpo de um campo de concentração nazista. E sua palavra era muito poderosa, muito clara”, comenta Piovano, que tinha Tomasi como um irmão.

Para Piovano, o ativista fez um grande sacrifício e deu sua vida para lutar contra os agrotóxicos.”Ele se converteu em um mito, uma lenda, que levantou sua voz para despertar o povo. Eu me sinto muito grato por ter conhecido seu trabalho, sua entrega. Ele lutou até o último respiro”, concluiu.

O fotojornalista estará no Brasil em dezembro para o 1º Seminário Internacional “Agrotóxicos, Impactos Socioambientais e Direitos Humanos”, que acontece entre os dias 10 e 13 na cidade de Goiás (GO). Piovano também é finalista do Greenpeace Photo Award 2018, pela série de retratos de líderes ativistas mapuches que estão lutando contra o seu deslocamento e a destruição de seu meio ambiente na região de Patagônia.

Atrofia muscular, câncer, mutações genéticas, hidrocefalia e retardo mental são algumas das condições que afetam crianças e adultos nas províncias de Misiones, Entre Ríos e Chaco, na Argentina, onde o glifosato, herbicida comercializado pela Monsanto sob o nome comercial de Roundup, é utilizado em grande escala. No documentário O custo humano dos agrotóxicos, o fotógrafo argentino Pablo Piovano, que trabalha no jornal Página 12, retrata o efeito devastador do uso indiscriminado de agroquímicos na agricultura.

CLIQUE AQUI: Fotojornalista argentino retrata percurso da morte por agrotóxicos

[REPORTAGEM] Morre Fabián Tomasi, símbolo da luta contra os agrotóxicos na América Latina.

Titulo: Morre Fabián Tomasi, símbolo da luta contra os agrotóxicos na América Latina.

Autor: Luiza Mançano

Ano: 2019

O ex-fumigador argentino sofria de uma doença neurológica causada pela exposição ao glifosato. Fabián Tomasi, trabalhador rural da cidade de Basavilbaso, localizada no estado de Entre Ríos, na Argentina, e símbolo da luta contra os agrotóxicos mundialmente, morreu no último dia 7 de setembro, aos 53 anos.

Tomasi passou parte de sua vida trabalhando em um avião fumigador nas plantações de soja do agronegócio argentino, sem nenhum tipo de proteção, porque seus patrões não o comunicaram que a exposição contínua poderia ser tão prejudicial, nem sequer ofereceram uma vestimenta adequada para que ele pudesse se proteger dos vapores tóxicos ou respingos de produtos como o glifosato. Este agrotóxico foi categorizado em 2015 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como “provavelmente cancerígeno”.

Fabián Tomasi foi fotografado por Pablo Piovano para a série fotográfica "O custo humano dos agrotóxicos"

Fabián Tomasi foi fotografado por Pablo Piovano para a série fotográfica “O custo humano dos agrotóxicos” – Pablo Piovano

Seu trabalho consistia em abrir as embalagens que continham as substâncias químicas, colocá-las em um recipiente e fumigar os cultivos de uma soja em um avião fumigador.

Esta experiência que teve consequências graves para sua saúde. Devido à exposição a pesticidas como o glifosato, Fabián adquiriu uma polineuropatia tóxica, um distúrbio neurológico que causa o mau funcionamento dos nervos periféricos, causando, entre outros sintomas, dores severas nas articulações, dificuldade de ingerir alimentos sólidos e limitação na mobilidade.

A história de Tomasi foi narrada no livro “Envenenados”, do escritor e jornalista argentino Patricio Eleisegui, publicado em Buenos Aires pela Editora Gárgola (2017).

Com o passar dos anos, apesar do avanço da doença, que provocou uma debilidade física, o argentino se dedicou a denunciar sua condição e a de milhares de trabalhadores e comunidades rurais vítimas da exposição aos agrotóxicos, concedendo entrevistas e participando de campanhas contra os agrotóxicos e contava com o apoio de organizações ambientalistas e movimentos camponeses, apesar das constantes ameaças que sofria.

Em uma de suas entrevistas, concedida para a agência pública argentina Télam, comentou o descaso sofrido no país, um dos maiores consumidores de agrotóxicos na América Latina:

“Eu sempre dou o meu nome, meu endereço, para que os engenheiros químicos, os médicos, os políticos venham discutir o tema comigo, mas nunca tive a sorte de conversar com uma autoridade que se interesse pelo tema: ele é tratado quando a opinião pública se manifesta”, afirmou.

Link: : Morre Fabián Tomasi, símbolo da luta contra os agrotóxicos na América Latina

[LIVRO] A Geografia do Uso Agrotóxicos no Brasil e Conexões com a União Europeia.

Titulo: A Geografia do Uso Agrotóxicos no Brasil e Conexões com a União Europeia.

Autora: Larissa Mies Bombardi. – Laboratório de Geografia Agrária – FFLCH-USP

Ano: 2017

O notável trabalho, e uma obra de coragem da autora, pois nos permite fazer, no entanto, é apontar uma verdade muitas vezes intangível, escondida e evasiva. Um a verdade que não está bem, que se infiltra no nosso ar, nos nossos rios, nos nossos solos, nas nossas casas, nas nossas veias e pode ser nomeada. Esta marcada. É comercializada e sua venda é imposta aos agricultores pobres. Seus diferentes nomes estão em inglês, francês e alemão.

Ao infiltrados por laboratórios em Washington, Londres, Paris e Berlim, a partir dos corredores abertos pal vista grossa de governos e inescrupulosos cientistas treinados para focar em problemas imediatos e não em crises globais.

Patentes que retornam lucros a cada novo produto criado e tem como único propósito matar. Fun- ”cida”, hervi- “cida”, Inseti – ”cida”, pesti-“cida”. O sufixo “Cida” tem como sentido literal “matar”. Devemos agora acrescentar homi – “cidio” , infanti-“cidio” , sui- “cidio” e populi – “cidio” . às façanhas desses produtos químicos? infiltração a partir de aviões, dos topos das montanhas aos rios, dos ombros dos trabalhadores às roupas, lares e jardins, da cidade à aldeia e das fabricas aos nossos pratos. Condenados por decisões tomadas em continentes distantes.

Um trabalho corajoso, cuidadosamente exposto sobre as verdades e o significado dos avanços dos agronegócios sabidamente perigrosas onde nos fazem acreditar que a fome, as mudanças climáticas e a pobreza podem ser resolvidas pelos mesmos interesses que causaram esses problemas. A autora nos deixa um alerta na necessidade do uso astuto das certificações de mercado para ocultar a dura realidade que emerge do trabalho da autora. As autoridades lavam suas mãos de toxidade, deixando a escorrer para algum outro lugar, infiltrando-se em outras casas distantes.

Leiam e divulguem é URGENTE!

Link:  http://www.fao.org/family-farming/detail/en/c/1074398/

[RELATÓRIO] Plantando sonhos. Experiências em Agroecologia no Estado de São Paulo

RELATORIO: Plantando sonhos. Experiências em Agroecologia no Estado de São Paulo

PREFÁCIO

A agropecuária mundial vem passando, nas últimas décadas, por diversas mudanças. Nesse período está ocorrendo um aumento populacional exponencial no planeta que nunca foi visto em toda história da humanidade. Para suprir essa população, está previsto um aumento do uso dos recursos naturais para a produção de alimentos, biocombustível, madeira, tecidos, entre outros. No entanto, a falta de sustentabilidade no atual modelo agropecuário, preocupa quanto à escassez de recursos disponíveis para sustentar essa demanda ou quanto ao impacto ambiental negativo que isso tudo pode causar, levando o planeta a condições inabitáveis para nós e outros seres vivos.

As indústrias de agrotóxicos e de sementes geneticamente modificadas estão a décadas oferecendo soluções para o campo, se aproveitando de um modelo de produção pouco autossuficiente. Muitas dessas soluções realmente funcionam tecnicamente por um tempo, mas são pouco rentáveis aos agricultores e deixam as pragas e doenças cada vez mais resistentes, exigindo maior uso de produtos ou desenvolvimento de novas moléculas. Entre as principais consequências dessa agricultura não conservacionista estão: a emissão de gases do efeito estufa, a contaminação de rios e lagos, a contaminação do ar, a intoxicação aguda ou crônica dos agricultores e consumidores, alto risco de mercado pelos agricultores que produzem apenas uma cultura, entre muitos outros. Esse panorama tem sido relatado a algum tempo, e muitos pesquisadores, técnicos, extensionistas e agricultores tem buscado alternativas mais viáveis de produção. O foco seria uma maior produtividade, não somente no sentido de rendimento de cultura, mas de melhor qualidade de vida, lucratividade, melhora do solo a longo prazo e maior contribuição ambiental.

A agroecologia como uma ciência multidisciplinar, traz em sua essência o estudo de situações produtivas no campo, levando sempre em consideração os itens comentados. Com técnicas produtivas que interagem de forma positiva com o meio ambiente, utilizando de seus recursos de forma responsável e sustentável. Que respeita o trabalhador do campo, sem exploração, com dignidade, satisfação e bemestar. Além disso, que valorize a diversidade de produtos, deixando o agricultor economicamente menos exposto a oscilações de mercado, garantindo um rendimento mais seguro. Sem falar na qualidade do alimento oferecido aos consumidores, que tem a garantia de não ter contaminantes prejudiciais à saúde, além de qualidade nutricional, consequência de tudo isso.

O Grupo Timbó de Agroecologia apresenta com o livro “Plantando Sonhos. Experiências em Agroecologia no Estado de São Paulo” uma rica exposição das experiências agroecológicas desenvolvidas nos últimos anos no estado. Você encontrará variadas abordagens de diferentes instituições, grupos e universidades paulistas, relacionadas à agricultura orgânica, articulações agroecológicas, educação, extensão, pesquisa, agricultura natural, transição agroecológica, solos em manejo ecológico, economia associativa, plantas medicinais, sistemas agroflorestais, entre outros. O grupo vem desde 1998 desenvolvendo trabalhos sobre o tema, tanto na área de extensão, de pesquisa e vivências agroecológicas. É muito gratificante ter participado de parte dessa etapa durante minha graduação em Eng. Agronômica na UNESP de Botucatu entre 2010 e 2012. As diversas experiências que tive no grupo me deram a base de formação necessária para continuar nos meus trabalhos com agricultura ecológica, nos quais atuo, com muito prazer, até hoje.

Com muita honra e gratidão ao Timbó que lhes apresento esta obra. Esta coleção de experiências certamente te permitirá montar seu senso crítico com base em temas diversos, escritos por autores com pontos de vista, especialidades e histórias diferentes. Aproveite a leitura e nunca se esqueça, que o maior aprendizado agroecológico é aquele do dia a dia. E conhecendo outras histórias, você terá muito mais ferramentas para continuar a construir a sua.

Boa leitura!
Diego Fontebasso Pelizari Pinto
Eng. Agrônomo

Relatório Completo: Relatorio – Plantando Sonhos – Experiencias em Agroeclogia em São Paulo

[RELATÓRIO] COMISSÃO CAMPONESA DA VERDADE: RELATÓRIO FINAL – VIOLAÇÕES DE DIREITOS NO CAMPO

Titulo: COMISSÃO CAMPONESA DA VERDADE: RELATÓRIO FINAL – VIOLAÇÕES DE DIREITOS NO CAMPO – RELATÓRIO FINAL : VIOLAÇÕES DE DIREITOS NO CAMPO (1946 a 1988)

Autor: Comissão Camponesa da Verdade

Ano: 2014.

Reseumo: A Comissão Camponesa da Verdade (CCV) foi criada em 2012, fruto do Encontro Unitário dos Trabalhadores, Trabalhadoras e Povos do Campo, das Águas e das Florestas. A atuação da CCV foi impulsionada e concretizada através de reuniões realizadas na sede da CONTAG em Brasília, com a participação de professores/as, pesquisadores/as, lideranças de movimentos sociais e gestores públicos que se dedicaram a pesquisar, congregar estudos já realizados e elaborar este Relatório. Um dos objetivos desse documento é incidir nas atividades desenvolvidas pela Comissão Nacional da Verdade (CNV), especificamente no Relatório final do Grupo de Trabalho sobre violações de direitos humanos relacionadas à luta pela terra e contra populações indígenas, por motivações políticas no período compreendido entre 1946-1988, sob responsabilidade da comissionada Maria Rita Kehl.

Além das contribuições ao trabalho da CNV, esse Relatório final da CCV procurou apresentar o protagonismo histórico dos trabalhadores e trabalhadoras rurais na luta contra a ditadura civil-militar. Acreditamos que há um processo político e social de invisibilização, tanto no que se refere à luta e resistência camponesas, quanto aos processos de reparação em curso no Estado brasileiro. Um dos fatores fundamentais para quebrar com essa invisibilidade política é a reconstrução da memória camponesa, necessária ainda para fortalecer a inserção dos camponeses no debate público sobre a ditadura civil-militar, inclusive como sujeitos da resistência. Essas questões estão abordadas no capítulo I desse relatório.

O capítulo II apresenta uma narrativa da História do Brasil no século XX a partir do ponto de vista dos camponeses e camponesas. É necessário que essas pessoas sejam reconhecidas enquanto sujeitos de sua história, passo importante para a construção da condição fundamental do camponês como sujeito de direitos. Nesse item, são apresentadas ao leitor as primeiras organizações camponesas, suas reivindicações, formas de luta e conquistas de direitos. Mas também, a reação patronal, as diversas ações de repressão e a intensificação do conflito entre camponeses e latifundiários. Esse capítulo é finalizado com a discussão sobre a luta dos camponeses no período do regime
civil-militar, instalado a partir de 1964 e promotor do processo de modernização conservadora no Brasil.

Nesse último ponto, ressalta-se outro debate fundamental realizado pela rede de pesquisadores da CCV: a concepção política do Estado como sujeito de violações de direitos. As apresentações de pesquisas nas reuniões realizadas na sede da CONTAG nos anos de 2013 e 2014 desnudaram a necessidade de considerar que o Estado violou os direitos não só quando seus agentes atuaram diretamente. Mas também, os atos de omissão, conluio, acobertamento e “privatização da ação do Estado”, na qual o latifúndio funcionou como um braço privado antes, durante e depois da ditadura civil-militar de 1964, tornam o Estado um agente violador. A CCV buscou construir critérios para dar a ver como essas ações e omissões do Estado podem e devem ser associadas com as violações dos direitos dos camponeses.

Essas violações são descritas e discutidas no capítulo III desse relatório. Os relatos de casos pesquisados indicam as diversas formas de atuação da repressão política sobre os camponeses entre 1946 e 1988. Destaca-se o período da ditadura civil-militar no Brasil entre 1964 e 1985. Em diferentes regiões e sob diferentes modus operandis é possível identificar como agiam, muitas vezes de modo articulado, agentes do Estado e agentes privados na sistemática violação dos direitos humanos dos camponeses e de seus apoiadores. São relatos de torturas, mortes, desaparecimentos, ocultação de cadáveres, ameaças, despejos, agressões físicas, prisões, exílios (no exterior e no próprio país), destruição de bens, entre outras. Deve-se ressaltar, contudo, a resistência camponesa ao golpe de 1964, muitas vezes ausente da historiografia. Partindo da perspectiva dos camponeses como sujeitos de sua história, alguns casos de resistência, bem como seus atores, são apresentados no item 3.1 desse capítulo.

Por fim, estão disponibilizados para o leitor os relatos dos casos investigados pela rede de pesquisadores integrantes da CCV. Ainda que tenham ficado de fora muitas das graves violações de direitos humanos cometidas contra camponeses e camponesas no período da ditadura civil-militar e do período de transição, todas as regiões do Brasil estão contempladas nos mais de 70 casos relatados. Além de conhecer a história de repressão sobre camponeses no Brasil, o leitor terá acesso a uma atualizada bibliografia sobre o assunto e a indicação de diversas fontes de pesquisa (jornais, relatórios, documentos, entrevistas e outros) sobre o assunto.

Está anexado a esse relatório importantes instrumentos de pesquisa, a saber, a lista de camponeses atingidos por inquéritos policiais militares (IPM) e por processos na Justiça Militar, a lista de camponeses e apoiadores mortos ou desaparecidos de 1961 a 1988 e uma tabela com informações sobre camponeses e ditadura no Oeste do Paraná (com dados sobre eventos, fontes e localização).

A Comissão Camponesa da Verdade, buscando cumprir o compromisso firmado de combater e denunciar a violência e a impunidade no campo e a criminalização das lideranças e movimentos sociais promovidas pelos agentes públicos e privados, através deste Relatório Final, afirma perante a Comissão Nacional da Verdade, o Estado brasileiro e a sociedade, como primeira recomendação, que o Estado brasileiro, no âmbito da União, dos estados e dos municípios, reconheça as graves violações de direitos humanos cometidas contra camponeses no período investigado de 1946-1988, especialmente no período da ditadura civil-militar, 1964-1985, e garanta às vítimas e famílias das vítimas, a devida reparação.

Relatório Completo: Relatório – Final Comissão Camponesa da Verdade – dez2014

(AUDIOVISUAL) – Cinema Ambiental – ECOFALANTE – Festival

Titulo: Blog – Cinema Ambiental – Festival

Autor: ecofalante.org.br

Ano: 2019

RESUMO

A Mostra Ecofalante de Cinema. tradicionalmente, o evento principal da Mostra ocorre em junho, com entrada gratuita, ocupando diversas salas de cinema e centros culturais na cidade de São Paulo. Entretanto, devido à pandemia do coronavírus (Covid-19), muitos eventos estão precisando se reestruturar e buscar novas formas de trazer informação e entretenimento à população.

O momento atual, mais do que nunca, exige reflexão, informação e troca de experiências. Por este motivo, achamos importante manter o compromisso com o público e reformular a programação da 9ª Mostra Ecofalante, que este ano será inteiramente online e acontecerá entre os dias 6 e 19 de agosto. O evento, que terá filmes inéditos e debates ao vivo, será dividido em três programas: o Panorama Internacional Contemporâneo, que apresenta os mais novos filmes dos principais festivais de cinema e documentário do mundo; o Concurso Curta Ecofalante, competição que premia curtas-metragens feitos por estudantes; além de uma seleção especial de filmes brasileiros e latino-americanos.

Teremos também uma programação especial em comemoração à Semana do Meio Ambiente, entre os dias 4 e 9 de junho, que contará com uma seleção de filmes nacionais e internacionais que abordam questões contemporâneas urgentes. Os temas serão discutidos em debates transmitidos ao vivo com a participação de especialistas, cineastas e outros convidados especiais.

Todas as atividades serão gratuitas e abertas ao público. A programação completa e demais informações serão divulgadas em breve no site e em nossas redes sociais.

Uma apresentação do Ministério da Cidadania, Secretaria Especial da Cultura e da Ecofalante, a Mostra Ecofalante de Cinema é viabilizada através da Lei de Incentivo à Cultura. Tem patrocínio do Mercado Livre e da White Martins. É uma produção da Doc & Outras Coisas, co-produção da Química Cultural, da Spcine e da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo. A realização é da Ecofalante, do Ministério da Cidadania e do Governo Federal.

 

Link: Mostra -ecofalante-do-cinema-ambiental_2017

http://ecofalante.org.br/

(PAPER) – O Documentário Ativista Ambiental e Animalista e a Ética Educativa da tradição Documentária.

Titulo: O Documentário Ativista Ambiental e Animalista e a Ética Educativa da Tradição Documentária.

Autora: Bianca Salles Dantas

Ano:

Resumo:  Pretendo refletir neste estudo as tendências do que denomino “cinema documentário ambientalista e animalista”, a partir da ética educativa da tradição documentária britânica. Proponho comparar, ainda que em um primeiro momento, as características desse cinema sob o ponto de vista do reconhecimento da influência do modelo ético educativo de Grierson no campo do documentário ambiental e animalista. Será recortado o trabalho desenvolvido pela instituição Nicolaas G. Pierson Foundation fazendo um paralelo entre seu primeiro longa-metragem Meat the truth e o filme de Al Gore, Uma Verdade Inconveniente, ambos sobre o aquecimento global.

Link: Proposta de Trabalho-Disciplina – O documentário Ativista ambiental e animalista – Autora Bianca Salles Dantas

https://www.academia.edu/34945492/O_document%C3%A1rio_ativista_ambiental_e_animalista_e_a_%C3%A9tica_educativa_da_tradi%C3%A7%C3%A3o_document%C3%A1ria_v.13_n.24_2012_

[DISSERTAÇÃO] UTILIZAÇÃO DE RECURSOS AUDIOVISUAIS EM UMA ESTRATÉGIA FLEXQUEST SOBRE RADIOATIVIDADE

Titulo: UTILIZAÇÃO DE RECURSOS AUDIOVISUAIS EM UMA ESTRATÉGIA FLEXQUEST SOBRE RADIOATIVIDADE

Autora: Flávia Cristina Gomes Catunda de Vasconcelos

Orientador: Profº Dr. Marcelo  Brito Carneiro Leão (UFRPE)

Co – orientador: Profª Dra. Kátia Aparecida da Silva Aquino (UFPE)

RESUMO: O presente estudo apresenta uma pesquisa realizada em uma escola da rede privada da cidade do Recife, com alunos do 1° Ano do Ensino Médio. Um dos focos desta pesquisa é o estudo da incorporação de vídeos televisivos na estratégia FlexQuest „Radioatividade‟. Para a pesquisa inicial foi realizada uma busca por vídeos dispostos em programas de televisão que apresentassem informações baseadas no saber científico. Diante dos dados obtidos foram realizadas categorias para melhor utilizá-los durante a construção da estratégia. A FlexQuest incorpora, dentro da WebQuest, a Teoria da Flexibilidade Cognitiva (TFC), que é uma teoria de ensino, aprendizagem e representação do conhecimento, objetivando a proposição de estratégias para aquisição de níveis avançados do conhecimento. A partir de uma abordagem qualitativa, com uso de questionários, entrevistas e observações, foram realizadas intervenções através da aplicação da estratégia FlexQuest „Radiaotividade‟ tendo com eixo norteador, a análise das travessias de paisagem que os alunos conseguiram realizar no  decorrer da realização das tarefas solicitadas. Os resultados da pesquisa revelaram que a FlexQuest „Radioatividade‟ comporta recursos audiovisuais; além disso esses recursos possibilitam aprendizagem desde que incorporados em estratégias bem estruturadas dentro de uma proposta construtivista de ensino e aprendizagem. Neste sentido, constitui-se uma estratégia eficaz para nível introdutório ou estimulador para o entendimento das aplicações da radioatividade. A partir deste estudo foi possível compreender como as atividades despertaram nos alunos a curiosidade, a pesquisa, o trabalho cooperativo, a autonomia, mesmo fora do âmbito escolar. Constatou-se, então que a FlexQuest é uma boa estratégia  para a aquisição de conhecimento em níveis avançados, pois desenvolve nos alunos as habilidades de aplicação do conhecimento apreendido em diferentes situações. Esta estratégia mostrou-se ainda como uma ferramenta baseada em situações reais que muitas vezes são distorcidas pela mídia televisiva, possibilitando que os alunos desenvolvessem o olhar crítico diante daquilo que se é transmitido. Diante do que foi exposto, este trabalho propõe uma estratégia didática suportada pela TFC, que utiliza o vídeo como recurso didático, que pode contribuir no processo de ensino-aprendizagem de radioatividade. Pois, esta proposição permitiu aos alunos a apropriação/relação do conhecimento científico com o que se é ensinado em outras atividades de sala de aula, tornando-o mais crítico com o que é transmitido pela televisão, não sendo necessária uma possível condenação do meio de comunicação por parte da escola.

Link: Dissertação – Utilização de Recursos Audiovisuais em uma Estrategia Flexquest Sobre a Radioatividade – Flavia Cristina Gomes Catunda de Vasconcelos

[DISSERTAÇÃO] A educação pela comunicação como estratégia de inclusão social: o caso da Escola Interativa

Titulo: A educação pela comunicação como estratégia de inclusão social: o caso da Escola Interativa

Autor: Luciano Simões de Souza

Orientador: Prof. Dr. Jose Luiz Braga

Resumo: Apresento neste trabalho um estudo de caso do “Projeto Escola Interativa”, uma experiência de educação pela comunicação vivenciada por doze escolas da rede pública de ensino da cidade de Salvador (Bahia). A Escola Interativa tem como objetivo principal contribuir para a melhoria da qualidade do ensino da escola pública, através do desenvolvimento de metodologias educativas que incorporam as tecnologias de comunicação.

A pesquisa teve como objetivo descrever criticamente as lógicas comunicacionais presentes na experiência Escola Interativa em relação ao desenvolvimento de competências de leitura crítica das mensagens midiáticas, à vivência de produção midiática e à participação em processos interativos via uso das tecnologias de comunicação, pilares da metodologia educativa do caso pesquisado. O estudo buscou reconhecer a articulação destes elementos entre si e com o processo de inclusão social de jovens de comunidades periféricas.

As análises produzidas sobre a experiência buscaram entender como se  deu o processo de integração da comunicação no espaço educativo e de que forma estas práticas educativas e comunicacionais sinalizam para caminhos potencialmente favoráveis a processos de inclusão social de jovens de comunidades periféricas.

Dissertação completa: Dissertação – A educação pela comunicação como estrategia de inclusão social – Luciano Simoes deSouza

(AUDIOVISUAL) – SÉRIES – Documentários Essenciais: das Questões da Terra, Ambiente e Multimeios.

Titulo: SERIE – Documentários Essenciais das Questões da Terra, Ambiente e Multimeios.

Autores: Diretores, Produtores – Diversos – .

Resumo:

ILHA DAS FLORES (1999) é um curta que mostra o ciclo do tomate desde o cultivo até a chegada à mesa do consumidor e o seu descarte, indo parar no lixão. Faz uma crítica ao processo de geração de riqueza e desigualdades que surgem em seu caminho.

ESTAMIRA (2005) é um documentário sobre uma mulher esquizofrênica de 63 anos que trabalhou por mais 20 anos em um lixão do Rio de Janeiro.

CHICKEN A LA CARTE (2006) é um curta sobre fome e pobreza causadas pela distribuição desigual de renda.

UMA VERDADE INCONVENIENTE (2006) é um documentário que mostra uma análise da questão do aquecimento global, assinalando os mitos e equívocos existentes em torno do tema e também possíveis saídas para que o planeta não passe por uma catástrofe climática nas próximas décadas. O documentário idealizado pelo ex-vice-presidente dos EUA Al Gore fez tanto sucesso que ganhou o Oscar de Melhor Documentário em 2007. Muito embora alguns cientistas discordem sobre as reais causas do aquecimento global, o filme traz uma análise da atual situação do clima na Terra com números importantes e algumas constatações “inconvenientes”. Al Gore propõe um olhar mais preocupado ao que está acontecendo em relação às mudanças climáticas. Uma citação do filme: “Nossa habilidade para viver no planeta Terra para ter um futuro como civilização é um problema moral.” [Dirigido por Davis Guggenheim].

A ÚLTIMA HORA (2007) é um documentário, narrado e produzido por Leonardo DiCaprio, que aborda os desastres naturais causados pela própria humanidade. Mostra como o ecossistema tem sido destruído e o que é possível fazer para reverter esse quadro. Entrevistas com mais de 50 renomados cientistas e líderes, como Stephen Hawking e o ex-presidente soviético Mikhail Gorbachev, ajudam a esclarecer essas importantes questões, assim como indicar alternativas possíveis à sustentabilidade.

A HISTÓRIA DAS COISAS (2007) é um documentário sobre todas as etapas de produção de produtos que afetam nossa vida e comunidades em diversos países – desde a extração, produção, até a venda, consumo e descarte.

MATARAM IRMÃ DOROTHY (2008) é um documentário americano sobre a missionária e ativista ambiental Dorothy Stang, que foi assassinada a mando de madeireiros da Amazônia em 2005. O documentário, lançado em 2007, é mais do que atual. Mostra o desafio de se colocar em prática projetos de desenvolvimento sustentável na região da Amazônia. Como pano de fundo, é explorada a morte da missionária norte-americana Dorothy Mae Stang, que escolheu viver no Pará para ajudar a colocar em prática o Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) na região. Criado em 1999, ele divide terras públicas ou desapropriadas em lotes destinados a comunidades e incentiva a produção auto-sustentável. Um dos objetivos é dar condições de trabalho e moradia às famílias, sem que, para isso, seja necessário o estímulo ao uso inconsequente da terra. Uma citação do filme: “Como podemos chamar a atenção para o que está acontecendo, para que as pessoas tenham a chance de viver e aproveitar as belezas da magnitude da floresta?” [Dirigido por Daniel Junge]

LIXO EXTRAORDINÁRIO (2009) mostra uma análise sobre o trabalho do artista plástico Vik Muniz no Jardim Gramacho, localizado na cidade de Duque de Caxias (RJ), que é um dos maiores aterros sanitários do mundo. O trabalho de Vik Muniz, artista plástico brasileiro que vive nos EUA, chegou a Jardim Gramacho, um dos maiores aterros de lixo do mundo, localizado no Rio de Janeiro. A ideia era conhecer a realidade em que viviam os catadores do lugar e mostrar como o elemento básico com o qual trabalham todos os dias – o lixo – pode se transformar em arte. O interessante do projeto é que a renda acumulada com a venda de obras produzidas no local foi revertida para a própria comunidade de catadores, o que mudou a vida de muita gente. O filme expõe os impactos sociais e ambientais dos desperdícios gerados diariamente em toda a sociedade. Foi indicado ao Oscar de Melhor Documentário em 2010. Uma citação do filme: “É tanto excesso que a coisa se transforma até em arte.” [Dirigido por João Jardim, Lucy Walker e Karen Harley.]

A ENSEADA – THE COVE (2009) é um documentário que mostra a matança dos golfinhos no Japão, onde cerca de 23 mil são mortos anualmente e muitos outros são capturados para serem enviados para parques de diversões. Premiado em vários festivais de cinema pelo mundo e vencedor do Oscar 2010 como Melhor Documentário, o filme denuncia a matança de golfinhos na costa do Japão com imagens e dados que chocam. A maior parte é filmada na cidade de Taiji, onde a equipe enfrenta todos os tipos de perseguições e proibições para fazer imagens e coletar informações sobre o assunto. A estimativa é que 23 mil animais são mortos por ano no país. As autoridades japonesas sugerem que os golfinhos (que comem peixes) são responsáveis pelo declínio da pesca mundial e, portanto, a caça “é controle de pragas”. Uma citação do filme: “O sorriso de um golfinho é a maior enganação da natureza. Cria a ilusão de que estão sempre felizes. Você tem que vê-los na natureza para compreender porque o cativeiro não funciona.”  [Dirigido por Louie Psihoyos e Fisher Stevens].

TERRA – DISNEY NATURE (2009) é um documentário que demorou 5 anos para ser filmado, e conta a história de três famílias: Uma família de ursos polares, uma manada de elefantes e uma baleia jubarte com seu filhote. Durante a narração da história, há uma viagem pelos mais diferentes lugares do planeta: Desde lugares inóspitos como desertos, até as terras mais férteis de florestas tropicais.

A ERA DA ESTUPIDEZ (2009) mostra a que ponto chegou a destruição ambiental no mundo e alerta para a responsabilidade de cada indivíduo em impedir a anunciada catástrofe global. O filme se passa em 2055 e conta uma história que mistura elementos de ficção, animações ilustrativas e realidade. Em um grande arquivo isolado no Ártico está guardado todo o conhecimento produzido pela humanidade. O arquivista que conduz a narrativa do filme, interpretado por Pete Postlethwaite, questiona nossa capacidade de ação. Nos dias de hoje, a trama mostra histórias paralelas – e reais – sobre a indústria de combustíveis fósseis, desperdício, pobreza, crianças que convivem com as guerras no Oriente Médio e derretimento de geleiras. Uma citação do filme: “Muitas ideias tentaram conquistar o mundo, mas só uma prosperou: o consumismo. Três mil propagandas nos bombardeiam diariamente dizendo que seremos mais felizes, mais atraentes.” [Dirigido por Franny Armstrong].

HOME – NOSSO PLANETA, NOSSA CASA (2009) é um documentário filmado inteiramente do ponto de vista de cima, pelo consagrado fotógrafo Yann Arthus-Bertrand. Visa sensibilizar, educar e conscientizar o mundo sobre a fragilidade de nosso lar, ao demonstrar que tudo que é vivo e belo sobre nosso planeta está interligado.

ALIMENTOS S.A. [FOOD,Inc.] “O tomate não é mais um tomate, é um conceito de tomate.” Essa é uma das muitas passagens do filme Food, Inc que tenta desconstruir a imagem que temos (ou que não temos) sobre os alimentos que consumimos. A cadeia de produção, as viagens que os alimentos fazem ao redor do mundo até chegar ao prato dos consumidores, as patentes de sementes, os alimentos transgênicos, o sistema alimentar industrial, as condições de trabalho nas fábricas e os mecanismos da indústria e de preços são alguns dos assuntos abordados no filme. Uma citação do filme: “Queremos pagar o mínimo possível pelos nossos alimentos, mas não entendemos que isso tem um custo. (…) Comer bem ficou mais caro que comer mal. São necessárias políticas para que a cenoura fique mais barata que as batatas fritas.” [Dirigido por Robert Kenner.]

WAll – E  (2008) Ruídos eletrônicos são a principal linguagem dos personagens robôs dessa animação que quase não têm diálogos convencionais. Depois que a Terra ficou inabitável, os seres humanos passaram a viver em uma nave espacial e deixaram robôs fazendo o serviço de limpeza na Terra. Wall-E funciona com energia solar e tem como função principal recolher e compactar lixo. De forma lúdica, traz à tona a problemática da geração de resíduos em todos os cantos do planeta – e será que um dia, com tanto lixo, seres humanos não conseguirão mais viver aqui? O filme ganhou o Oscar 2009 como Melhor Animação. Uma citação do filme: “O número de toxinas encontradas tornou a vida na Terra impossível de se sustentar”. [Dirigido por Andrew Stanton]

A HISTORIA DAS COISAS [The Story of Stuff] A História das Coisas já foi visto por mais de 7 milhões de pessoas, em 200 países. O projeto é resultado de mais de 10 anos de pesquisa sobre sistemas de produção de bens de consumo feita pela ativista ambiental Annie Leonard. Ela viajou por cerca de 40 países para entender a nossa lógica de consumo, que vai desde a extração de matérias-primas até o descarte. Annie se disse motivada a entender “um sistema baseado na destruição dos recursos naturais e na geração de lixo” e, no vídeo, passa as informações de forma bastante didática. A História das Coisas dura pouco mais de 20 minutos e está disponível na internet. Uma citação do filme: “Estamos estragando este lugar tão rapidamente, que estamos deteriorando a própria capacidade do planeta de ter gente morando aqui.”

FLOW (2008) Vencedor de diversos prêmios, Flow foi apresentado na ONU como parte do 60º Aniversário da Declaração dos Direitos Humanos. O filme mostra todos os problemas originados na sociedade a partir da perspectiva do consumo de água, elemento básico para a vida humana. O documentário deixa claro que o problema de abastecimento e a lógica desse mercado não são problemas distantes: estão acontecendo agora em todo o mundo. A pergunta que o filme não cala é: Quem é o dono da água? Quem tem poder sobre ela? Uma citação do filme: “Água é um recurso natural, é um recurso comum. Não é uma propriedade.” [Dirigido por Irena Salina]

HOME (2009) O documentário é inteiro filmado “de cima”. As impagáveis vistas aéreas dialogam com os mais variados assuntos relacionados ao “lar” onde vivemos: a evolução dos seres humanos na escala de tempo geológica, a industrialização, a agricultura (citada no filme como a nossa primeira grande revolução), a descoberta do petróleo, as extrações de minerais, a troca de produtos entre países, os hábitos de consumo criados ao longo do tempo e os impactos que estamos vivendo com tudo isso. É um resumo da civilização humana que reúne informações como a de que, desde 1950, alteramos mais a terra do que em 200 mil anos da nossa história. O documentário foi lançado em 2009. Uma citação do filme: “O nosso ecossistema não tem fronteiras. Onde quer que estejamos, as nossas ações terão repercussões.” [Dirigido por Yann Arthus-Bertrand].

[LIVRO) – PROCESSOS CRIATIVOS EM MULTIMEIOS [recursos eletronicos]: tendências contemporâneas no audiovisual e na fotografia.

Titulo: PROCESSOS CRIATIVOS EM MULTIMEIOS [recursos eletronicos]: tendências contemporâneas no audiovisual e na fotografia.

Autores: Carla C. da Silva Paiva, Juliano J. Araújo, Rodrigo R. Barreto – (Orgs.)

Ano: 2012

Resumo: Esta publicação traz análises da produção imagética em diferentes espaços de realização, interpretação e recepção. Tais projetos criativos – guiados por  diferentes sentimentos, origens socioculturais, vinculações políticas e ideologias – são terreno fértil para a pesquisa desenvolvida segundo as diretrizes interdisciplinares da linha de pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Multimeios da Universidade Estadual de Campinas, cujo horizonte teórico e metodológico busca discutir as relações artísticas, sociológicas, históricas, antropológicas, pedagógicas e políticas na produção ficcional, documental e experimental. Nesta coletânea, mestrandos, doutorandos e pós-doutorandos do programa contribuem para sublinhar a consistência alcançada pelo referido programa, que, em 2013, completa vinte e seis anos de existência. A obra em questão se trata de uma compilação de artigos de variados autores

Link: Compilação de Artigos – Processos_criativos_em_Multimeios

https://econtents.bc.unicamp.br/omp/index.php/ebooks/catalog/book/978-85-8578-32-80

[ARTIGO] APONTAMENTOS SOBRE O CINEMA AMBIENTAL: A INVENÇÃO DE UM GÊNERO E A EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Titulo: Apontamentos sobre o Cinema Ambiental: a invenção de um gênero e a educação ambiental.

Autoras: Lucia de Fátima Estevinho Guido e Cristina Bruzzo

Ano: 2011

Resumo:  Suscitar polêmicas sobre o marco do cinema ambiental no Brasil, assim como uma filmografia dedicada a esta temática é o propósito deste texto. A discussão é levantada a partir de uma pesquisa realizada pelo jornalista Beto Leão que realizou entrevistas com historiadores e diretores de cinema brasileiro com a intenção de buscar um marco inicial do cinema ambiental no Brasil. A filmografia inventariada por Leão é debatida a partir da análise de algumas produções cinematográficas inseridas em categorias cinematográficas bem marcadas como o cinema nacionalista-ufanista, o cinema que acompanha as expedições realizadas no inicio do século XX, a produção do Instituto Nacional de Cinema Educativo e o Cinema Novo. Posições a respeito desse marco são discutidas a luz das questões ambientais tratadas nos dias de hoje.

Rev. eletrônica Mestr. Educ. Ambient. ISSN 1517-1256, v. 27, julho a dezembro de 2011.

U n i v e r s i d a d e F e d e r a l d o R i o G r a n d e – F U R G

Link: Artigo – Apontamentos Sobre o Cinema Ambiental

[REVISTA – DIALOGO EDUCACIONAL] – O cinema como componente didático da educação ambiental –

Titulo: O cinema como componente didático da educação ambiental

Autores: Fernando Zan Vieira e Ademir José Rosso

Ano:

Resumo: O artigo analisa a utilização do cinema na educação ambiental (EA). Discute-se a adequação dos filmes aos alunos e o papel mediador do professor ao propor atividades associadas a exibição de filmes na sala de aula. São apontados princípios para a utilização do cinema de impacto ambiental na promoção da EA, avaliação da recepção dos filmes, o aprendizado, a aquisição de novos valores ambientais e a mudança de atitudes. As informações obtidas e analisadas com os alunos participantes indicam o efeito positivo do cinema na aquisição de conhecimento, mudança de atitudes e valores diante do meio ambiente.

Link: Artigo – O cinema como componente didático

DOI: http://dx.doi.org/10.7213/rde.v11i33.4432

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